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13/11/2013

Divaldo Franco recomenda filme “Blood Money”

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Chegamos a semana decisiva do Documentário “Blood Money-Aborto legalizado” e vejam que Boa Nova, que reforço maravilhoso o filme acaba de receber do nosso pacifista  Divaldo Franco!

Obrigado, abençoado Divaldo; pela coragem e pela ousadia no BEM!

Por Amor à Vida, divulguem, compartilhem, repassem para seus amigos pedindo que eles também repassem para suas listas de contatos!

Vamos que vamos!! A hora é agora!!! Vamos fazer uma Marcha Pela Vida aos Cinemas no dia 15/11 para conhecermos a verdade sobre o aborto e dizer que não queremos a sua legalização em nosso país.

Estamos todos juntos nessa causa, o mais primordial, o mais básico direito humano: O Direito de nascer!

Viva a Vida, Viva!!!

O documentário de David Kyle chamado “Blood Money – Aborto Legalizado” trata do funcionamento legal desta indústria nos Estados Unidos mostrando de que forma as estruturas médicas disputam e tratam as clientes, os métodos aplicados pelas clínicas e o destino do lixo hospitalar, entre outros temas, de forma muito realista.

O filme também faz denúncias como a prática da eugenia e do controle da natalidade por meio do aborto e trata aspectos científicos, legais e psicológicos relacionados ao tema, como o momento exato em que o feto é considerado um ser humano, com direitos de garantia de vida em contraposição ao direito da mulher de dispor de seu corpo, e se há ou não sequelas para a mulher submetida a este procedimento.

É na voz da ativista de movimentos negros dos EUA, Alveda C. King, sobrinha do pacifista Martin Luther King, que o documentário americano é narrado. Luís Eduardo Girão, diretor da Estação Luz Filmes, que adquiriu os direitos de distribuição nacional deste documentário.

06/11/2013

Porque o Brasil, sendo a “Pátria do Evangelho”, ainda existam tantas pessoas que não amam o próximo.

DOIS MILHõES DE ESPÍRITOS FRANCESES REENCARNARAM NO BRASIL

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Você sabia que, em entrevista a Herculano Pires, em 1973, no programa No limiar do amanhã*, Chico Xavier revelou que milhões de espíritos de cultura francesa reencarnaram no Brasil para continuar a divulgação do espiritismo?

Herculano comentava que o Brasil era a primeira grande nação do Ocidente a se tornar basicamente reencarnacionista, por influência não só do espiritismo, mas também das religiões africanas, que foram trazidas aqui pelo contingente negreiro. E acrescentava que ainda mais curioso era o fato de ter havido no Ocidente apenas uma nação reencarnacionista no passado: a França (aí incluindo-se as Gálias antigas, envolvendo a Irlanda e a Inglaterra). Chico então diz que gostaria de aprofundar a questão, pedindo licença para aditar sobre os apontamentos de Emmanuel, em 1965:

– Perguntei a ele onde estavam aqueles companheiros de Allan Kardec que vibravam com a doutrina espírita na França. Então ele me disse que do último quartel do século 19 para cá, cerca de 15 a 20 milhões de espíritos da cultura francesa e, principalmente, os simpatizantes da obra de Allan Kardec  reencarnaram no Brasil para dar corpo às ideias da doutrina espírita e fixarem os valores da reencarnação. Nós nos reportamos muito mais à França como terra mater de nossa espiritualidade do que Portugal, até porque isso está no conteúdo psicológico de milhões e milhões de brasileiros que estão fichados, por certidão de cartório, como brasileiros, mas psicologicamente são franceses.*Programa radiofônico exibido pela Rádio Mulher,de São Paulo, e apresentado por J. Herculano Pires, entre os anos de 1971 e 1974.

- Divaldo, Deus te abençoe. É tão difícil entender que no Brasil, sendo a “Pátria do Evangelho”, ainda existam tantas pessoas que não amam o próximo. Por quê?

- Porque não são Espíritos do Brasil. Vêm de outras pátrias, de outras raças. Não são almas brasileiras. Vêm para cá, porque, se ficassem nos seus países de origem, os sentimentos de rancor e ressentimentos torna-los-iam mais desventurados.

Após a Revolução Francesa de 1789, quando a França se libertou da Casa dos Bourbons, os grandes filósofos da libertação sonharam com os direitos do homem, direitos que foram inscritos nos códigos de justiça em 1791 e que, até hoje, ainda não são respeitados, embora em 1947, no mês de dezembro, a ONU voltasse a reconhecê-los. Depois daquele movimento libertário, o que aconteceu com os franceses? Os dois partidos engalfinharam-se nas paixões sórdidas e políticas e como conseqüência, os grandes filósofos cederam lugar aos grandes fanáticos, e a França experimentou os dias de terror, quando a guilhotina, arma criada por José Guilhotin, chegava a matar mais de mil pessoas por dia. Esses Espíritos saíam desesperados do corpo e ficavam na psicosfera da França buscando vingança.

Começa o século XIX e é programada a chegada de Allan Kardec. O grande missionário vai reencarnar na França, porque a mensagem de que é portador deverá enfrentar o cepticismo das Academias na Cidade-Luz da Europa e do mundo e, naquele momento, Cristo havia designado que o Espiritismo nasceria na França, mas seria transplantado para um país onde não houvesse carmas coletivos, e esse país, por enquanto, seria o Brasil.

São Luis, o guia espiritual da França , cedeu que a terra gaulesa recebesse Allan Kardec, mas “negociou” com Ismael, o guia espiritual do Brasil: “Já que a mensagem de libertação vai ser levada para a Terra do Cruzeiro, a França pede que muitos Espíritos atribulados da Revolução reencarnem no Brasil, pois, se reencarnarem aqui impedirão o processo da paz”.  E dois milhões de franceses vieram reencarnar no Brasil, para que, quando chegasse a mensagem espírita, culturalmente se identificassem com o chamado método cartesiano de Allan Kardec. (sem grifos).

Naturalmente, esses Espíritos eram atribulados, perturbados, com ressentimentos, com mágoas. Se nós considerarmos que os Espíritos brasileiros são os índios, que a maioria de nós é constituída por Espíritos comprometidos na Eurásia, e que estamos aqui de passagem, longe dos fenômenos cármicos para nos depurarmos, compreenderemos porque muitos brasileiros do momento ainda não amam esta grande nação. E o primeiro sentimento que têm quando, ao invés de investir em fortunas, honesta ou desonestamente amealhadas no solo brasileiro, eles as mandam para os países estrangeiros. Não confiam no Brasil, porque são “de lá”. Mandam para lá porque, morrendo aqui, o dinheiro fica lá para poderem “pagar” o carma negativo que lá deixaram. Os chamados “paraísos fiscais” são também lugares de alguns de nós que aqui nos encontramos, mas apesar de ainda não termos o sentimento do amor, já temos alguma luz.

Viajando pelo mundo, onde tenho encontrado brasileiros espíritas, descubro uma célula espírita. Começa-se com um estudo do Evangelho no lar, depois chama-se os amigos, os vizinhos, forma-se um grupo e, hoje, na Europa. 90% dos grupos espíritas são criados por brasileiros. Com exceção de Portugal, Espanha e um pouquinho da França, o movimento é todo de brasileiros e latinos acendendo as labaredas do Evangelho de Jesus. Não há pouco tempo, brasileiros na Holanda encontraram as obras de Kardec traduzidas para o holandês, brasileiros na Suíça revisaram O Evangelho segundo o Espiritismo e se está tentando publicar as obras de Kardec, agora em alemão. Brasileiros na América do Norte retraduziram O Livro dos Espíritos e O Evangelho, que o foi por um protestante, que substituiu a palavra reencarnação por ressurreição. Brasileiros em Londres, com alguns ingleses, já formam oito grupos espíritas e seria fastidioso se fosse enumerando na Ásia, na África...

Certa feita, recebi um telefonema de uma cidade asiática. Tratava-se de uma consulesa do Brasil que me dizia o seguinte: “Eu estou no outro lado do mundo, sou espírita, tenho três filhos rapazes – um de 10, um de 14 e outro de 18 anos. Tenho-lhes ensinado o Espiritismo, mas o meu filho mais velho está na Universidade e me faz perguntas muito embaraçosas; aqui eu não tenho acesso a maiores instruções. Queria convidá-lo a vir aqui dar umas aulas de Espiritismo ao meu filho. Você viria?” Eu respondi-lhe: - Sim, senhora, com a condição de conseguir-se espaço para eu falar em auditório publico sobre o Espiritismo: - O marido era o representante dos negócios do Brasil no país. – Se a senhora aceitar a condição, ficaria alguns dias para debater com os seus meninos. Como não falo inglês, seu filho será o meu intérprete.

E assim, fiz a longa viagem de 36 horas com escalas e lá, naturalmente, ela me disse: “Mas, Divaldo, onde vamos ter esse encontro?” Eu lhe respondi: “Tive uma entrevista com o Baghavan Swami Sai Baba, e sei que essa é uma cidade em que há um grande movimento Babista e, se a senhora conseguir um grupo Sai Baba eu me prontifico a fazer uma conferência ali”.

Encontramos o representante de Sai Baba para a Ásia e ele ficou muito feliz porque Swami havia-me recebido. Ele reuniu mil pessoas para que eu falasse sobre o Espiritismo. Fiquei até com pena dele! E pensei: “Vou arrastar toda a turma de Sai Baba para o Sr. Allan Kardec” (risos...)

Então, fiz a palestra, falei sobre Allan Kardec, sobre as comunicações, ele ficou tão sensibilizado, que me perguntou se eu teria coragem de ir a Cingapura para fazer a mesma coisa. Eu lhe respondi: - O senhor me mandando até o CingaInferno eu irei para falar sobre o Espiritismo. Fui a Cingapura e fiz uma viagem pela Ásia e, onde havia brasileiros, lá estavam eles...

A missão do Brasil, “Pátria do Evangelho e Coração do Mundo” não é a de sermos todos ricos, maravilhosamente ricos; é a de sermos maravilhosamente espiritualizados, sem nenhum demérito para os outros países, que são todos amados por Deus e por Jesus em igualdade de condição. Aqui entra o nacionalismo, para ver se a gente ama um pouquinho mais este país que está passando uma fase de grande desprestígio. Deus só tem ajudado no Tênis! Que Ele tenha compaixão de nós e nos ajude também no Futebol e noutra coisa qualquer! (risos...)

Nós somos as cartas vivas do Evangelho. Jesus escreveu em nossa alma a Sua mensagem. Onde quer que vamos, que brilhe a nossa luz; mas, para que ela brilhe, é necessário que a acendamos, e o combustível dessa luz é a fraternidade. Assim, todos saberão que estamos ligados a Ele, graças à presença dos bons Espíritos, que aqui estão conosco, e sempre se encontram a qualquer hora. Como disse kardec, com muita propriedade, todos têm seu Guia espiritual que os inspira; dessa forma, todos são médiuns, estão sintonizados com esses.

Concluirei com uma pequena narrativa, sobre um homem que era muito ignorante, muito modesto, muito pobre. Todo dia ele entrava na igreja, próximo ao horário de fechar as portas; ajoelhava-se diante do altar-mor, ficava dois minutos e saía. O sacerdote, que cuidava da igreja, ficou muito intrigado, e achou que ele estava observando algo para furtar ou para roubar,passando a ficar mais vigilante. Mas, ele chegava, ajoelhava-se, dobrava-se, balbuciava algo e ia-se embora. Um dia, o sacerdote não suportou mais e perguntou: “O que é que você vem fazer aqui, um miserável como é? Por que não vem à missa? Só vem na hora em que a igreja vai ser fechada?” Ele respondeu: “É porque eu sou muito pobre.” O sacerdote continuou: - “E por que vai ao altar-mor. Como se atreve?” Ele respondeu: - “Pois é, quando a igreja vai fechar, eu entro correndo e digo: Jesus, eu estou aqui. Se precisar, é só chamar! E vou embora”. O sacerdote achou aquilo intrigante.

Anos depois, aquele mendigo adoeceu e foi levado para uma casa de emergência, de caridade. Quando, um dia, a enfermeira foi colocar o seu alimento sobre uma cadeira, ao lado da cama, ele pediu: - “Oh, por favor, não bote aí!” A jovem perguntou: - “Por que não?” E o homem respondeu: - “Porque essa cadeira de vez em quando, fica ocupada.” Ele deveria estar delirando, a enfermeira pensou, e respeitou-o. Começou a notar que todo dia, um pouco antes das 18 horas, o rosto dele se iluminava! Ele sorria e dizia: - “Muito obrigado! Muito obrigado!” Ela achava que era delírio mas, como ele era perfeitamente saudável da mente, num desses dias, quando terminou de agradecer, ela indagou: - “Não repare, mas o que você está agradecendo?” Ele esclareceu: - “É a uma visita que chega todo dia cinco para as seis.” Ela continuou: - “Que visita é essa?” - É Jesus. Ele sempre vem e diz-me: - “Olhe, estou aqui. Se precisar de mim é só chamar!...”

Se precisarmos de Jesus, é só chamarmos! (XIF-2001)

Texto extraído do livro: APRENDENDO COM DIVALDO. Entrevistas / Divaldo Pereira Franco: São Gonçalo, RJ: Organizado pela SEJA, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas,  p. 69-74.
Colaboração:Windson Carvalho de Melo

03/11/2013

Dias 02 e 03/11 AO VIVO 6º Congresso Alemão de Medicina e Espiritualidade Marlene Nobre, Sergio Lopes, Irvênia Prada e outros

02/11/2013 (SÁB.)

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06H00 (Brasília)/09H00 (Alemanha) ABERTURA – Momento Musical com Flávio Benedito, Maurício Virgens e Warren Richardson

06H15 (Brasília)/09H15 (Alemanha) “Neurofisiologia da Mediunidade” – Dr. Marlene Nobre / Dr. Irvênia de Santis Prada

07H45 (Brasília)/10H45 (Alemanha) “Trance – Cortical Representations” – Dr. Niels Kohn / Alessandra Ghinato Mainieri

08H45 (Brasília)/11H45 (Alemanha) INTERVALO

09H15 (Brasília)/12H15 (Alemanha) “Comunicacao Mente - Cérebro – Célula à Luz da Biologia Molecular” – Dr. Carlos Roberto de Souza Oliveira

10H30 (Brasília)/13H30 (Alemanha) INTERVALO - Almoço

12H00 (Brasília)/15H00 (Alemanha) “A Obsessao e suas Máscaras” - Dr. Marlene Nobre

13H15 (Brasília)/16H15 (Alemanha) “Obsessão pelo Prazer” – Dr. Sérgio Luis da Silva Lopes

14H30 (Brasília)/17H30 (Alemanha) INTERVALO

14H45 (Brasília)/17H45 (Alemanha) “De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde iremos?” - Prof. Van Laack

16H00 (Brasília)/19H00 (Alemanha) INTERVALO - Jantar

17H30 (Brasília)/20H30 (Alemanha) Perguntas e respostas

18H30 (Brasília)/21H30 (Alemanha) ENCERRAMENTO

03/11/2013 (DOM.)

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06H00 (Brasília)/09H00 (Alemanha) Abertura – Momento Musical

06H10 (Brasília)/09H10 (Alemanha) “Medicina Consciente – A Medicina Creativa do Século 21” - Dr. med Lothar Hollerbach

07H30 (Brasília)/10H30 (Alemanha) “Conceito de saúde e doença segundo o Paradigma Médico-Espírita” Dr. Marcia Colasante

08H30 (Brasília)/11H30 (Alemanha) INTERVALO

09H00 (Brasília)/12H00 (Alemanha) “As causas espirituais de nossas doencas físicas e psíquicas – o que significa Carma” - Dagobert Göbel

10H15 (Brasília)/13H15 (Alemanha) INTERVALO

11H15 (Brasília)/14H45 (Alemanha) “A Influencia do Passe Espírita no crescimento de bactérias” - Dr. Giancarlo Lucchetti

12H45 (Brasília)/15h45 (Alemanha) “O aspecto espiritual do Mobbing” - Dr. Carlos Roberto de Souza Oliviera

13H45 (Brasília)/16H45 (Alemanha) Perguntas e respostas

14H45 (Brasília)/17H45 (Alemanha) ENCERRAMENTO por Dr. Marlene Nobre – Momento Musical

Carta-Convite da Dra. Marlene Nobre

Nos últimos quatro séculos, graças sobretudo à forte intolerância religiosa, aprofundou-se o fosso entre ciência e religião, com a opção da maioria das comunidades científicas pelo paradigma materialista.

No contexto da Medicina não tem sido diferente, sobretudo, no século XX, fortemente impregnado de uma visão reducionista que a tem limitado ao campo estreito do corpo físico. Algo de novo, porém, vem ocorrendo, particularmente, na última década, com a introdução do fator Espiritualidade nos estudos, pesquisas, e na própria práxis médica.

Neste movimento, Espiritualidade tem a conotação que lhe deu William James, o mais elevado sentimento, o mais nobre, que une a criatura ao Criador. Desse modo, pertencem a ele médicos e profissionais da saúde das mais diversas confissões religiosas ou mesmo os que simplesmente crêem no Ser Supremo, sem os liames da religião formal.

Em 2001, nos Estados Unidos, quase dois terços das escolas médicas já mantinham cursos obrigatórios ou eletivos sobre religião, espiritualidade e medicina. Apesar disso, menos de um terço dos médicos americanos sentem-se à vontade para perguntar sobre a religiosidade dos pacientes; muitos alegam falta de tempo, incapacidade para lidar com o assunto, ou não a julgam relevante na prática médica.

Se você lida com a saúde e deseja saber mais sobre o assunto, gosta do diálogo e do livre debate de idéias, venha participar conosco do 6º Congresso Médico-Espírita da Alemanha. Teremos imenso prazer em recebê-lo.

Até lá,

Marlene Nobre

02/11/2013

ANTE OS QUE PARTIRAM


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Nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.
Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo...
Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da agonia; um esposo que se despede, procurando debalde mover os lábios mudos; uma companheira, cujas mãos consagradas à ternura pendem extintas; um amigo que tomba desfalecente para não mais se erguer, ou um semblante materno acostumado a abençoar, e que nada mais consegue exprimir senão a dor da extrema separação, através da última lágrima!
Falem aqueles que, um dia, se inclinaram, esmagados de solidão, à frente de um túmulo; os que se rojaram em prece nas cinzas que recobrem a derradeira recordação dos entes inesquecíveis; os que caíram, varados de saudade, carregando no seio o esquife dos próprios sonhos; os que tatearam, gemendo, a lousa imóvel, e os que soluçaram de angústia, no adito dos próprios pensamentos, perguntando, em vão, pela presença dos que partiram...
Todavia, quando semelhante provação te bata à porta, reprime o desespero e dilui a corrente da mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma como chuva de fel.
Também eles pensam e lutam, sentem e choram.
Atravessam a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação ou se voltam para o suicídio.
Lamentam-se quanto aos erros praticados e trabalham, com afinco, na regeneração que lhes diz respeito.
Estimulam-te à prática do bem, partilhando-te as dores e as alegria.
Rejubilam-se com as tuas vitórias no mundo interior e consolam-te nas horas amargas para que te não percas no frio do desencanto.
Tranquiliza, desse modo, os companheiros que demandam o Além, suportando corajosamente a despedida temporária, e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram.
Recorda que, em futuro próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no mar das provas redentoras...
E, vencendo para sempre o terror da morte, não nos será lícito esquecer que Jesus, o nosso Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite escura, viveu entre os infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde pardacenta, sobre um monte empedrado, mas ressuscitou aos cânticos da manhã, no fulgor de um jardim.
Emmanuel
("Religião dos Espíritos", 58, Francisco C. Xavier, FEB)

01/11/2013

F I N A D O S ?


 

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No estudo da palpitante questão da morte, muitas pessoas se detêm apenas no fenômeno biológico da desintegração molecular, que lhes impede a permanência, por mais largo tempo, guindadas ao carro do prazer.
Consideram-na como sendo o fim da existência do ser eterno, e não se permitem auscultar a Natureza onde se expressam os mais vibrantes quadros de transformação, de morte para imediato renascimento, ensinando a perenidade do fluxo vital em intérminos processos da renovação.
Aqui, aparece o córrego transparente e cantante; ali, se alarga o pântano estagnado e morto.
À frente, a árvore estuante e pejada de frutos; ao lado, o sarçal requeimado pelo Sol, quase sem vida.
Em uma área fresca, a abundância da horta abençoada; noutro espaço, o deserto árido...
Uns e outros, aguardando trabalho, retificação e apoio, a fim de manterem o milagre da vida.
No corpo em que te movimentas, a morte das células e moléculas é constante, sem que se altere a vida, em contínua transformação.
Age, pois, conscientemente, de modo que te não convertas, atraído pelo utilitarismo, em parasita sugador dos recursos vitais, a um passo da cadaverização moral, que é uma forma de morte na vida...
Morrer é viajar no rumo de novos comportamentos.
Porque traz de volta o viajante, que partiu para a aprendizagem terrena, é natural que ele seja convidado, quando do retorno, a exame e prestação de contas dos recursos aplicados e dos resultados conseguidos durante o curso terrestre.
Recuperada a lucidez, faz-se mais severo o critério pessoal de avaliação dos atos.
Passada a oportunidade, compreende-se-lhe melhor o alto significado de que se revestiu.
Concluída a luta, é mais fácil de serem examinados os seus lances.
Desse modo, enquanto te encontras na dádiva do corpo, utiliza-te de todos os momentos para dignificar-te, agindo com sentimentos elevados e aprendendo com sacrifício.
Respeita o tempo de que dispões, entesourando os valores morais que podem ser investidos em obras de duração eterna, porquanto, em ti chegando a morte, queiras ou não, creias ou lhe abomines a realidade, despertarás, prosseguindo na vida, conforme a forjaste anteriormente.
Prosseguindo na Vida.
Autor: Joanna de Ângelis
Do livro: Luz da Esperança