No estudo da palpitante questão da morte, muitas pessoas se detêm apenas no fenômeno biológico da desintegração molecular, que lhes impede a permanência, por mais largo tempo, guindadas ao carro do prazer.
Consideram-na como sendo o fim da existência do ser eterno, e não se permitem auscultar a Natureza onde se expressam os mais vibrantes quadros de transformação, de morte para imediato renascimento, ensinando a perenidade do fluxo vital em intérminos processos da renovação.
Aqui, aparece o córrego transparente e cantante; ali, se alarga o pântano estagnado e morto.
À frente, a árvore estuante e pejada de frutos; ao lado, o sarçal requeimado pelo Sol, quase sem vida.
Em uma área fresca, a abundância da horta abençoada; noutro espaço, o deserto árido...
Uns e outros, aguardando trabalho, retificação e apoio, a fim de manterem o milagre da vida.
No corpo em que te movimentas, a morte das células e moléculas é constante, sem que se altere a vida, em contínua transformação.
Age, pois, conscientemente, de modo que te não convertas, atraído pelo utilitarismo, em parasita sugador dos recursos vitais, a um passo da cadaverização moral, que é uma forma de morte na vida...
Morrer é viajar no rumo de novos comportamentos.
Porque traz de volta o viajante, que partiu para a aprendizagem terrena, é natural que ele seja convidado, quando do retorno, a exame e prestação de contas dos recursos aplicados e dos resultados conseguidos durante o curso terrestre.
Recuperada a lucidez, faz-se mais severo o critério pessoal de avaliação dos atos.
Passada a oportunidade, compreende-se-lhe melhor o alto significado de que se revestiu.
Concluída a luta, é mais fácil de serem examinados os seus lances.
Desse modo, enquanto te encontras na dádiva do corpo, utiliza-te de todos os momentos para dignificar-te, agindo com sentimentos elevados e aprendendo com sacrifício.
Respeita o tempo de que dispões, entesourando os valores morais que podem ser investidos em obras de duração eterna, porquanto, em ti chegando a morte, queiras ou não, creias ou lhe abomines a realidade, despertarás, prosseguindo na vida, conforme a forjaste anteriormente.
Prosseguindo na Vida.
Autor: Joanna de Ângelis
Do livro: Luz da Esperança
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