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13/11/2013

Divaldo Franco recomenda filme “Blood Money”

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Chegamos a semana decisiva do Documentário “Blood Money-Aborto legalizado” e vejam que Boa Nova, que reforço maravilhoso o filme acaba de receber do nosso pacifista  Divaldo Franco!

Obrigado, abençoado Divaldo; pela coragem e pela ousadia no BEM!

Por Amor à Vida, divulguem, compartilhem, repassem para seus amigos pedindo que eles também repassem para suas listas de contatos!

Vamos que vamos!! A hora é agora!!! Vamos fazer uma Marcha Pela Vida aos Cinemas no dia 15/11 para conhecermos a verdade sobre o aborto e dizer que não queremos a sua legalização em nosso país.

Estamos todos juntos nessa causa, o mais primordial, o mais básico direito humano: O Direito de nascer!

Viva a Vida, Viva!!!

O documentário de David Kyle chamado “Blood Money – Aborto Legalizado” trata do funcionamento legal desta indústria nos Estados Unidos mostrando de que forma as estruturas médicas disputam e tratam as clientes, os métodos aplicados pelas clínicas e o destino do lixo hospitalar, entre outros temas, de forma muito realista.

O filme também faz denúncias como a prática da eugenia e do controle da natalidade por meio do aborto e trata aspectos científicos, legais e psicológicos relacionados ao tema, como o momento exato em que o feto é considerado um ser humano, com direitos de garantia de vida em contraposição ao direito da mulher de dispor de seu corpo, e se há ou não sequelas para a mulher submetida a este procedimento.

É na voz da ativista de movimentos negros dos EUA, Alveda C. King, sobrinha do pacifista Martin Luther King, que o documentário americano é narrado. Luís Eduardo Girão, diretor da Estação Luz Filmes, que adquiriu os direitos de distribuição nacional deste documentário.

06/11/2013

Porque o Brasil, sendo a “Pátria do Evangelho”, ainda existam tantas pessoas que não amam o próximo.

DOIS MILHõES DE ESPÍRITOS FRANCESES REENCARNARAM NO BRASIL

fran 

Você sabia que, em entrevista a Herculano Pires, em 1973, no programa No limiar do amanhã*, Chico Xavier revelou que milhões de espíritos de cultura francesa reencarnaram no Brasil para continuar a divulgação do espiritismo?

Herculano comentava que o Brasil era a primeira grande nação do Ocidente a se tornar basicamente reencarnacionista, por influência não só do espiritismo, mas também das religiões africanas, que foram trazidas aqui pelo contingente negreiro. E acrescentava que ainda mais curioso era o fato de ter havido no Ocidente apenas uma nação reencarnacionista no passado: a França (aí incluindo-se as Gálias antigas, envolvendo a Irlanda e a Inglaterra). Chico então diz que gostaria de aprofundar a questão, pedindo licença para aditar sobre os apontamentos de Emmanuel, em 1965:

– Perguntei a ele onde estavam aqueles companheiros de Allan Kardec que vibravam com a doutrina espírita na França. Então ele me disse que do último quartel do século 19 para cá, cerca de 15 a 20 milhões de espíritos da cultura francesa e, principalmente, os simpatizantes da obra de Allan Kardec  reencarnaram no Brasil para dar corpo às ideias da doutrina espírita e fixarem os valores da reencarnação. Nós nos reportamos muito mais à França como terra mater de nossa espiritualidade do que Portugal, até porque isso está no conteúdo psicológico de milhões e milhões de brasileiros que estão fichados, por certidão de cartório, como brasileiros, mas psicologicamente são franceses.*Programa radiofônico exibido pela Rádio Mulher,de São Paulo, e apresentado por J. Herculano Pires, entre os anos de 1971 e 1974.

- Divaldo, Deus te abençoe. É tão difícil entender que no Brasil, sendo a “Pátria do Evangelho”, ainda existam tantas pessoas que não amam o próximo. Por quê?

- Porque não são Espíritos do Brasil. Vêm de outras pátrias, de outras raças. Não são almas brasileiras. Vêm para cá, porque, se ficassem nos seus países de origem, os sentimentos de rancor e ressentimentos torna-los-iam mais desventurados.

Após a Revolução Francesa de 1789, quando a França se libertou da Casa dos Bourbons, os grandes filósofos da libertação sonharam com os direitos do homem, direitos que foram inscritos nos códigos de justiça em 1791 e que, até hoje, ainda não são respeitados, embora em 1947, no mês de dezembro, a ONU voltasse a reconhecê-los. Depois daquele movimento libertário, o que aconteceu com os franceses? Os dois partidos engalfinharam-se nas paixões sórdidas e políticas e como conseqüência, os grandes filósofos cederam lugar aos grandes fanáticos, e a França experimentou os dias de terror, quando a guilhotina, arma criada por José Guilhotin, chegava a matar mais de mil pessoas por dia. Esses Espíritos saíam desesperados do corpo e ficavam na psicosfera da França buscando vingança.

Começa o século XIX e é programada a chegada de Allan Kardec. O grande missionário vai reencarnar na França, porque a mensagem de que é portador deverá enfrentar o cepticismo das Academias na Cidade-Luz da Europa e do mundo e, naquele momento, Cristo havia designado que o Espiritismo nasceria na França, mas seria transplantado para um país onde não houvesse carmas coletivos, e esse país, por enquanto, seria o Brasil.

São Luis, o guia espiritual da França , cedeu que a terra gaulesa recebesse Allan Kardec, mas “negociou” com Ismael, o guia espiritual do Brasil: “Já que a mensagem de libertação vai ser levada para a Terra do Cruzeiro, a França pede que muitos Espíritos atribulados da Revolução reencarnem no Brasil, pois, se reencarnarem aqui impedirão o processo da paz”.  E dois milhões de franceses vieram reencarnar no Brasil, para que, quando chegasse a mensagem espírita, culturalmente se identificassem com o chamado método cartesiano de Allan Kardec. (sem grifos).

Naturalmente, esses Espíritos eram atribulados, perturbados, com ressentimentos, com mágoas. Se nós considerarmos que os Espíritos brasileiros são os índios, que a maioria de nós é constituída por Espíritos comprometidos na Eurásia, e que estamos aqui de passagem, longe dos fenômenos cármicos para nos depurarmos, compreenderemos porque muitos brasileiros do momento ainda não amam esta grande nação. E o primeiro sentimento que têm quando, ao invés de investir em fortunas, honesta ou desonestamente amealhadas no solo brasileiro, eles as mandam para os países estrangeiros. Não confiam no Brasil, porque são “de lá”. Mandam para lá porque, morrendo aqui, o dinheiro fica lá para poderem “pagar” o carma negativo que lá deixaram. Os chamados “paraísos fiscais” são também lugares de alguns de nós que aqui nos encontramos, mas apesar de ainda não termos o sentimento do amor, já temos alguma luz.

Viajando pelo mundo, onde tenho encontrado brasileiros espíritas, descubro uma célula espírita. Começa-se com um estudo do Evangelho no lar, depois chama-se os amigos, os vizinhos, forma-se um grupo e, hoje, na Europa. 90% dos grupos espíritas são criados por brasileiros. Com exceção de Portugal, Espanha e um pouquinho da França, o movimento é todo de brasileiros e latinos acendendo as labaredas do Evangelho de Jesus. Não há pouco tempo, brasileiros na Holanda encontraram as obras de Kardec traduzidas para o holandês, brasileiros na Suíça revisaram O Evangelho segundo o Espiritismo e se está tentando publicar as obras de Kardec, agora em alemão. Brasileiros na América do Norte retraduziram O Livro dos Espíritos e O Evangelho, que o foi por um protestante, que substituiu a palavra reencarnação por ressurreição. Brasileiros em Londres, com alguns ingleses, já formam oito grupos espíritas e seria fastidioso se fosse enumerando na Ásia, na África...

Certa feita, recebi um telefonema de uma cidade asiática. Tratava-se de uma consulesa do Brasil que me dizia o seguinte: “Eu estou no outro lado do mundo, sou espírita, tenho três filhos rapazes – um de 10, um de 14 e outro de 18 anos. Tenho-lhes ensinado o Espiritismo, mas o meu filho mais velho está na Universidade e me faz perguntas muito embaraçosas; aqui eu não tenho acesso a maiores instruções. Queria convidá-lo a vir aqui dar umas aulas de Espiritismo ao meu filho. Você viria?” Eu respondi-lhe: - Sim, senhora, com a condição de conseguir-se espaço para eu falar em auditório publico sobre o Espiritismo: - O marido era o representante dos negócios do Brasil no país. – Se a senhora aceitar a condição, ficaria alguns dias para debater com os seus meninos. Como não falo inglês, seu filho será o meu intérprete.

E assim, fiz a longa viagem de 36 horas com escalas e lá, naturalmente, ela me disse: “Mas, Divaldo, onde vamos ter esse encontro?” Eu lhe respondi: “Tive uma entrevista com o Baghavan Swami Sai Baba, e sei que essa é uma cidade em que há um grande movimento Babista e, se a senhora conseguir um grupo Sai Baba eu me prontifico a fazer uma conferência ali”.

Encontramos o representante de Sai Baba para a Ásia e ele ficou muito feliz porque Swami havia-me recebido. Ele reuniu mil pessoas para que eu falasse sobre o Espiritismo. Fiquei até com pena dele! E pensei: “Vou arrastar toda a turma de Sai Baba para o Sr. Allan Kardec” (risos...)

Então, fiz a palestra, falei sobre Allan Kardec, sobre as comunicações, ele ficou tão sensibilizado, que me perguntou se eu teria coragem de ir a Cingapura para fazer a mesma coisa. Eu lhe respondi: - O senhor me mandando até o CingaInferno eu irei para falar sobre o Espiritismo. Fui a Cingapura e fiz uma viagem pela Ásia e, onde havia brasileiros, lá estavam eles...

A missão do Brasil, “Pátria do Evangelho e Coração do Mundo” não é a de sermos todos ricos, maravilhosamente ricos; é a de sermos maravilhosamente espiritualizados, sem nenhum demérito para os outros países, que são todos amados por Deus e por Jesus em igualdade de condição. Aqui entra o nacionalismo, para ver se a gente ama um pouquinho mais este país que está passando uma fase de grande desprestígio. Deus só tem ajudado no Tênis! Que Ele tenha compaixão de nós e nos ajude também no Futebol e noutra coisa qualquer! (risos...)

Nós somos as cartas vivas do Evangelho. Jesus escreveu em nossa alma a Sua mensagem. Onde quer que vamos, que brilhe a nossa luz; mas, para que ela brilhe, é necessário que a acendamos, e o combustível dessa luz é a fraternidade. Assim, todos saberão que estamos ligados a Ele, graças à presença dos bons Espíritos, que aqui estão conosco, e sempre se encontram a qualquer hora. Como disse kardec, com muita propriedade, todos têm seu Guia espiritual que os inspira; dessa forma, todos são médiuns, estão sintonizados com esses.

Concluirei com uma pequena narrativa, sobre um homem que era muito ignorante, muito modesto, muito pobre. Todo dia ele entrava na igreja, próximo ao horário de fechar as portas; ajoelhava-se diante do altar-mor, ficava dois minutos e saía. O sacerdote, que cuidava da igreja, ficou muito intrigado, e achou que ele estava observando algo para furtar ou para roubar,passando a ficar mais vigilante. Mas, ele chegava, ajoelhava-se, dobrava-se, balbuciava algo e ia-se embora. Um dia, o sacerdote não suportou mais e perguntou: “O que é que você vem fazer aqui, um miserável como é? Por que não vem à missa? Só vem na hora em que a igreja vai ser fechada?” Ele respondeu: “É porque eu sou muito pobre.” O sacerdote continuou: - “E por que vai ao altar-mor. Como se atreve?” Ele respondeu: - “Pois é, quando a igreja vai fechar, eu entro correndo e digo: Jesus, eu estou aqui. Se precisar, é só chamar! E vou embora”. O sacerdote achou aquilo intrigante.

Anos depois, aquele mendigo adoeceu e foi levado para uma casa de emergência, de caridade. Quando, um dia, a enfermeira foi colocar o seu alimento sobre uma cadeira, ao lado da cama, ele pediu: - “Oh, por favor, não bote aí!” A jovem perguntou: - “Por que não?” E o homem respondeu: - “Porque essa cadeira de vez em quando, fica ocupada.” Ele deveria estar delirando, a enfermeira pensou, e respeitou-o. Começou a notar que todo dia, um pouco antes das 18 horas, o rosto dele se iluminava! Ele sorria e dizia: - “Muito obrigado! Muito obrigado!” Ela achava que era delírio mas, como ele era perfeitamente saudável da mente, num desses dias, quando terminou de agradecer, ela indagou: - “Não repare, mas o que você está agradecendo?” Ele esclareceu: - “É a uma visita que chega todo dia cinco para as seis.” Ela continuou: - “Que visita é essa?” - É Jesus. Ele sempre vem e diz-me: - “Olhe, estou aqui. Se precisar de mim é só chamar!...”

Se precisarmos de Jesus, é só chamarmos! (XIF-2001)

Texto extraído do livro: APRENDENDO COM DIVALDO. Entrevistas / Divaldo Pereira Franco: São Gonçalo, RJ: Organizado pela SEJA, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas,  p. 69-74.
Colaboração:Windson Carvalho de Melo

03/11/2013

Dias 02 e 03/11 AO VIVO 6º Congresso Alemão de Medicina e Espiritualidade Marlene Nobre, Sergio Lopes, Irvênia Prada e outros

02/11/2013 (SÁB.)

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06H00 (Brasília)/09H00 (Alemanha) ABERTURA – Momento Musical com Flávio Benedito, Maurício Virgens e Warren Richardson

06H15 (Brasília)/09H15 (Alemanha) “Neurofisiologia da Mediunidade” – Dr. Marlene Nobre / Dr. Irvênia de Santis Prada

07H45 (Brasília)/10H45 (Alemanha) “Trance – Cortical Representations” – Dr. Niels Kohn / Alessandra Ghinato Mainieri

08H45 (Brasília)/11H45 (Alemanha) INTERVALO

09H15 (Brasília)/12H15 (Alemanha) “Comunicacao Mente - Cérebro – Célula à Luz da Biologia Molecular” – Dr. Carlos Roberto de Souza Oliveira

10H30 (Brasília)/13H30 (Alemanha) INTERVALO - Almoço

12H00 (Brasília)/15H00 (Alemanha) “A Obsessao e suas Máscaras” - Dr. Marlene Nobre

13H15 (Brasília)/16H15 (Alemanha) “Obsessão pelo Prazer” – Dr. Sérgio Luis da Silva Lopes

14H30 (Brasília)/17H30 (Alemanha) INTERVALO

14H45 (Brasília)/17H45 (Alemanha) “De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde iremos?” - Prof. Van Laack

16H00 (Brasília)/19H00 (Alemanha) INTERVALO - Jantar

17H30 (Brasília)/20H30 (Alemanha) Perguntas e respostas

18H30 (Brasília)/21H30 (Alemanha) ENCERRAMENTO

03/11/2013 (DOM.)

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06H00 (Brasília)/09H00 (Alemanha) Abertura – Momento Musical

06H10 (Brasília)/09H10 (Alemanha) “Medicina Consciente – A Medicina Creativa do Século 21” - Dr. med Lothar Hollerbach

07H30 (Brasília)/10H30 (Alemanha) “Conceito de saúde e doença segundo o Paradigma Médico-Espírita” Dr. Marcia Colasante

08H30 (Brasília)/11H30 (Alemanha) INTERVALO

09H00 (Brasília)/12H00 (Alemanha) “As causas espirituais de nossas doencas físicas e psíquicas – o que significa Carma” - Dagobert Göbel

10H15 (Brasília)/13H15 (Alemanha) INTERVALO

11H15 (Brasília)/14H45 (Alemanha) “A Influencia do Passe Espírita no crescimento de bactérias” - Dr. Giancarlo Lucchetti

12H45 (Brasília)/15h45 (Alemanha) “O aspecto espiritual do Mobbing” - Dr. Carlos Roberto de Souza Oliviera

13H45 (Brasília)/16H45 (Alemanha) Perguntas e respostas

14H45 (Brasília)/17H45 (Alemanha) ENCERRAMENTO por Dr. Marlene Nobre – Momento Musical

Carta-Convite da Dra. Marlene Nobre

Nos últimos quatro séculos, graças sobretudo à forte intolerância religiosa, aprofundou-se o fosso entre ciência e religião, com a opção da maioria das comunidades científicas pelo paradigma materialista.

No contexto da Medicina não tem sido diferente, sobretudo, no século XX, fortemente impregnado de uma visão reducionista que a tem limitado ao campo estreito do corpo físico. Algo de novo, porém, vem ocorrendo, particularmente, na última década, com a introdução do fator Espiritualidade nos estudos, pesquisas, e na própria práxis médica.

Neste movimento, Espiritualidade tem a conotação que lhe deu William James, o mais elevado sentimento, o mais nobre, que une a criatura ao Criador. Desse modo, pertencem a ele médicos e profissionais da saúde das mais diversas confissões religiosas ou mesmo os que simplesmente crêem no Ser Supremo, sem os liames da religião formal.

Em 2001, nos Estados Unidos, quase dois terços das escolas médicas já mantinham cursos obrigatórios ou eletivos sobre religião, espiritualidade e medicina. Apesar disso, menos de um terço dos médicos americanos sentem-se à vontade para perguntar sobre a religiosidade dos pacientes; muitos alegam falta de tempo, incapacidade para lidar com o assunto, ou não a julgam relevante na prática médica.

Se você lida com a saúde e deseja saber mais sobre o assunto, gosta do diálogo e do livre debate de idéias, venha participar conosco do 6º Congresso Médico-Espírita da Alemanha. Teremos imenso prazer em recebê-lo.

Até lá,

Marlene Nobre

02/11/2013

ANTE OS QUE PARTIRAM


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Nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.
Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo...
Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da agonia; um esposo que se despede, procurando debalde mover os lábios mudos; uma companheira, cujas mãos consagradas à ternura pendem extintas; um amigo que tomba desfalecente para não mais se erguer, ou um semblante materno acostumado a abençoar, e que nada mais consegue exprimir senão a dor da extrema separação, através da última lágrima!
Falem aqueles que, um dia, se inclinaram, esmagados de solidão, à frente de um túmulo; os que se rojaram em prece nas cinzas que recobrem a derradeira recordação dos entes inesquecíveis; os que caíram, varados de saudade, carregando no seio o esquife dos próprios sonhos; os que tatearam, gemendo, a lousa imóvel, e os que soluçaram de angústia, no adito dos próprios pensamentos, perguntando, em vão, pela presença dos que partiram...
Todavia, quando semelhante provação te bata à porta, reprime o desespero e dilui a corrente da mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma como chuva de fel.
Também eles pensam e lutam, sentem e choram.
Atravessam a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação ou se voltam para o suicídio.
Lamentam-se quanto aos erros praticados e trabalham, com afinco, na regeneração que lhes diz respeito.
Estimulam-te à prática do bem, partilhando-te as dores e as alegria.
Rejubilam-se com as tuas vitórias no mundo interior e consolam-te nas horas amargas para que te não percas no frio do desencanto.
Tranquiliza, desse modo, os companheiros que demandam o Além, suportando corajosamente a despedida temporária, e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram.
Recorda que, em futuro próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no mar das provas redentoras...
E, vencendo para sempre o terror da morte, não nos será lícito esquecer que Jesus, o nosso Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite escura, viveu entre os infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde pardacenta, sobre um monte empedrado, mas ressuscitou aos cânticos da manhã, no fulgor de um jardim.
Emmanuel
("Religião dos Espíritos", 58, Francisco C. Xavier, FEB)

01/11/2013

F I N A D O S ?


 

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No estudo da palpitante questão da morte, muitas pessoas se detêm apenas no fenômeno biológico da desintegração molecular, que lhes impede a permanência, por mais largo tempo, guindadas ao carro do prazer.
Consideram-na como sendo o fim da existência do ser eterno, e não se permitem auscultar a Natureza onde se expressam os mais vibrantes quadros de transformação, de morte para imediato renascimento, ensinando a perenidade do fluxo vital em intérminos processos da renovação.
Aqui, aparece o córrego transparente e cantante; ali, se alarga o pântano estagnado e morto.
À frente, a árvore estuante e pejada de frutos; ao lado, o sarçal requeimado pelo Sol, quase sem vida.
Em uma área fresca, a abundância da horta abençoada; noutro espaço, o deserto árido...
Uns e outros, aguardando trabalho, retificação e apoio, a fim de manterem o milagre da vida.
No corpo em que te movimentas, a morte das células e moléculas é constante, sem que se altere a vida, em contínua transformação.
Age, pois, conscientemente, de modo que te não convertas, atraído pelo utilitarismo, em parasita sugador dos recursos vitais, a um passo da cadaverização moral, que é uma forma de morte na vida...
Morrer é viajar no rumo de novos comportamentos.
Porque traz de volta o viajante, que partiu para a aprendizagem terrena, é natural que ele seja convidado, quando do retorno, a exame e prestação de contas dos recursos aplicados e dos resultados conseguidos durante o curso terrestre.
Recuperada a lucidez, faz-se mais severo o critério pessoal de avaliação dos atos.
Passada a oportunidade, compreende-se-lhe melhor o alto significado de que se revestiu.
Concluída a luta, é mais fácil de serem examinados os seus lances.
Desse modo, enquanto te encontras na dádiva do corpo, utiliza-te de todos os momentos para dignificar-te, agindo com sentimentos elevados e aprendendo com sacrifício.
Respeita o tempo de que dispões, entesourando os valores morais que podem ser investidos em obras de duração eterna, porquanto, em ti chegando a morte, queiras ou não, creias ou lhe abomines a realidade, despertarás, prosseguindo na vida, conforme a forjaste anteriormente.
Prosseguindo na Vida.
Autor: Joanna de Ângelis
Do livro: Luz da Esperança

18/10/2013

A VIDA CONTINUA.. CARTA DE ANDRÉ JOVEM DESENCARNADO NA BOATE KISS - PSICOGRAFADA

           

universo
MENSAGEM DE UM JOVEM DESENCARNADO NA BOATE KISS - PSICOGRAFADA POR ÂNGELA HENRIQUES

Mãe querida, em primeiro lugar, peço-te, que te acalmes,
acalmes estes pensamentos, acredites nestas linhas.
Sou eu o André, o teu André.
Não penses que sofri ou estou sofrendo, e muito menos
descansando eternamente.
Mãe, ainda não sei como cheguei por estas paragens, mas
me lembro da fumaça, da correria, do cheiro de queimado,
foi daí que tropecei e cai esborachado aqui... Embora
ainda sujo, os olhos ardendo, percebi os meus amigos ali
juntos e todos eles bem assustados como eu, mas que de
alguma forma, estávamos inteiros.Precisando de cuidados
médicos, mas vivos. Daí começaram a nos explicar
cuidadosamente o ocorrido, enquanto éramos tratados.
Estavam comigo e ainda estão, o Pardal, A Neca, o Silvio,
o Pedro, a Carol, Suzie, Roger, Pablito e outros que não
consigo dizer os nomes. Por enquanto estamos bem
ajeitados e nos adaptando a esta nova condição de meio
mortos , hahahaha...
A vida continua rotineira e tranquila dentro das
possibilidades, todos os dias, vamos ás alas hospitalares
e damos boas vindas aos demais vitimados naquele
incidente horrivel. Passou para nós, ficou para trás,
apenas nos lembramos, nada mais
Qualquer dia destes ,aceitarei a oferta de ir novamente a
uma festa. Soube que são muito animadas por aqui, mas
ainda é cedo para encarar...
Por aqui, é tudo bem parecido com a vida de antes, estou
louco para voltar aos estudos, mas ainda não tenho
acesso
ás matérias, e ainda não sei no que trabalharei, mas já
soube que serei remunerado. Corre solto que aqui também
podemos paquerar! Há tanta coisa boa a me esperar, que
mal me seguro para começar logo, mas vejo que terei que
ir na massa!
Pegar solto.
Suas orações, mãe chegam direto no meu coração
Sinto saudades, também , sabias?
Sinto falta de todos, até do cheiro do capim molhado
Mas não há como voltar, então o melhor é se apresentar a
esta nova vida, e ir em frente
E estas benditas lágrimas nas tuas faces, que enxugo
neste momento com sonoros beijos e um sorriso maroto.
Mande abraços de saudades aos meus amigos e
amigas.Diga a eles, coragem. A vida não morre! Nem por
fogo ou água. A vida é viva. Quem me conhece, sabe que
não sou de dobrar diante de nada, e esta tal morte,
também não me dobrou. Continuo o mesmo guru.
Amo todos, e quando me for permitido, de novo aqui
estarei neste noticiário diferente, mas muito legal.
Beijo familia... beijo mamãe.
André

* jovem desencarnado na Boate Kiss.
(Psicografia / Angela M. Henriques - 02/10/2013)

03/10/2013

03 de Outubro – VIVA ALLAN KARDEC

 

03 de Outubro – Aniversário de ALLAN KARDEC

a kardec

53 anos depois do seu nascimento (18 de abril de 1857) raiou para a humanidade a “Era Espírita”, ao surgirem nas prateleiras das livrarias os primeiros volumes de “O Livro dos Espíritos”.

No dia 3 de outubro de 1804, às dezenove horas, na casa do magistrado Jean-Baptiste-Antoine Rivail localizada na cidade de Lyon à Rua Sala, 76, na França, sua esposa Jeanne Louise Duhamel dava à luz uma criança do sexo masculino. Era Denizard-Hippolyte-Léon Rivail.

FORMAÇÃO ESCOLAR E O INSTITUTO DE YVERDUN
Desde pequeno o menino Rivail revelou-se bastante inteligente e sagaz observador, sempre compenetrado de seus deveres e responsabilidades, denotando franca inclinação para as ciências e para os assuntos filosóficos. Seus primeiros estudos foram realizados em Lyon, sua cidade natal. Mais tarde, com a idade de 10 para 11 anos, Rivail foi enviado para Yverdun, na Suíça, para completar e enriquecer sua bagagem escolar.

O Instituto de Yverdun, que funcionava no castelo construído em 1135 pelo duque de Zähringen, era freqüentado todos os anos por grande números de estrangeiros, pois era tido como a escola modelo da Europa; era dirigido pelo professor-filantropo de nacionalidade suíça Johann Heinrich Pestalozzi, cujo apostolado pedagógico era bastante conhecido, o que lhe conferiu o cognome de “O Educador da Humanidade”.

Línguas, raças, crenças, culturas e hábitos diferentes ali se misturavam, aprendendo as crianças e os jovens, na vivência escolar, a lição da fraternidade, da igualdade e da liberdade.

Pestalozzi pregava que o amor é o eterno fundamento da educação. Em seu Instituto não havia castigos ou recompensas. O ensino era heurístico: aquele em que o aluno é conduzido a descobrir por si mesmo, tanto quanto possível por seu esforço pessoal, as coisas que estão ao alcance de sua inteligência.

A história, a literatura, todos os ramos dos conhecimentos humanos eram ensinados em Yverdun, dentre os quais descrevemos alguns: NOÇÕES GERAIS, PORÉM EXATAS, DE MINERALOGIA, BOTÂNICA, ZOOLOGIA E ANATOMIA COMPARADA; UM CURSO ABREVIADO DE HISTÓRIA NATURAL; ELEMENTOS DE FISIOLOGIA E PSICOLOGIA; LIÇÕES DE FÍSICA EXPERIMENTAL E DE QUÍMICA; ESTUDO DE LINGUAS MORTAS OU ANTIGAS (principalmente o grego e o latim); LÍNGUAS ATUAIS DA ÉPOCA (italiana, inglesa, francesa, alemã e outras); ESTUDO GERAL DE MATEMÁTICA (dividido em quatro seções: CÁLCULO TEÓRICO E PRÁTICO, e ARITIMÉTICA SUPERIOR; ÁLGEBRA, OUARITIMÉTICA LITERAL E UNIVERSAL; GEOMETRIA; MECÂNICA, COM NOÇÕES DE ASTRONOMIA E GEOGRAFIA MATEMÁTICA.

Vale a pena saber que o Instituto de Yverdun possuía em média 150 alunos que se obrigavam a uma carga horária diária de 10 horas. Aos domingos, numa assembléia geral, passava-se em revista o trabalho da semana. Pestalozzi dava também bastante importância ao canto: cantava-se nos intervalos das lições, nos recreios e nos passeios. A música e o canto adquiriram ali grande impulso entre 1816 e 1817 com o notável compositor suíço Xaver Schnyder von Wartensee.

Pestalozzi foi um tipo de cristão sempre zeloso, mas eqüidistante do misticismo, dos preconceitos e das paixões religiosas, apesar de pertencer à Igreja reformada.

Acredita-se que Pestalozzi tivesse alguma noção da vida após a morte, pois numa carta que escreveu à sua amiga condessa Franziska Romana von Hallwyl, que procurara consolá-lo da dolorosa perda de um professor, o pedagogo lhe disse, confiante: “Vossa fidelidade e vossa amizade a seguirão no outro mundo, nós a reencontraremos e juntos nos rejubilaremos com alegria.”

O ALUNO RIVAIL
Assim, depois de algumas informações sobre o ambiente em que Rivail estudou e se educou, voltamos a falar sobre a sua pessoa ainda como jovem escolar lionês.
Dotado da avidez de saber e de agudo espírito observador, adquiriu ele desde cedo o hábito da investigação . Contam alguns biógrafos que, quando estudava Botânica, Denizard se interessava tanto que passava um dia inteiro nas montanhas próximas a Yverdun, com sacolas às costas, à procura de espécimes para o seu herbário.
Aos quinze anos, Rivail já conhecia as divergências religiosas observadas no próprio corpo docente, com alunos católicos romanos e ortodoxos, bem como protestantes de diferentes seitas, a se desentenderem sobre a interpretação dos textos escriturísticos, sobre a validade dos dogmas e de outras questões, embora, no fundo, todos formassem uma família unida pelos laços de amizade que sadio companheirismo gerara. Tudo isso levou Denizard a conceber, já naquela idade, a idéia de uma reforma religiosa, com o propósito de conseguir a unificação das crenças.
DE YVERDUN A PARIS
Embora não se possa afirmar, presume-se que Rivail tenha permanecido no Instituto de Yverdun até 1822, talvez desempenhando a função de submestre, senão, mestre, mesmo, seguindo depois para Paris – à Rua Harpa, 117, um dos principais eixos da vida universitária parisiense, onde ficava situado o Liceu Saint-Louis (antigo “Collège d’Harcourt”), estabelecimento escolar respeitado da Universidade. Lá, Denizard encontraria excelentes oportunidades para continuar suas atividades educacionais.

RIVAIL E AMÉLIE BOUDET
Vivendo em Paris, no mundo das letras e do ensino, Rivail conheceu a Srta. Amélie Boudet. De estatura baixa, bem proporcionada, de olhos pardos e serenos, gentil e graciosa, vivaz nos gestos e na palavra, denunciando penetração de espírito, Amélie nasceu em Thiais, comuna do departamento parisiense de Val-de-Marne, a 23 de novembro de 1795. Filha única de Julien-Louis Boudet, proprietário e tabelião, homem portanto bem colocado na vida, e de Julie-Louise Seigneat de Lacombe, recebeu na pia batismal o nome de Amélie-Gabrielle Boudet.
Após cursar a escola primária, a jovem estabeleceu-se em Paris com a família, ingressando numa Escola Normal, de onde saiu diplomada professora de 1ª classe. Alguns documentos revelam que a Senhorita Amélie também fora professora de Letras e Belas-Artes. Culta e inteligente, chegou a dar à luz três obras, assim nomeadas: “Contos Primaveris”, 1825; “Noções de Desenho”, 1826; “O Essencial em Belas-Artes”, 1828.
Em 6 de fevereiro de 1832, Denizard e Amélie firmam o contrato de casamento. Agora viveriam juntos sobre o mesmo teto até que a morte os separasse.
O POLIGLOTA
Rivail possuía uma instrução extensa e variada, conhecia também outros idiomas: o Alemão – sua língua adotiva; o Inglês, Holandês, como também eram robustos seus conhecimentos do Latim, do Grego, do Gaulês e de algumas línguas latinas nas quais se exprimia corretamente.

RIVAIL TERIA SIDO MÉDICO?
Apesar de alguns biógrafos dizerem que Rivail teria sido médico, podemos dizer que houve um mau entendido; analisemos o que escreveu André Moreil, biógrafo de Allan Kardec no livro “Vida e Obra de Allan Kardec”, 1977, Editora EDICEL, página 23:
“… fez (Rivail) estudos médicos como os primeiros Pestalozzi originários de Lyon e colheu em seus estudos sobre a eletricidade provas da existência Espírita.”
Porém, em outro capítulo Moreil fala de outra maneira. Vejamos o que se lê na página 32:
“Consta que teria estudado medicina e até mesmo sustentado tese, aliás com muito brilho. Para nós subsiste a dúvida. É certo que o jovem Rivail tinha boa cultura humanista, e grande desejo de aprender. Interessava-se pelas “humanidades”, como pelas “ciências”: entre estas, a Física, a Química e a Geologia; a Biologia também, com certeza. Mas isso não autoriza dizer que estudou Medicina nem defendeu tese. É possível que, de volta de Yverdun, o jovem lionês tivesse freqüentado a Faculdade de Medicina da sua cidade natal ([1]). Parece, todavia, que o estudo dessa disciplina não lhe suscitou entusiasmo, pois nunca se referiu a ela em seus escritos. Apenas uma vez, ao tratar do magnetismo animal, declarou que o estudo da Medicina o interessara, trinta anos antes, o que corresponde ao seu período estudantil.”
Assim, faz-se necessário desfazer essa confusão, já que Rivail se referiu ao Magnetismo e não à Medicina convencional. Em artigo da “Revista Espírita” de junho de 1858 intitulado “Os Banquetes Magnéticos” lê-se esta frase escrita por Kardec: “Em nossa opinião a ciência magnética, que professamos há 35 anos…”.
Podemos observar com isso que Kardec não escreveu estudo de medicina e, sim, ciência magnética, que professara havia 35 anos (e não 30, como quer Moreil). Poderíamos ainda descrever trechos de outros biógrafos; chegaríamos, porém, à mesma conclusão: que Kardec jamais foi médico.

RIVAIL E A MAÇONARIA
É necessário, também, desfazer outro equívoco: que Rivail tivesse sido maçom. Fazendo uma pesquisa na coleção da Revista Espírita, 1858-1869, conclui-se que apenas existiram, entre Denizard e a Maçonaria, afinidades de princípios e ideais, sem jamais haver ele ingressado em loja alguma. Acreditamos que nada modificaria, tanto para mais como para menos, a pessoa do biografado se tivesse ele abraçado a Maçonaria. É necessário, porém, eliminar os exageros para que a verdade triunfe.
O PROFESSOR RIVAIL E SUAS OBRAS
Em Paris Rivail fundou um Instituto Técnico na rua Sevres, 35, nos mesmos moldes daquele de Pestalozzi. No ano de 1824, Denizard, ou melhor, Professor Rivail, publica seu primeiro livro que era dividido em volumes e tinha como título: Curso Prático e Teórico de Aritmética. Além deste, o Prof. Rivail publicou, até o ano de 1849, os seguintes livros: Plano para o Melhoramento da Instrução Pública; Gramática Clássica da Língua Francesa; Qual o Sistema de Estudos mais Adequado à Época?; Manual dos Exames para Certificado de Capacidade; Soluções Racionais de Perguntas e Problemas de Aritmética e Geometria; Catecismo Gramatical da Língua Francesa; Programa dos Cursos Ordinários de Química, Física, Astronomia e Fisiologia; Pontos para os Exames na Municipalidade e na Sorbone; Instruções Sobre as Dificuldades Ortográficas.

DENIZARD E O MAGNETISMO
Rivail tomou contato com o magnetismo no ano de 1823, ou talvez mesmo um pouco antes; porém, foi em Paris que sua curiosidade foi despertada para esta ciência, quando o marquês de Puységur – juntamente com d’Eslon, professor e regente da Faculdade de Medicina de Paris, mais o sábio e naturalista Deleuze -, deu novos rumos a esta ciência através da modificação dos métodos de Mesmer, que culminaram na descoberta do sonambulismo provocado. Denizard refere-se elogiosamente a esses magnetistas franceses, ombreando-lhes outros nomes, como o do barão Du Potet e o do Sr. Millet.
Rivail estudou criteriosamente essa disciplina, tendo devorado grande número de obras favoráveis e contrárias escritas por homens de evidência. Diz Anna Blackwell, no prefácio à sua tradução inglesa
de “O Livro dos Espíritos”, que Rivail tomou parte ativa nos trabalhos da Sociedade de Magnetismo de Paris, uma das mais importantes da França. Fez muitos amigos nessa corrente de idéias, dentre eles o magnetizador Sr. Fortier.
AS MESAS GIRANTES
Contava Rivail 51 anos de idade em 1854 quando, através do Sr. Fortier, tomou conhecimento de certos fatos Espíritas. Disse-lhe o interlocutor:
- “Sabe o senhor da singular propriedade que acabam de descobrir no magnetismo? Parece que não são unicamente os indivíduos que se magnetizam, mas também as mesas, que podem girar e andar à vontade.”

- “É extraordinário, não há dúvida” – respondeu Rivail. “Mas em rigor é um fato que não parece radicalmente impossível. O fluido magnético, que é uma espécie de eletricidade, pode muito bem atuar sobre os corpos inertes e fazê-los moverem-se.”
Informado, pouco tempo depois, pelo mesmo Sr. Fortier, de que mesas magnetizadas – chamadas na época de “mesas girantes” -, podiam mover-se e que davam respostas quando inquiridas, a atitude de Rivail foi de absoluta descrença:
- “Isto é uma outra questão. Só acreditarei vendo, e quando me provarem que a mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que pode tornar-se sonâmbula. Até lá, permita-me que considere isso um conto para fazer-nos dormir em pé.”
Rivail aceitava a possibilidade do movimento por uma força mecânica, mas, ignorando a causa e a lei do fenômeno, parecia-lhe absurdo atribuir inteligência a uma coisa puramente material. Estava ele na posição dos incrédulos desta nossa época (2004), que negam porque apenas presenciam um fato que não compreendem. Vivia-se numa época em que o fato era ainda inexplicado, aparentemente contrário às leis da Natureza, o que sua razão lhe impedia aceitar. Ainda não havia visto nem observado nada. As experiências feitas na presença de pessoas de caráter e dignas de toda a confiança lhe confirmavam a possibilidade do efeito puramente material, porém, a idéia de uma mesa falante não lhe podia ainda fazer sentido.

O EPISÓDIO HYDESVILLE: PONTO DE PARTIDA DAS MESAS GIRANTES
As sessões com a
mesa girante” tiveram início nos Estados Unidos da América, com as célebres irmãs Fox. Segundo Jorge Rizzini, os Fox eram originários do Canadá, pois os Arquivos Históricos da Cidade de Nova Iorque (consultados por ele) atestam que a médium Margareth Fox nascera em Bath, uma vila próxima da cidade de Kingston, na província de Ontário, no dia 7 de outubro de 1833.
Vale a pena saber que Margareth, nessa época, tinha a idade de 14 anos; Katerine, a caçula, 11 anos; e Leah, que já lecionava piano em Rochester, era 23 anos mais velha que Margareth. Não possuímos informações dos outros irmãos, apenas sabemos que eram em seis, também canadenses, e que David era o único do sexo masculino.

John D. Fox, o pai, era campesino e pastor da Igreja Episcopal Metodista. Ele e sua família recém chegados do Canadá desembarcaram em Hydesville, no Condado de Wayne, Estado de Nova Iorque, no dia 11 de dezembro de 1847. John acomodou sua família em uma casa de madeira humilde, praticamente idêntica a todas as outras da região. A casa em que se instalaram não era bem vista pela população da cidade. Diziam que era “mal assombrada”. Inquilinos anteriores haviam ouvido ruídos estranhos e visto móveis se moverem sem nenhum contato humano; além disso, vultos também eram vistos.

Hannah Weeckman, ex-inquilina da casa, citada no livro “História do Espiritismo” de Arthur Conan Doyle, deu o seguinte testemunho: “Meu marido, eu e a empregada nos levantamos imediatamente para ver o que se passava. Ela sentou-se na cama em prantos e nós custamos a verificar o que se passava. Disse ela que algo se movimentava acima de sua cabeça e que sentia um frio sem saber o que era. Disse havê-lo sentido sobre ela toda, mas que ficara mais alarmada ao senti-lo sobre o rosto.”

Lucretia Pulver, empregada do casal Bell que, em 1844, habitara a casa, deu também seu testemunho: “A Srta. Aurélia Losey ficou comigo naquela noite; ela também ouviu o barulho e ambas ficamos muito assustadas; levantamo-nos, fechamos as janelas e trancamos a porta. Parece que alguém andava pela despensa, na adega, e até no porão, onde o barulho cessava.” Era esta a situação da casa, quando o pastor John D. Fox nela se instalou com sua família.

John atribuía os ruídos à madeira com a qual a casa fora construída e aos ratos existentes na adega. Porém, na noite do dia 31 de março, foram ouvidos ruídos com maior intensidade por todos os lados da casa e, segundo a Sra. Fox, “produziam um certo movimento nas camas e cadeiras, a ponto de notarmos quando deitadas”. O pastor John Fox, acreditando que alguém estivesse brincando consigo, saiu pé ante pé e examinou a casa pelo lado de fora e, depois, intrigado, todos os compartimentos da casa. Nada encontrou; estava tudo normal, porém, os ruídos, inclusive de passos, prosseguiam, e todos puderam ouvir.

Naquela noite, Katerine, a filha mais nova, desafiou a força invisível. Bateu um certo número de palmas. E soou na parede de madeira, imitando-a, o mesmo número de pancadas. Quando ela parou, o som logo parou. Então Margareth disse brincando: “Agora faça exatamente como eu. Conte um, dois, três, quatro”. E bateu palmas. Então os ruídos se produziram como antes. Margareth teve medo de repetir o ensaio. Então Katerine, ou Kate, como seus familiares a chamavam, disse, na sua simplicidade infantil: “Oh! Mamãe! Eu já sei o que é. Amanhã é o dia 1º de abril e alguém quer nos pregar uma peça!”

Estava, assim, estabelecida a telegrafia espiritual. A Sra. Fox, ao lado do marido, pediu ao “espírito batedor” que dissesse a idade de cada um de seus filhos. O resultado do teste espantou a todos. Batidas se fizeram ouvir de forma que, a cada seqüência de batidas que correspondia a idade de cada um, era feita uma pausa. Insistiu a Sra. Fox, perguntando se era um ser humano que conversava com ela. O silêncio se fez angustiante. Perguntou se era um Espírito, e fortes batidas se fizeram ouvir por toda a casa.

A Sra. Fox, continuou a perguntar: “Se for o Espírito de um assassinado dê duas pancadas.” Duas pancadas foram ouvidas. John Fox foi rápido chamar a Sra. Redfield, sua vizinha, que fez um novo teste; perguntou que idade tinha ela, e obteve do Espírito a resposta correta. Entrou na casa o casal Duesler, e estabeleceu-se uma linguagem através de código, onde a letra A correspondia a uma pancada, B a duas, e assim por diante.

O Espírito chamava-se Charles B. Rosma; fora mascate; seu assassino chamava-se Bell, antigo morador daquela casa; assassinara-o para lhe roubar quinhentos dólares com uma faca de açougueiro, dando-lhe um golpe na garganta; o corpo fora levado à adega e, na noite seguinte, enterrado ali mesmo.

Foi se formando à porta da casa dos Fox uma fila de aproximadamente trezentas pessoas e o Espírito Charles Rosma deu prova de sua presença. No dia seguinte, David Fox, acompanhado de outras pessoas, fez as primeiras escavações, descobrindo ossos e cabelos. Exatamente em 1904, portanto 56 anos depois, encontrou-se um esqueleto humano ao lado de uma lata que pertencera ao mascate. Os fatos vieram confirmar a estranha denúncia de um morto que, do outro lado da vida, se utilizava de uma lei natural, desconhecida pelo homem, para relatar uma ação criminosa de que fora vítima.

Disseram os Espíritos que esse fato era o início de um movimento de caráter praticamente universal, para unir os homens, convencer as mentes para a imortalidade da alma, despertar a Humanidade para a vida espiritual.

Convém reconhecer aqui a envergadura moral do casal Fox. Contrariados e perseguidos pela Igreja Metodista a que pertenciam, preferiram de lá ser expulsos, a negar os fenômenos espíritas. Eles não abdicaram da verdade de que foram testemunhas. Este acontecimento repercutiria na Europa, despertando as consciências e, ao lado dos fenômenos das “mesas girantes”, prepararia o advento do Espiritismo.

RIVAIL E AS MESAS GIRANTES
Foi em 1855, conversando com Sr. Carlotti, outro magnetista, que lhe falou outra vez, e com grande entusiasmo, desses fenômenos, que Rivail sentiu idéias novas lhe despertarem na mente. No entanto, o Sr. Carlotti era corso, de natureza ardente e enérgica. Denizard apreciava nele as qualidades que distinguem uma grande e bela alma, contudo, desconfiava de sua exaltação. Fora ele o primeiro a falar-lhe da intervenção dos Espíritos, e contou-lhe tantas coisas fantásticas que ao invés de convencer Rivail, aumentou-lhe as dúvidas.
Um pouco mais de um ano se passara, era num dia de maio de 1856, estava Rivail na casa da sonâmbula Sra. Roger com o Sr. Fortier, seu magnetizador. Encontrou ali o Sr. Pâtier e a Sra. Plainemaison, que lhe falaram sobre os fenômenos, desta vez sem exaltação. O Sr. Partier era um funcionário público, homem de meia idade, instruído, sério e calmo. Sua linguagem era pausada e isenta de entusiasmos. Pois bem: foi o Sr. Partier que causou uma viva impressão em Rivail que, convidado a assistir a uma das experiências realizadas na casa da Sra. Plainemaison, à Rua Grange-Batelière, 18, aceitou pressuroso. O encontro foi marcado para uma terça feira, às 20 horas.
Rivail assiste pela primeira vez, na casa da Sra. Planemaison, e testemunha o fenômeno das “mesas girantes” que saltavam e corriam, em condições tais que era impossível haver dúvidas. Presenciou alguns ensaios, ainda bastante imperfeitos, da escrita mediúnica em uma ardósia com o auxílio de uma cesta. Com as idéias ainda indefinidas, Rivail raciocinava. Ali estava um fato que devia ter uma causa. Entreviu debaixo daquela aparente futilidade e da espécie de diversão dos que se utilizavam daqueles fenômenos algo sério, como se fosse a revelação de uma nova lei. Prometeu a si mesmo que iria investigar os fenômenos a fundo.
AS MÉDIUNS SRTAS. BAUDIN
Dentro de pouco tempo, surgiu uma oportunidade de Rivail proceder a observações diretas: numa das reuniões da Sra. Planemaison conheceu a família Baudin, que morava na Rua Rochechouart. O Sr. Baudin convidou-o para ir assistir às sessões que se realizavam semanalmente em sua casa. Aceitou, e tornou-se um freqüentador assíduo das reuniões.
Eram as reuniões bem freqüentadas e, além dos assistentes habituais, era admitido sem dificuldade quem quer que o pedisse. Os dois médiuns utilizados eram as Srtas. Baudin, que escreviam em uma ardósia com o auxílio de uma cesta chamada de “cesta pião” ou cesta de bico” ([2]). Esse método exigia o concurso de duas pessoas para excluir qualquer possibilidade de participação das idéias de cada um dos médiuns. Foi assim, que Rivail, presenciou comunicações seguidas constando de respostas dadas a questões propostas, e muitas vezes a perguntas feitas mentalmente, que faziam perceber, de modo evidente, a intervenção de uma inteligência estranha.

ZÉFIRO, O ESPÍRITO
A curiosidade e o entretenimento moviam os assistentes. O Espírito que se manifestava dava o nome de Zéfiro, o que estava bem de acordo com o seu caráter e o da reunião. Porém era um Espírito muito bom, e declarava-se protetor da família Baudin. Muitas vezes sabia fazer rir, outras vezes, dava bons conselhos e não perdia oportunidade de se utilizar do dito mordaz e espirituoso. Rivail travou com ele boas relações, dando-lhe constantemente provas de grande simpatia. Zéfiro não era um Espírito muito adiantado, porém, assistido mais tarde por Espíritos superiores, ajudou Rivail em suas primeiras obras. Depois de dizer que ia reencarnar, nunca mais se ouviu falar dele.
PRIMEIROS ESTUDOS SOBRE ESPIRITISMO
Foi ali, nas reuniões da casa da família Baudin, que Rivail fez os primeiros estudos sérios sobre o Espiritismo, mais pelas observações que pelas revelações. Aplicou a essa nova ciência, como sempre fizera, o método da experimentação. Nunca se utilizou de teorias preconcebidas. Observava, comparava e deduzia as conseqüências. Era através dos efeitos que procurava se aproximar das causas. Deduzia pelo encadeamento lógico dos fatos. Só admitia uma conclusão como válida quando esta conseguia resolver todas as dificuldades da questão – procedimento este que utilizou também em seus trabalhos anteriores desde a idade de 24 anos.

Compreendeu Rivail, desde o início, a importância da pesquisa que estava empreendendo. Enxergou naqueles fenômenos a chave do problema do passado e do futuro da Humanidade, tão confuso e controvertido – a solução do problema que havia buscado durante toda a sua vida. Era preciso agir com prudência e não se deixar levar por ilusões.

Um dos primeiros resultados de suas observações foi descobrir que os Espíritos, nada mais sendo que as almas dos homens, não possuíam nem a suprema sabedoria nem a suprema ciência. Que seu saber era limitado ao grau de seu adiantamento e que sua opinião só tinha o valor de uma opinião pessoal. Esta verdade, reconhecida desde o início, o livrou do grande perigo de acreditar em sua infalibilidade, impedindo-o de formular teorias prematuras baseadas no que dizia um ou no que diziam outros.

As sessões da casa do Sr. Baudin, que até aquela data não tinham tido uma finalidade determinada, agora aconteciam de forma organizada e útil; as frivolidades desapareceram. Rivail tomou a seu cargo procurar resolver problemas interessantes sob o ponto de vista da Filosofia, da Psicologia e da natureza do mundo invisível. A cada sessão levava consigo perguntas preparadas e metodicamente dispostas que eram sempre respondidas com precisão, profundidade e lógica. Se acontecia de Rivail faltar a uma dessas sessões, as pessoas ficavam sem saber o que fazer, pois as perguntas fúteis perderam seu atrativo para a maioria dos freqüentadores.

COMEÇA A SURGIR O LIVRO DOS ESPÍRITOS
A princípio, Rivail só tinha em mente se instruir. Porém mais tarde, quando viu que aquelas comunicações formavam um conjunto e tomavam proporções de uma doutrina, teve a idéia de publicá-las para que todos se instruíssem. Foram aquelas mesmas questões que, desenvolvidas e completadas, constituíram a base do “O Livro dos Espíritos”.
DE RIVAIL A KARDEC
Em 1856, o professor Rivail recebe dos Espíritos a revelação do trabalho que tem de desenvolver na Terra. E assim surge o pseudônimo Allan Kardec, com o intuito separar das obras pedagógicas escritas pelo professor Rivail, as obras da codificação que eram feitas agora pelo Sr. Allan Kardec. O pseudônimo foi escolhido porque correspondia a um nome que teria usado em uma encarnação pregressa revelada por um Espírito que dizia conhecê-lo de remotas existências, uma das quais passada no mesmo solo da França, onde a sua individualidade tinha revestido a personalidade de um druida chamado Allan Kardec.

INÍCIO DA ERA ESPÍRITA
A 18 de abril de 1857 raiou para a humanidade a “Era Espírita”, ao surgirem nas prateleiras das livrarias os primeiros volumes de “O Livro dos Espíritos”.
Em 1° de janeiro de 1858 circula o primeiro número da “Revue Espirite” (Revista Espírita), editada em Paris por Allan Kardec; no mesmo ano foi publicado o livro “Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas”, e, ainda nesse profícuo 1858, exatamente a 1° de abril, é fundada a “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas”.
Em 1859 surge o livro “O que é o Espiritismo”. A 16 de setembro de 1860 A. Kardec publica a “Carta sobre o Espiritismo”, em resposta a um artigo publicado na “Gazette de Lyon”. No mês de janeiro de 1861, Allan Kardec lança a público “O Livro dos Médiuns” e, ainda nesse ano, no dia 9 de outubro às 10:30 horas da manhã, em Barcelona, Espanha, são queima­dos num auto de fé trezentos volumes e brochuras sobre Espiritismo, entre eles “O Livro dos Espíritos”.
Em fevereiro de 1862, Kardec publica “O Espiritismo na sua Expressão mais Simples”, e também neste mesmo ano, “Viagem Espírita em 1862″.
Em 1864 são editadas as seguintes obras: “Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas” ou “Primeira Iniciação” e “Imitação do Evangelho Segundo o Espiritismo”, chamado posteriormente de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
No dia 1º de agosto de 1865 é publicado o livro “O Céu e o Inferno”, ou a “Justiça Divina Segundo o Espiritismo”. No ano de 1866 surge a “Coleção de Preces Espíritas”, um extrato do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
Em 1867 vem a público “Estudo a cerca da Poesia Medianímica” e, em 1868, Kardec lança “A Gênese – Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo”, e o livro “Caracteres da Revelação Espírita”.
RETORNO A PATRIA ESPIRITUAL
Depois deste grandioso trabalho, no dia 31 de março de 1869, com 65 anos de idade, em Paris, vítima da ruptura de um aneurisma, Allan Kardec retorna à Pátria Espiritual. Sua missão se completa, no entanto, somente no ano de 1890, quando é editado o livro “Obras Póstumas”, reunindo os últimos escritos do grande Codificador.

BIBLIOGRAFIA
Allan Kardec – Zêus Wantuil e Francisco Thiesen – Edições FEB;
Vida e Obra de Allan Kardec – André Moreil, 1977 – Editora EDICEL
O Principiante Espírita – Júlio de Abreu Filho – Editora Pensamento
História do Espiritismo – Arthur Conan Doyle – Editora Pensamento
Kardec, Irmãs Fox e outros – Jorge Rizzini – Editora Eldorado Espírita de São Paulo
Grandes Vultos do Espiritismo – Paulo Alves de Godoy – Edições FE­ESP
Espiritismo Básico – Pedro Franco Barbosa – Edições FEB
Revista Informação N.35
Obras Póstumas – Allan Kardec – LAKE – Livraria Allan Kardec Editora

Pesquisa enviada por Veronique – Grupo de Apoio Francisco de Assis – GAFA

Fonte: Elio Mollo – http://aeradoespirito.sites.uol.com.br/A ERA DO ESPIRITO – Portal/ARTIGOS/Artigos E/ALLANKARDEC.html – Colaborou no desenvolvimento ortográfico deste texto Maria Luiza Palha

Irmão X

Kardec, enquanto recebes as homenagens do mundo, pedimos vênia para associar o nosso preito singelo de amor aos cânticos de reconhecimento que te exalçam a obra gigantesca nos domínios da libertação espiritual.

Não nos referimos aqui ao professor emérito que foste, mas ao discípulo de Jesus que possibilitou o levantamento das bases do Espiritismo Cristão, cuja estrutura desafia a passagem do tempo.

Falem outros dos títulos de cultura que te exornavam a personalidade, do prestígio que desfrutavas na esfera da inteligência, do brilho de tua presença nos fastos sociais, da glória que te ilustrava o nome, de vez que todas as referências à tua dignidade pessoal nunca dirão integralmente o exato valor de teus créditos humanos.

Reportar-nos-emos ao amigo fiel do Cristo e da Humanidade, em agradecimento pela coragem e abnegação com que te esqueceste para entregar ao mundo a mensagem da Espiritualidade Superior. E, rememorando o clima de inquietações e dificuldades em que, a fim de reacender a luz do Evangelho, superaste injúria e sarcasmo, perseguição e calúnia, desejamos expressar-te o carinho e a gratidão de quantos edificaste para a fé na imortalidade e na sabedoria da vida.

O Senhor te engrandeça por todos aqueles que emancipaste das trevas e te faça bendito pelos que se renovaram perante o destino à força de teu verbo e de teu exemplo!…

Diante de ti enfileiram-se, agradecidos e reverentes, os que arrebataste à loucura e ao suicídio com o facho da esperança; os que arrancaste ao labirinto da obsessão com o esclarecimento salvador; os pais desditosos que se viram atormentados por filhos insensíveis e delinquentes, e os filhos agoniados que se encontram na vala da frustração e do abandono pela irresponsabilidade dos pais em desequilíbrio e que foram reajustados por teus ensinamentos, em torno da reencarnação; os que renasceram em dolorosos conflitos da alma e se reconheceram, por isso, esmagados de angústia nas brenhas da provação, e os quais livraste da demência, apontando-lhes as vidas sucessivas; os que se acharam arrasados de pranto, tateando a lousa na procura dos entes queridos que a morte lhes furtou dos braços ansiosos, e aos quais abriste os horizontes da sobrevivência, insuflando-lhes renovação e paz, na contemplação do futuro; os que soergueste do chão pantanoso do tédio e do desalento, conferindo-lhes, de novo, o anseio de trabalhar e a alegria de viver; os que aprenderam contigo o perdão das ofensas e abençoaram, em prece, aqueles mesmos companheiros de Humanidade que lhes apunhalaram o espírito, a golpes de insulto e de ingratidão; os que te ouviram a palavra fraterna e aceitaram com humildade a injúria e a dor por instrumentos de redenção; e os que desencarnaram incompreendidos ou acusados sem crime, abraçando-te as páginas consoladoras que molharam com as próprias lágrimas…

Todos nós, os que levantaram do pó da inutilidade ou do fel do desencanto para as bênçãos da vida, estamos também diante de ti!… E, identificando-nos na condição dos teus mais apagados admiradores e como os últimos dos teus mais pobres amigos, comovidamente, em tua festa, nós te rogamos permissão para dizer: Kardec, obrigado!… Muito obrigado!…

(Texto psicografado por F. C. Xavier e publicado em Reformador de outubro de 1985, p. 298.)

30/09/2013

Estudo aponta atividade cerebral diferente de médiuns durante a psicografia

psico

Além do menor funcionamento neurológico, as cartas escritas em situação de transe apresentam textos mais complexos.

Um estudo científico inédito analisou e comprovou o funcionamento cerebral diferente durante o processo de psicografia de médiuns brasileiros. A pesquisa revelou que eles apresentam menor atividade neurológica durante o estado de transe dissociativo (ausência de integração de pensamentos, sensações e experiências à consciência e à memória) junto de um complexo texto psicografado. A pesquisa Neuroimagem Durante o Estado de Transe: Uma Contribuição ao Estudo da Dissociação foi publicada num artigo do periódico científico norte-americano Plos One.

O estudo foi realizado na cidade da Filadélfia, nos Estados Unidos, em 2008, porém, publicado no ano passado. A análise foi feita por pesquisadores do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), da Universidade Federal de Juiz de Fora, da Universidade da Pensilvânia e pela Universidade Thomas Jefferson, ambas nos Estados Unidos.

Foram analisados individualmente e como um todo 10 médiuns saudáveis, em dois momentos: em estado de transe e no estado habitual de consciência, considerando os textos produzidos e a atividade cerebral nos dois momentos. Todos eles tinham experiência com psicografia, entre 15 a 47 anos, não cobravam pelo trabalho e escreviam no mínimo 10 cartas psicografadas por mês.

“O estudo mostrou uma mudança no fluxo sanguíneo cerebral, nos pudemos observar que, durante a psicografia as áreas de planejamento tiveram menos atividade em comparação à escrita fora do transe mediúnico”, explica o doutor em Neurociências e Comportamento Julio Peres, pesquisador do Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade, do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.

Durante o processo da psicografia, os médiuns mais experientes apresentaram níveis mais baixos de atividade nas áreas responsáveis pela produção de fala, atenção, compreensão da linguagem e escrita. Para a análise, foram usados equipamentos de última geração para medir o fluxo sanguíneo cerebral regional correlacionado com a atividade encefálica durante a escrita.

O cientista e médico Andrew Newberg, diretor de pesquisa do Myrna Brind Centro de Medicina Integrativa da Universidade Thomas Jefferson, destaca como importante no resultado do estudo a diminuição da atividade cerebral. Ele se diz animado com os resultados diferentes entre os médiuns com maior e menor experiência. “[O estudo] sugere que há um ‘efeito de treino’ em que o cérebro da pessoa muda ao longo do tempo para participar dessa experiência”, conta.

O texto
A complexidade dos textos foi maior durante o estado de transe do que em estado habitual. “O que chamou a atenção foi a complexidade dos textos escritos. Para gerar um texto mais complexo, é preciso ter mais atividade neural, só que o contrário aconteceu”, revela o líder da pesquisa, Peres.

Os textos, escritos por 25 minutos sem pausa, foram estudados pelo doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Estadual de Campinas Alexandre Caroli Rocha. “Os textos foram avaliados sob seis critérios: pontuação, seleção lexical e ortografia, concordância verbal e nominal e colocação pronominal, desenvolvimento do tema, estruturas frasais e articulação entre as partes e coerência”, explica Caroli. Ele obteve dois resultados: casos em que a pontuação do texto comum de um médium é bem próxima da de sua psicografia e em que a pontuação da psicografia dos médiuns experientes é mais elevada do que a de seu texto comum.

Segundo os autores do artigo, os médiuns com mais experiência disseram estar num transe mais profundo, com nenhuma ou pouca consciência do que escreviam. Já os menos experientes, estavam num estado de transe menos profundo e relataram geralmente escrever frases ditadas por espíritos. Essas diferenças podem estar relacionadas aos diferentes níveis de experiência e também a graus de ansiedade/expectativa, esforço ou eficiência.

Sobre a hipótese de as cartas serem de autoria de espíritos, como afirmam os médiuns, é possível para Peres.“Essa hipótese é plausível porque uma menor atividade cerebral foi encontrada para geração de um conteúdo complexo durante a psicografia”, afirma. Porém, ainda de acordo com o artigo, não está claro se a atividade cerebral menos intensa está relacionada com mais eficiência do cérebro durante a realização da tarefa ou de outros casos, como o transe mediúnico e a comunicação espiritual.

De acordo com Newberg, os exames só mostraram o que acontece no cérebro quando alguém tem uma experiência particular, eles não provam a real causa da experiência. “É possível que, seja um estado produzido pelo cérebro, mas também que o cérebro está tocando em alguma outra esfera com espíritos”, explica. Para Peres, esta é apenas uma mostra inicial, é preciso mais estudos sobre o tema.

http://cmais.com.br

30/07/2013

MENSAGEM AOS JOVENS

jovens_necessidades
Que Deus abençoe a juventude!
Os jovens são as primeiras luzes do amanhecer do futuro.
... Cuidar de os preservar para os graves compromissos que lhes estão destinados constitui o inadiável desafio da educação.
Criar-se condições apropriadas para o seu desenvolvimento intelecto-moral e espiritual, é o dever da geração moderna, de modo que venham a dispor dos recursos valiosos para o desempenho dos deveres para os quais renasceram.
Os jovens de hoje são, portanto, a sociedade de amanhã, e essa, evidentemente, se apresentará portadora dos tesouros que lhes sejam propiciados desde hoje para a vitória desses nautas do porvir.
Numa sociedade permissiva e utilitarista com esta vigoram os convites para a luxúria, o consumismo, a excentricidade irresponsáveis.
Enquanto as esquinas do prazer multiplicam-se em toda parte, a austeridade moral banaliza-se a soldo das situações e circunstâncias reprocháveis que lhes são oferecidas como objetivos a alcançar.
À medida que a promiscuidade torna-se a palavra de ordem, os corpos jovens ávidos de prazer afogam-se no pântano do gozo para o qual ainda não dispõem das resistências morais e do discernimento emocional.
Os apelos a que se encontram expostos desgastam-nos antes do amadurecimento psicológico para os enfrentamentos, dando lugar, primeiro, à contaminação morbosa para a larga consumpção da existência desperdiçada.
Todo jovem anseia por um lugar ao Sol, a fim de alcançar o que supõe ser a felicidade.
Informados equivocadamente sobre o que é ser feliz, ora por castrações religiosas, familiares, sociológicas, outras vezes, liberados excessivamente, não sabem eleger o comportamento que pode proporcionar a plenitude, derrapando em comportamentos infelizes…
Na fase juvenil o organismo explode de energia que deverá ser canalizada para o estudo, as disciplinas morais, os exercícios de equilíbrio, a fim de que se transforme em vigor capaz de resistir a todas as vicissitudes do processo evolutivo.
Não é fácil manter-se jovem e saudável num grupo social pervertido e sem sentido ou objetivo dignificante…
Não desistam os jovens de reivindicar os seus direitos de cidadania, de clamar pela justiça social, de insistir pelos recursos que lhe são destinados pela Vida.
Direcionando o pensamento para a harmonia, embora os desastres de vário porte que acontecem continuamente, trabalhar pela preservação da paz, do apoio aos fracos e oprimidos, aos esfaimados e enfermos, às crianças e às mulheres, aos idosos e aos párias e excluídos dos círculos da hipocrisia, é um programa desafiador que aguarda a ação vigorosa.
Buscar a autenticidade e o sentido da existência é parte fundamental do seu compromisso de desenvolvimento ético.
A juventude orgânica do ser humano, embora seja a mais longa do reino animal, é de breve curso, porquanto logo se esboçam as características de adulto quando os efeitos já se apresentam.
É verdade que este é o mundo de angústias que as gerações passadas, estruturadas em guerras e privilégios para uns em detrimento de outros, quando o idealismo ancestral cedeu lugar ao niilismo aniquilador e a força do poder predominava, edificaram como os ideais de vida para a Humanidade.
É hora de refazer e de recompor.
O tempo urge no relógio da evolução humana.
Escrevendo a Timóteo, seu discípulo amado, o apóstolo Paulo exortava-o a ser sóbrio em todas as coisas, suportar os sofrimentos, a fazer a obra dum evangelista, a desempenhar bem o teu ministério. (*)
Juventude formosa e sonhadora!
Tudo quanto contemples em forma de corrupção, de degredo, de miséria, é a herança maléfica da insensatez e da crueldade.
Necessário que pares na correria alucinada pelos tóxicos da ilusão e reflexiones, pois que estes são os teus dias de preparação, a fim de que não repitas, mais tarde, tudo quanto agora censuras ou te permites em fuga emocional, evitando o enfrentamento indispensável ao triunfo pessoal.
O alvorecer borda de cores a noite sombria na qual se homiziam o crime e a sordidez.
Faze luz desde agora, não te comprometendo com o mal, não te asfixiando nos vapores que embriagam os sentidos e vilipendiam o ser.
És o amanhecer!
Indispensável clarear todas as sombras com a soberana luz do amor e caminhar com segurança na direção do dia pleno.
Não te permitas corromper pelos astutos triunfadores de um dia. Eles já foram jovens e enfermaram muito cedo, enquanto desfrutas do conhecimento saudável da vida condigna.
Apontando o caminho a um jovem rico que O interrogou como conseguir o Reino dos Céus, Jesus respondeu com firmeza: - Vende tudo o que tens, dá-o aos pobres, e terás um tesouro nos Céus, depois vem e segue-me... iniciando o esforço agora.
Não há outra alternativa a seguir.
Vende ao amor as tuas forças e segue o Mestre Incomparável hoje, porque amanhã, possivelmente, será tarde demais.
Hoje é o teu dia.
Avança!
Joanna de Ângelis
(*)II Timóteo 4:5.
(1) Mateus 19:21.
Notas da autora espiritual.
(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 22 de julho de 2013, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia, quando o Papa Francisco chegou ao Brasil, para iniciar a Jornada Mundial da Juventude.)
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28/06/2013

PARA O MOMENTO ATUAL DO BRASIL: ORAÇÄO E VIGILANCIA!

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PARA O MOMENTO ATUAL DO BRASIL: ORAÇÄO E VIGILIANCIA!


Mensagem psicografada por Dra. Marlene Nobre


Marlene Nobre psicografou uma mensagem no dia 19 de junho no Grupo Espírita Caibar Schutel, a médium esclareceu ainda que José Maria da Silva Paranhos Jr. (Barão do Rio Branco) assumiu a autoria da mensagem, mas que o mentor deixou claro que falava em nome de uma falange.
Fazem parte dela e estavam ali presentes Pedro de Alcântara, Bezerra de Menezes, Rui Barbosa, Tiradentes, Freitas Nobre, Frei Caneca, Cairbar Schutel e inúmeros outros brasileiros ilustres.


Caros irmãos,                                                                                 
                                                                                                      O Brasil vive hoje um momento delicado de sua história.
Brasileiros, na sua maioria irmãos nossos ainda jovens na vestimenta física, exprimem nas ruas suas angústias, incertezas e mesmo revoltas subjacentes, acumuladas ao longo de decênios de insatisfação, ante a falta de respostas concretas com relação ao futuro e ao destino real que almejam para suas existências.
É preciso que as forças vivas da nação aglutinem-se em torno de todas as figuras históricas e heroicas, que serviram com idealismo ao País, a fim de encontrarem soluções justas aos anseios legítimos das pessoas, que se veem, cada vez mais, entregues a si mesmas, sem contar com o respaldo de interlocutores compassivos, que façam do diálogo um instrumento real de crescimento e aprimoramento da sociedade como um todo.
As reivindicações diversas expressam o grau de insatisfação popular com o aumento crescente da coleta de impostos, com os desvios de dinheiro público e com o mau emprego de bens e patrimônios da Nação, responsáveis por frustrações repetidas, principalmente, dos mais jovens, ante a precariedade de investimentos nas áreas essenciais como saúde e educação, entre outras.
As insatisfações são dirigidas principalmente aos que têm a responsabilidade de cuidar das questões político-administrativas do País, pedindo especial atenção aos projetos que verdadeiramente interessam ao bem-estar e ao progresso da coletividade.
Há algum tempo esses interesses vêm sendo administrados, em determinados setores do País, por espíritos que se locupletam indebitamente da rica produção nacional, espoliando o País justamente no momento em que avança para o seu mais amplo desenvolvimento.
Continuam encarcerados no egocentrismo, na visão estreita do personalismo inferior, incapazes de enxergar as necessidades do conjunto, formado pela grande família brasileira, que deveria na verdade ser a usufrutuária dos bens produzidos.
Por isso, meus amigos, enfrentamos, na hora presente, momentos difíceis que exigem oração, vigilância, cautela.
Permita Jesus a união das criaturas nobres, que já despertaram para as verdadeiras responsabilidades sociais e democráticas, dentro de uma visão holística e abrangente, que contemple todos os setores da sociedade em suas necessidades espirituais mais profundas.
Que essas forças vivas, verdadeiras estacas de sustentação do Brasil livre, possam defendê-lo dos movimentos radicais, que buscam nessas horas difíceis lançá-lo nos caminhos da violência, na tentativa de usurpar-lhe o clima pacífico, seu apanágio maior, desde a fundação.
Meus irmãos, o tempo é de vigilância, de cuidado, de oração.
Que todos se unam em torno dessas forças vivas, que estão voltadas para a espiritualidade superior, a fim de que possam neutralizar os arremessos das trevas, promovendo as mudanças necessárias, mas sem violência.
Há pouco mais de 20 anos, seguindo a voz das ruas, os poderes constituídos destituíram um presidente da república; a partir de então, era de se esperar que os responsáveis pelos destinos da nação priorizassem em suas ações a probidade administrativa em todas as áreas, mantendo como objetivo maior a distribuição mais justa e igualitária da riqueza.
Era de se esperar que amadurecessem, procurando servir às camadas mais pobres da população, e, sobretudo, à valorosa Nação, que lhes deu o berço, e que foi dotada pelo Criador de grandes jazidas naturais, do maior reservatório de água do mundo e que permanece emoldurada pela beleza ímpar de sua natureza exuberante.
O mundo cibernético, todavia, abriu imensas possibilidades para que as gargantas se exprimissem em conjunto, em uníssono, e os jovens saíram às ruas. Mas se isso representou um avanço nas formas de expressão das almas, trouxe também imensas preocupações quanto aos rumos do País, porque não se sabe se as forças negativas tomarão a frente, tentando impedir o cumprimento da importante missão que o Brasil tem a desempenhar perante si mesmo e perante as demais nações do mundo.
Por isso, meus amigos, diante do mostruário desta noite, solicitamos silêncio, meditação, prece e, sobretudo, entranhado amor pelo País que vos recebeu de braços abertos depois de inúmeras encarnações de falência para vos reabilitardes perante o Pai.
Que Ele nos abençoe.

21/06/2013

PALAVRAS DE DIVALDO FRANCO sobre as manifestações no Brasil

Palavras de Divaldo Franco sobre as manifestações no Brasil

Segue texto de autoria de Divaldo Franco publicado no Jornal A Tarde de hoje, 20/06/13, sobre as manifestações estudantis pelo Brasil.

"Quando as injustiças sociais atingem o clímax e a indiferença dos governantes pelo povo que estorcega nas amarras das necessidades diárias, sob o açodar dos conflitos íntimos e do sofrimento que se generaliza, nas culturas democráticas, as massas correm às ruas e às praças das cidades para apresentar o seu clamor, para exigir respeito, para que sejam cumpridas as promessas eleitoreiras que lhe foram feitas...
Já não é mais possível amordaçar as pessoas, oprimindo-as e ameaçando-as com os instrumentos da agressividade policial e da indiferença pelas suas dores.
O ser humano da atualidade encontra-se inquieto em toda parte, recorrendo ao direito de ser respeitado e de ter ensejo de viver com o mínimo de dignidade.
Não há mais lugar na cultura moderna, para o absurdo de governos arbitrários, nem da aplicação dos recursos que são arrancados do povo para extravagâncias disfarçadas de necessárias, enquanto a educação, a saúde, o trabalho são escassos ou colocados em plano inferior.
A utilização de estatísticas falsas, adaptadas aos interesses dos administradores, não consegue aplacar a fome, iluminar a ignorância, auxiliar na libertação das doenças, ampliar o leque de trabalho digno em vez do assistencialismo que mascara os sofrimentos e abre espaço para o clamor que hoje explode no País e em diversas cidades do mundo.
É lamentável, porém, que pessoas inescrupulosas, arruaceiras, que vivem a soldo da anarquia e do desrespeito, aproveitem-se desses nobres movimentos e os transformem em festival de destruição.
Que, para esses inconsequentes, sejam aplicadas as corrigendas previstas pelas leis, mas que se preservem os direitos do cidadão para reclamar justiça e apoio nas suas reivindicações.
O povo, quando clama em sofrimento, não silencia sua voz, senão quando atendidas as suas justas reivindicações. Nesse sentido, cabe aos jovens, os cidadãos do futuro, a iniciativa de invectivar contra as infames condutas... porém, em ordem e em paz."
Divaldo Pereira Franco

30/03/2013

ARREPENDIMENTO E PAZ

ascensao

Num intervalo das agudas perseguições, retornando da Samaria, onde falara para muitos conversos e curara com João, Pedro foi procurado por um jovem, que trazia o
corpo coberto de pústulas nauseantes, no afã da Casa do Caminho, sempre repleta de necessitados. Desfigurado
pela inflamação da face, eram apenas os olhos miúdos
que brilhavam e a voz rouca suplicando comiseração.
Quando o Apóstolo se aproximou, o enfermo
prosternou-se e exclamou:
– Homem santo de Deus!
Pedro interrompeu-o com veemência:
– Sou apenas homem impuro como tu...
– Mas podeis curar-me – choramingou o visitante em desequilíbrio – eu acabo de ser expulso da cidade, do convívio dos sãos, em razão da lepra que me devora
o corpo e a alma infeliz...
Não pôde prosseguir. Quase em convulsão, tartamudeou:
– Tudo começou... no templo... no apedre... jamento ...
Pedro quase recuou horrorizado . Recordava-se daqueles olhos perversos, frios, e dos gritos do agitador, que conclamava a turba em fúria para a lapidação de Estevão. Jamais o esqueceria. Era jovem e guapo, ágil e violento. Gargalhava e apedrejava o prisioneiro indefeso. Apiedara-se dele a partir daquele momento. Pedro conhecia a força
do “choque de retorno” nas “carnes”, da própria “alma”. Orou por ele, então, naquela ocasião,
e agora ele estava ali suplicante.
– Que te aconteceu?! - Indagou, compungido.
– Não vos recordais de mim ?! - Interrogou,
desconsolado – Apedrejei e conduzi a malta
contra o vosso irmão até a sua morte,
há pouco tempo...
Fez-se grande e dorido silêncio, que ele quebrou,
dando prosseguimento:
– A partir daquele dia – ainda me recordo da mirífica luz que vi brotar do mártir antes de morrer – perdi a alegria barulhenta de viver, eu que, alucinado, já não tinha paz.
Os seus olhos em chama e em tranqüilidade,
desvairavam-me. Tropecei no arrependimento
mais cruel e fugi
para a embriaguês dos sentidos, a que já me acostumara. Por mais desejasse esquecer, aumentava-me sempre a lembrança do crime, da crueldade perpetrada.
Silenciou por um pouco, e aduziu:
– Passei a sentir comichão nos braços apedrejadores
e dores nas articulações. Pequenos botões em flor de
carne avermelhada surgiram-me na pele e começaram
a explodir em pus... Depois, no peito, no ventre,
nas pernas, no rosto, em todo corpo... E a febre que me açoita,arbusto frágil que sou no vendaval, não cessa, enlouquecendo-me. Os doutores receitaram-me
ungüentos, sacrifícios no Templo, que executei, sem resultado. Hoje me expulsaram... O vale dos imundos
será o meu lugar. Recordei-me de vós, que curais
as doenças do corpo e do Espírito, porque a minha, é enfermidade da alma perversa, que se exterioriza
no corpo infame. Tende piedade, em nome do
vosso Mestre! Mandaram-me procurar-vos, os
parentes meus, que fogem de mim. Venho rogar perdão, antes de matar-me, pois que, mil vezes é melhor a
morte com honra do que a vida com desgraça!
– Acalma-te, meu filho – ripostou o Apóstolo – e
não blasfemes. A vida é bem de Deus, que a dá,
a conduz e a interrompe no corpo, quando Lhe apraz,
a fim de trasladar a alma à eternidade, onde nada perece. Necessitas viver, a fim de reparares o teu mal, o que
fizeste aos outros, e encontrares a felicidade real,
que ainda não desfrutaste. Realmente, os erros aqui
na Terra cometidos, como nos ensinou o Senhor,
aqui serão resgatados. Arrepende-te sinceramente,
e não apenas para recuperares a saúde, porque,
enquanto não se dá a transformação interior,
transita-se de uma enfermidade para outra, sem
que se encontre a saúde real, que é paz de espírito.
O jovem, deformado pelas ulcerações, ainda ajoelhado
e súplice, afogava-se no caudaloso rio das lágrimas. Profundamente compadecido, o Apóstolo orou a Jesus.
Não terminara a prece sentida, quando vislumbrou Estevão, nimbado de claridade diamantina,
adentrando-se pelo recinto, sorrindo e acercando-se.
Simão ficou extasiado e começou a chorar suavemente.
– Pedro – falou o visitante iluminado – o amor e
a caridade são as asas que nos elevam o ser a Deus,
quando o conhecimento da verdade lhe sustenta o pensamento e lhe vitaliza o coração. Socorramos o
pobre irmão, que corre pelo apertado espaço de
sombras, no qual se encontra, para que reconquiste a
saída para a luz libertadora. É da Divina Lei que
retribuamos com o bem todo o mal que recebermos.
Assim, não há outra alternativa, senão amar e ajudar.
As feridas que cobrem o corpo do enfermo são as
energias que o intoxicavam e agora são expelidas.
O seu arrependimento e os propósitos para tornar-se
melhor, secarão o poço de peçonha. Mas nós lhe
devemos cicatrizar as chagas externas com o
bálsamo da compaixão.
Simão, então, explicou ao enfermo:
– Os céus ouviram tuas súplicas, e Estevão,
vivo e puro, vem te auxiliar através das minhas
mãos e do teu arrependimento real.
Colocando a destra sobre a cabeça e a sinistra
sobre a fronte febril, Pedro orou, enquanto o
doente estorcegava, afirmando arderem o corpo
e as chagas, até cair exausto, banhado por álgido suor. Terminando a aplicação de energias, o “pescador de
almas” tomou-o nos braços fortes, acostumados a
segurar as redes no mar da Galiléia, e recolheu o
paciente desmaiado à enxerga mais próxima.
Lentamente as feridas e intumescências vermelho-arroxeadas começaram a murchar, e a pele foi-se recuperando, até tornar-se lisa e sem mancha.
Deixando-o dormir, o discípulo abnegado
recordou-se de Jesus e balbuciou, comovido:
– ...E “não tornes a pecar, para que não
te aconteça algo pior”.
Afastou-se em silêncio com o coração explodindo
de alegrias e de gratidão a Deus, reflexionando
na sabedoria e misericórdia das Leis da Vida.

Amélia Rodrigues

06/02/2013

RESGATES COLETIVOS

Excelente entrevista com a Dª. Ormi Avino

ormi

31/01/2013

CALAMIDADES

calamida

Com freqüência regular a Terra se faz visitada por catástrofes diversas que deixam rastros de sangue, luto e dor, em veemente convite à meditação dos homens.
Conseqüência natural da lei de destruição que enseja a renovação das formas e faculta a evolução dos seres, sempre conseguem produzir impactos, graças à força devastadora de que se revestem.
Cataclismos sísmicos e revoluções geológicas que irrompem voluptuosos em forma de terremotos, maremotos, erupções vulcânicas, obedecem ao impositivo das adaptações, acomodações e estruturação das diversas camadas da Terra; no seu trânsito de "mundo expiatório" para "regenerador" .
Tais desesperadores eventos impõem ao homem invigilante a necessidade da meditação e da submissão à vontade divina, do que resultam transformações morais que o incitam à elevação.
Olhados sob o ponto de vista espiritual esses flagelos destruidores têm objetivos saneadores que removem as pesadas cargas psíquicas existentes na atmosfera, que o homem elimina e aspira, em contínua intoxicação.
Indubitavelmente trazem muitas aflições pelos danos que se demoram após a extinção de vidas, arrebatadas coletivamente, deixando marcas de difícil remoção, que se insculpem no caráter, na mente e nos corpos das criaturas.
Algumas outras calamidades como as pestes, os incêndios, os desastres de alto porte são resultantes do atraso moral e intelectual dos habitantes do planeta, que, no entanto, lhes constituem desafios, que de futuro podem remover ou deles precatar-se. (À véspera havia irrompido, em São Paulo, o incêndio do Edificio Joelma, que arrebatou mais de 170 vidas e revelou alguns heróis. Descrito e analisado no livro Éramos seis)
As endemias e epidemias que varriam o planeta no passado, continuamente, com danos incalculáveis, em grande parte são, hoje, capítulo superado, graças às admiráveis conquistas decorrentes da "revolução tecnológica" e da abnegação de inúmeros cientistas que se sacrificaram para a salvação das coletividades. Muitas outras que ainda constituem verdadeiras catástofres, caminham para oportunas vitórias do engenho e da perseverança humana.
Há, também, aquelas resultantes da imprevidência, da invigilância, por meio das quais o homem irresponsável se autopune, mediante os rigores dos sofrimentos decorrentes das desencarnações precipitadas, através de violentos sinistros e funestas ocorrências ...
Pareceriam desnecessárias as aflições coletivas que arrebatam justos e injustos, bons e maus, se olhados os saldos precipitadamente. Conveniente, todavia, refletir quanto à justeza das leis divinas que recorrem a métodos purificadores e liberativos, de que os infratores e defraudadores das Leis e da Ordem não se podem furtar ou evitar.
Comparsas de hediondas chacinas;
grupos de vândalos que se aliciam na desordem e usurpação;
maltas de inveterados agressores que se indentificam em matanças e destruições;
corsários e marinhagens desvairados em acumpliciamentos para pilhagens criminosas;
soldadesca mercenária, impiedosa e avassaladora, que se refestela, brutal, na inocência imolada selvagemente;
incendiários contumazes de lares e celeiros, em hordas nefastas e contínuas;
bandos bárbaros de exterminadores, que tudo assolam por onde passam;
cúmplices e seviciadores de vítimas inermes que lhes padecem as constrições danosas;
pesquisadores e cientistas impenitentes, empedernidos pelas incessantes experiências macabras de que se nutrem em agrupamentos frios;
legisladores sádicos e injustos que se desforçam nas gerações débeis que esmagam;
conquistadores arbitrários, carniceiros, que subjugam cidades nobres, tornando suas vítimas cadáveres insepultos, enquanto se banqueteiam em sangue e estupor; mentes vinculadas entre si por estranhas amarras de ódio, ciúme e inveja que incendeiam paixões,
são reunidos novamente em vidas futuras,
atravessando os portais da Imortalidade, através de resgates coletivos, como coletivamente espoliaram, destruíram, escarneceram, aniquilaram, venceram os que encontravam à frente e consideravam impedimentos à sua ferocidade e barbaria, vandalismo e estroinice, a fim de que se reajustem, no concerto Cósmico da Vida, servindo também de escarmento para os demais, que, não obstante se comovem ante as desgraças que os surpreendem, cobrando-lhes as graves dívidas, prosseguem, atônitos e desregrados, em atitudes infelizes sem que lhes hajam constituído lições valiosas, capazes de converter-se em motivo de transformação interior.
Construtores gananciosos que se fazem instrumento para cobranças negativas, maquinistas e condutores de veículos displicentes, que favorecem tragédias volumosas, homens que vendem a honradez e sabem que determinadas calamidades têm origem nas suas mentes e mãos, embora ignorados pela Justiça humana não se furtarão à Consciência Divina neles mesmos insculpida, que lhes exigirá retorno ao proscênio em que se fizeram criminosos ignorados para tornarem-se heróis, salvando outros e perecendo, como necessidade purificadora de que se alçarão, depois, à paz.
Não constituem castigos as catástrofes que chocam uns e arrebatam outros, antes significam justiça integral que se realiza.
Enquanto o egoísmo governe os grupos humanos e espalhe suas torpes sementes, em forma de presunção, de ódio, de orgulho, de indiferença à aflição do próximo, a Humanidade provará a ardência dos desesperos coletivos e das coletivas lágrimas, em chamamentos severos à identificação com o bem e o amor, à caridade e ao sacrifício.
Como há podido pela técnica superar e remover vários fatores de calamidades, pelas conquistas morais conseguirá, a pouco e pouco, suplantar as exigências transitórias de tais injunções redentoras.
Não bastassem as legítimas concessões do ajustamento espiritual, as calamidades fazem que os homens recordem o poder indômito de forças superiores que os levam a ajustar-se à sua pequenez e emular-se para o crescimento que lhes acena.
Tocados pelas dores gerais, partícipes das angústias que se abatem sobre os lares vitimados pela fúria da catástrofe, ajudemo-nos e oremos, formando a corrente da fraternidade santificante e, desde logo, estaremos construindo a coletividade harmônica que atravessará o túmulo em paz e esperança, com os júbilos do viajor retomando ditoso à Pátria da ventura.
Joanna de Angelis
Divaldo Franco

Emmanuel

Emmanuel

Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios?


(Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião pública, na noite de 23-2-1972, em Uberaba, Minas).

RESPOSTA:

Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio.

Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.

É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.

***

Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.

Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.

Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de
sangue e lágrimas.

Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidade na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.

***

Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as conseqüências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança.

É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida.

***

Lamentemos sem desespero, quantos se fizerem vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos.

Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor.

(Transcrito do livro: XAVIER, Francisco C. Autores diversos. Chico Xavier pede licença. S.Bernardo do Campo: Ed. GEEM. Cap. 19).