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30/12/2010

FELIZ 2011!! FELIZ ANO NOVO!

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2011 está se aproximando!
O que isso significa na vida de cada um de nós?
Vida nova? Esquecimento do passado ou uma oportunidade de recomeçar?
Recomeçar sem olhar para o que ficou, erguer a cabeça e acreditar que podemos fazer melhor, deixar no coracao só as boas lembrancas.
Esse é o espírito do "Ano Novo", nós fazemos planos e isso é bom, pois cada um de nós desejamos sempre o melhor, - melhor para nós, para nossa família, nossos amigos e naturalmente para o mundo. E nada melhor que comecar este novo ano com Jesus no coracao pautando as nossas atitudes, seguindo os passos do meigo Rabi.
E é com esse espírito renovado que agradeco a Deus mais essa oportunidade que ele me concede de recomecar e aos amigos que conquistei.

ORAÇÃO DE ANO NOVO
Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade,
teu é o hoje e o amanhã, o passado e o futuro.
Ao acabar mais um ano, quero te dizer obrigado
por tudo aquilo que recebi de Ti.
Obrigado pela vida e pelo amor, pelas flores, pelo ar
e pelo sol, pela alegria e pela dor,
pelo que é possível e pelo que não foi.
Ofereço-te tudo o que fiz neste ano, o trabalho
que pude realizar, as coisas que passaram pelas minhas mãos
e o que com elas pude construir.
Apresento-te as pessoas que ao longo destes meses amei,
as amizades novas e os antigos amores,
os que estão perto de mim e os que estão mais longe,
os que me deram sua mão e aqueles que pude ajudar,
os com quem compartilhei a vida, o trabalho, a dor e a alegria.
Mas também, Senhor, hoje quero Te pedir perdão.
Perdão pelo tempo perdido, pelo dinheiro mal gasto,
pela palavra inútil e o amor desperdiçado.
Perdão pelas obras vazias e pelo trabalho mal feito,
perdão por viver sem entusiasmo.
Também pela oração que aos poucos fui adiando
e que agora venho apresentar-te, por todos meus olvidos,
descuidos e silêncios, novamente te peço perdão.
Nos próximos dias começaremos um novo ano. Paro
a minha vida diante do novo calendário que ainda não se iniciou
e Te apresento estes dias,
que somente Tu sabes se chegarei a vivê-los.
Hoje, Te peço para mim, meus parentes e amigos, a paz e a alegria,
a fortaleza e a prudência, a lucidez e a sabedoria.
Quero viver cada dia com otimismo e bondade,
levando a toda parte um coração cheio de compreensão e paz.
Fecha meus ouvidos a toda falsidade e meus lábios a palavras
mentirosas, egoístas ou que magoem.
Abre, sim, meu ser a tudo o que é bom.
Que meu espírito seja repleto somente de bênçãos
para que as derrame por onde eu passar.
Senhor, a meus amigos que lêem esta mensagem,
enche-os de sabedoria, paz e amor. E que nossa amizade dure
para sempre em nossos corações.
Enche-me, também, de bondade e alegria, para que
todas as pessoas que eu encontrar no meu caminho
possam descobrir em mim um pouquinho de Ti.
Dá-nos um ano feliz, e ensina-nos a repartir felicidade.
Amém.
Agradeco aos meus amigos e deixo aqui os melhores votos de um ano novo com muita saúde, prosperidade e paz!


FELIZ 2011!

27/12/2010

A VIDA

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A Vida é uma oportunidade, aproveita-a…
A Vida é beleza, admira-a…
A Vida é felicidade, saboreia-a…
A Vida é um sonho, torna-o realidade…
A Vida é um desafio, enfrenta-o…
A Vida é um dever, cumpre-o…
A Vida é um jogo, joga-o…
A Vida é preciosa, cuida dela…
A Vida é uma riqueza, conserva-a…
A Vida é amor, goza-o…
A Vida é um mistério, descobre-o…
A Vida é promessa, cumpre-a…
A Vida é tristeza, supera-a…
A Vida é um hino, canta-o…
A Vida é uma luta, aceita-a…
A Vida é aventura, arrisca-a …
A Vida é alegria, merece-a…
A Vida é vida defende-a…
                                                    

Madre Teresa de Calcutá

25/12/2010

MENSAGEM DE NATAL

anjos e Maria

"Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens." (Lucas, 2: 14).
O cântico das legiões angélicas, na Noite Divina, expressa o programa do Pai acerca do apostolado que se reservaria ao Mestre nascente.
O louvor celeste sintetiza, em três enunciados pequeninos, a plataforma do Cristianismo inteiro.
Glória a Deus nas Alturas, significando o imperativo de nossa consagração ao Senhor Supremo, de todo o coração e de toda a alma.
Paz na Terra, traduzindo a fraternidade que nos compete incentivar, no plano de cada dia, com todas as criaturas.
Boa Vontade para com os homens, definindo as nossas obrigações de serviço espontâneo, uns à frente dos outros, no grande roteiro da Humanidade.
O Natal exprime renovação da alma e do mundo, nas bases do Amor, da Solidariedade e do Trabalho.
Dantes, os que se anunciavam, em nome de Deus, exibiam a púrpura dos triunfadores sobre o acervo de cadáveres e despojos dos vencidos.
Com o Enviado Celeste, que surge na Manjedoura, temos o Divino Vencedor arrebanhando os fracos e os sofredores, os pobres e os humildes para a revelação do Bem Universal!
Dantes, exércitos e armadilhas, flagelos e punhais, chuvas de lodo e lama para a conquista sanguinolenta.
Agora, porém, e um Coração armado de Amor, aberto à compreensão de todas as dores, ao encontro das almas.
Não amaldiçoa.
Não condena.
Não fere.
Fortalece as boas obras.
Ensina e passa.
Auxilia e segue adiante.
Consola os aflitos, sem esquecer-se de consagrar o júbilo esponsalício de Caná.
Reconforta-se com os discípulos no jardim doméstico; todavia, não desampara a multidão na praça pública.
Exalta as virtudes femininas no Lar de Pedro; contudo, não menospreza a Madalena transviada.
Partilha o pão singelo dos pescadores, mas não menoscaba o banquete dos publicanos.
Cura Bartimeu, o cego esquecido; entretanto, não olvida Zaqueu, o rico enganado.
Estima a nobreza dos amigos; contudo, não desdenha a cruz entre os ladrões.
O Cristo na Manjedoura representa o Pai na Terra.
O cristão no mundo é o Cristo dentro da vida.
Natal! Glória a Deus! Paz na Terra! Boa Vontade para com os Homens!
Se já podes ouvir a mensagem da Noite Inesquecível, recorda que a Boa Vontade para com todas as criaturas é o nosso dever de sempre.

EMMANUEL-Espírito

Cnvido você a ler o Conto de Natal abaixo, participando do Concurso Literário.

22/12/2010

ENTAO É NATAL…

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Na pequena aldeia já comecara a nevar. Mas o rebulico e os preparativos para o natal eram intensos.

Todos os anos essa época era assim. Já sentia-se o cheiro das maçãs assadas e de canela no ar. Mas a cabecinha de Samantha tão cheia de sonhos e expectativas nao entendia o real significado daquele dia. Ela não conseguia compreender muito bem o Natal. Percebia que naquela época do ano, todos iam modificando-se aos poucos, e nos dias que antecediam aquela data as pessoas ficavam mais simpáticas. Samantha com seus dez anos tinha um sonho especial, -ela não pensava em bonecas ou brinquedos,  gostava de correr ao ar livre, brincar com as folhas caídas e as flores nos tempos quentes, e o que mais agradava Samantha era ver o sorriso estampado no rosto das pessoas.

Mas como ela poderia ser feliz no Natal quando sabia que haviam muitas criancas pobres na aldeia, que nao teriam os  pães-de-ló, as  maçãs assadas, o bolo que tanto exalava o cheiro de canela sobre a mesa, e os brinquedos?

Ela se perguntava, porque Papai Noel que era um velhinho tão bom, deixava aquelas criancas tão tristes? E com o seu coracãozinho cheio de amor, ela escreve uma cartinha fazendo o seu pedido de Natal: Que Papai Noel fizesse aquelas criancas felizes naquele dia, e que os seus olhinhos brilhassem de alegria.

Samantha, olhando pela janela o cair lento dos flocos de neve, teve um breve cochilo e, neste momento levada pelo seu anjo de guarda, ela pode desfrutar das mais belas imagens que seus olhinhos poderiam vivenciar..., num parque muito verde ela vislumbra um belo homem, com as feicoes mais meigas que já vira, sentado num monte a dizer: “O meu pai enviou-me ao mundo para dizer a vocês que o amor sublime está dentro dos vossos coracoes, que ele quer ver todos os seus filhos felizes, mas para isso precisamos amar, -amar até que doa, entender que somos todos irmaos, que para ele nao existe diferenca entre aquele que se veste bem e o que se veste “roto”, que nao devemos perder a esperanca de um mundo melhor, onde haja igualde, que a fraternidade seja o primeiro exercício de cada filho seu, que, “ser” é muito mais importante do que o “ter”, que Natal é todos os dias, e que este é o presente que ele espera de nós.”

Todas as criancas apesar das suas poucas idades, compreendiam, aquelas doces e contagiantes palavras, embevecidas com os gestos meigos daquela bela criatura, -o aniversariante do Natal.

Neste momento Samanhta volta a si encantada com aquela visao maravilhosa, enternecida e consolada por entender finalmente o verdadeiro sentido do Natal.

Márcia Prata

Esta postagem é parte do Concurso Literário: "Então é Natal", promovido pelo nosso querido Espaço Aberto-                       http://um-blog-para-todos.blogspot.com/ , do qual participo com enorme carinho!!

FELIZ NATAL!!

21/12/2010

O GRANDE DOADOR

Jesus curando[5]

"Ele não era médico e levantou paralíticos e restaurou feridos, usando o divino poder do amor.
Não era advogado e elegeu-se o supremo defensor de todos os injustiçados do mundo.
Não possuia fazenda e estabeleceu novo reino na Terra.
Não improvisava festas e consolou os tristes e reergueu o bom ânimo das almas desesperadas.
Não era professor consagrado e fez-se o Mestre da Evolução e do Aprimoramento da Humanidade.
Não era Doutor da Lei e criou a Universidade
sublime do bem para todos os espíritos de boa vontade.
Ele não era rico e engrandeceu os celeiros dos séculos.
Padecendo amarguras - reconfortou a muitos.
Tolerando aflições - semeou a fé e a coragem.
Abatido - curou as chagas morais do povo.
Supliciado - expediu a mensagem do perdão e do amor, em todas as direções.
Esquecido pelos mais amados - ensinou a fraternidade e o reconhecimento.
Vencido na cruz - revelou a vitória da vida eterna, em plena e gloriosa ressurreição, renovando o destino das nações e santificando o caminho dos povos.
Quem oferecer o coração, em homenagem ao Divino Amor na Terra, poderá desse modo, no exemplo de Jesus, embora anônimo, aflito, apagado ou crucificado, atender à santificada colaboração com Deus, a benefício da Humanidade."

ANDRÉ LUIZ
"O Grande Doador"

19/12/2010

ORAÇÃO DO NATAL

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Natal volta de novo, em nova melodia
Espalhando na Terra a Celeste Alegria...

Agradecemos, Jesus, a concessão
Do mais formoso dia!...

Aos estudos do tempo me consagro,
Noto que a Inteligência
Nunca nos deu tanta ciência
A fim de te servir e acompanhar...
As grandes máquinas voam, do solo para o ar...

E me ponho a pensar:
Senhor, agora, o que mais necessitamos,
De mais força, domínio, ouro e poder,
A fim de que vivamos de conquista em conquista,
Tendo somente, em vista, escravizar e escravizar?!...

Entretanto, Jesus, agora venho
Pedir-te ao coração talvez ainda amarrado ao lenho:
Dá-nos mais amplo entendimento à verdade,
Para seguir contigo
Amado e Excelso Amigo,
No sustento da paz e na luz da humildade!...

Xavier, Francisco Cândido. Ditado pelo Espírito Maria Dolores.

Maria Dolores

15/12/2010

PAINEL DO NATAL

nata 

NATAL!... A paz se renova, ante o mundo a percebê-la,
A esperança em cada face tem o fulgor de uma estrela.            

A luz da simplicidade envolve milhões de vidas, as queixas e as desavenças passam a ser esquecidas.
Reúnem-se as criaturas sem farpas de divisão, acima do raciocínio, destaca-se o coração.
O adulto diz à criança: - “Deus te guarde e te abençoe”,
Depois recorda, pensando no tempo que já se foi.
As preces do mundo inteiro parecem flamas no ar,

Muitos pais abraçam filhos que chegam de volta ao lar...
Choram-se ausentes queridos no amor que ninguém traduz,
Mas o pranto cai dos olhos lembrando gotas de luz.
Da casa estreita à mais ampla,
A alegria apareceu ntrecortada de vozes
Cantando: “Jesus nasceu!...”
Companheiros vão às ruas, fazem o bem sem ruído,
Socorro surge a quem sofre, todo pão é repartido.
Em quase todo lugar, unem-se os passos e as mãos,
Legendas falam brilhando: - “Nós todos somos irmãos...”
Natal!... E a fé sempre nova proclama, em alto louvor:
- “Jesus está construindo o mundo pleno de amor!...”
Meimei - Livro Os Dois Maiores Amores - Psicografia Chico Xavier .

A todos os meus irmaos, –você que está no Chile, no Brasil, Alemanha, Espanha, Portugal, Argentina, Franca, Itália, Estados Unidos, Japao etc, seja  de qual parte deste Planeta que você esteja, agradeco com imenso carinho a companhia de vocês aqui neste espaco, vocês enriqueceram a minha vida durante todo este ano.

O Natal está se aproximando, vamos harmonizando os nossos coracoes, esquecendo, os desamores, e as decepcoes.  Vamos nos abrir para recebermos esta energia especial que envolve o advento da vinda de Jesus.  Todos nós somos luz, o amor está em toda a sua essência dentro de nós, só deixemos que ele evapore se exteriorize por todos os nossos poros. E que o nosso coracao fique enorme a ponto de nos esquecermos um pouco e pensarmos em nossos irmaos.  Um grandioso Natal, que possamos todos nos dar as maos, ainda que em pensamento, e que a paz e a harmonia encontrem morada em nós. Feliz advento!

13/12/2010

RECORDANDO AS BEM AVENTURANCAS

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Após passar quase toda a noite em profunda meditação e em oração com o Deus-Pai, Jesus viu a multidão ali presente na colina, os discípulos foram se aproximando, e o Mestre iluminado pela Luz da Divindade falou:

"Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós."
(Mateus Cap.5, versículos 3 a 12)

As Bem-Aventuranças, dentro do Sermão da Montanha, não são somente ensinamentos, são na verdade  experiências íntimas da vida de Jesus. Não é para ser lida e ouvida simplesmente. É para ser sentida e refletida num profundo estado de espiritualidade. Mahatma Gandhi disse: "se toda a literatura espiritual da Humanidade perecesse, e só se salvasse o Sermão da Montanha, nada estaria perdido".  

O objetivo deste texto, é recordar e fazer uma pequena reflexão sobre estes ensinamentos tão atuais, e ainda tão incompreendidos. Imagine chamar felizes os pobres de espírito, felizes os que choram, felizes os injustiçados, felizes os que sofrem perseguição,... Quanto masoquismo e ironia, iriam pensar os materialistas e os incrédulos.

            Nestas Bem-Aventuranças, Jesus ensina a progressão evolutiva do Espírito, a Lei da Causa e Efeito, e não faz promessas para serem saboreadas somente no futuro! O Reino dos Céus está dentro de nós mesmos. São ensinamentos que podem ser exercitados em nosso lar, em nosso ambiente de trabalho, é para ser vivenciado no nosso dia-a-dia.

Com certeza, para conquistar as Bem-Aventuranças são necessárias muitas vidas, muitas reencarnações, mas nada impede que possamos praticá-las a partir deste momento.

(1) "Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus".

Podemos afirmar que, Jesus prepara o Reino dos Céus para os humildes, para os que tem a simplicidade de coração. A humildade nos aproxima de Deus, enquanto o orgulho nos distancia Dele.


Os "pobres em espírito" são os que tem a modéstia em afirmar que nada sabem, que reconhecem as suas fraquezas e estão constantemente buscando o seu aperfeiçoamento e a lapidação das suas imperfeições.

Não podemos confundir humildade com pobreza. Esta Bem-Aventurança levou muita gente na Idade Média, achando que "bem-aventurados os pobres, que o Reino dos Céus seriam deles", a abdicar os bens materiais, vivendo na miséria e indigência. Há ricos em matéria que são excelente pessoas, boas e caridosas. Há pobres que são maus, cruéis. E podemos dizer que o contrário também ocorre. O dinheiro pode ser útil para fazer a caridade, como pode ser usado somente para a satisfação pessoal e a ganância.


O que esta Bem-Aventurança diz é que o apego material é um obstácu­lo para a salvação. Os bens materiais, quando bem aplicados, podem ajudar a melhorar e salvar vidas, trazendo o progresso e a evolução da humanida­de.

Jesus coloca a humildade no plano das virtudes que precisamos adquirir para merecermos a glória das almas redimidas.

(2) "Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados".

"Bem-Aventurado o homem que suporta com paciência a provação! Porque, uma vez provado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que O amam." (Tiago, cap.1, v.12)

Não basta sofrer! Precisamos sair renovados e extrair ensinamentos dos momentos difíceis. É necessário aceitar o sacrifício e o sofrimento, lembrando que após as horas de amarguras, vem um periodo de tranquilida­de. Como já diz o ditado popular: "após a tempestade surje a bonança". Mesmo que, durante toda esta existência seja de muita luta e dor, pode ter certeza que experimentaremos uma alvorada gloriosa quando ingressar­mos no plano celestial.

Agora, os que não aceitam os periodos de dificuldades, que se revoltam e vivem reclamando de tudo e de todos, está recusando o débito do resgate, muitas vezes acaba gerando males não programados e amarguras desnecessárias. São lágrimas ácidas e amargas, podendo assim chamar esta recusa da quitação de erros pretéritos.

Vivemos num planeta de expiação e provas, ou seja, a quase totali­dade das pessoas que aqui reencarnaram, estão quitando débitos de vidas passadas, para o devido reajustamento e amadurecimento. Ninguém sofre sem uma causa anterior. 

(3) "Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra".

A mansidão é característica das pessoas que condenam a violência. São pessoas pacíficas e procuram sempre a paz.

Jesus sempre condenou a violência, a cólera e qualquer tipo de expressão que agrida os semelhantes. Ele fez da brandura, da afabilidade, da calma e paciência uma Lei.

Com as mudanças previstas em nosso planeta, não mais reencarnarão pessoas rebeldes, perversas e violentas. A Terra deixará de ser um planeta de expiação e provas, e passaremos a ser um mundo de regeneração e evolução, onde a felicidade e o amor ao próximo prevalecerá.

Os brandos e pacíficos herdarão a Terra, porque continuarão a viver nela em busca do seu processo evolutivo, e não mais de quitação de dívi­das do passado.

Só que essas mudanças não acontecem do dia para a noite. O processo é lento, assim como tem sido a evolução da Humanidade. Mas, já podemos notar alguns sinais de mudanças físicas, sociais e espirituais em nosso planeta.

Quem persistir na prática do Bem, procurando sempre manter a Harmo­nia, a Paz e a Felicidade, com certeza será um dos candidatos a herdar a Terra.

(4) "Bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados".

Cairbar Schutel, em seu livro "Parábolas e Ensinos de Jesus", diz que: "bem-aventurados os que se revoltam contra a injustiça, mas são resignados e calmos. Ai dos indiferentes, dos acomodatícios, dos covar­des, dos servis, que em proveito próprio aplaudem a injustiça".

Cairbar valoriza as atitudes dos homens que procuram implantar, aqui em nosso próprio planeta, a verdadeira justiça e não deixar nas mãos de Deus, para que seja implantada nos céus.

Podemos tomar como exemplo, Mahatma Gandhi que lutou pacificamente pela justiça entre os homens.

Muitas pessoas, como Gandhi, tem fome e sede de justiça, e lutam por ela dentro de seus lares, no trabalho, na rua, ..., procurando dentro da Lei do Amor e da Sabedoria eliminar as desigualdades e os sofrimentos.

(5) "Bemaventurados os misericordiosos, porque alcancarao  a misericordia".

Misericórdia é ter compaixão da dor alheia. Ser misericordioso é, acima de tudo, suportarmos os defeitos daqueles que nos rodeiam, de não guardarmos qualquer ressentimento, não alimentarmos desejos de vingança, e estarmos sempre dispostos a servir, mesmo sabendo que não obteremos nada em troca e teremos que suportar ingratidão alheia.

Para execermos a misericórdia, não basta somente ter a compaixão pela dor do próximo, é necessário, acima de tudo, fazer algo de concreto para minorá-la.

Kardec nos fala, no "Evangelho Segundo o Espiritismo", que "a misericórida é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericoridioso não pode ser brando e pacífico. Ela consiste no esqueci­mento e perdão das ofensas."

(6) "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus".

Já dizia Santo Agostinho: "concede-se aos puros de coração a faculdade de ver Deus, pois têm puro o olho com que se contemplam as coisas celestiais. Busca o Senhor com a sensibilidade do coração. Um coração puro é um coração sensível. Assim como é necessário ter os
olhos sãos, do corpo, para ver a luz natural, não se pode ver a Deus se não tiver purificado aquele que pode percebê-lo"

Ter o coração puro é não dar abrigo a paixões inferiores, tais como: o ódio, a inveja, o orgulho, a maledicência,... As paixões inferiores turvam a visão espiritual.

Kardec diz que: "a pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda a idéia de egoísmo e orgulho. (...) A verdadeira pureza não está somente nos atos, está também nos pensamentos. Porquanto aquele que tem puro coração, nem sequer pensa no mal".

(7) "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus".
Pacificar é trazer a paz!

Existem pessoas que tem a preocupação em implantar a harmonia e a paz nas nações, as quais nós podemos chamá-las de pacificadoras.

Mahatma Gandhi, um Espírito de grande elevação, foi um verdadeiro pacificador, onde sem usar a espada, os canhões, a violência, conseguiu a independência de seu país, a India, em relação à Inglaterra.

Durval Ciamponi, em "Reflexões sobre as Bem-Aventuranças", diz que "um pacificador para ser bem-aventurado e fazer jus à recompensa de ser chamado de filho de Deus deve ser pacífico, ainda que injuriado e perse­guido em razão da causa divina que defende, renunciando os próprios direitos."

Gandhi é o perfeito paradigma de um Espírito que se enquandra entre os bem-aventurados, merecendo o atributo de filho de Deus.

Um pacificador também se preocupa em levar a concórdia, o amor, a harmonia e a paz nos seus lares, no ambiente de trabalho, ou seja, em todos os lugares onde esteja presente.

Mas, precisamos lembrar, que antes de levarmos a paz às pessoas, precisamos primeiramente conquistar a nossa harmonia interior. Aliás, ninguém pode ser verdadeiro pacificador dos outros, se não for pacifica­dor de si mesmo.

(8) "Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus".

Nesta bem-aventurança, Jesus refere-se aos idealistas que ousaram enfrentar as limitações e os preconceitos de suas épocas. Podemos recorrer à História e ver que milhares de cristãos tiveram coragem de proclamar a sua fé e serem conduzidos aos Circos Romanos para serem devorados por feras famintas. Outros homens contestaram dogmas absurdos da Igreja e foram condenados à morte, casos de Giordano Bruno e João Huss.                                             

Geralmente estas pessoas são atacadas, caluniadas, encarceradas e até mortas, por defenderem suas opiniões e ponto de vista, mas ficaram para sempre na História como precursoras de novas idéias que contribuiram para reformular a Ciência, a Religião, as Artes, a sociedade.

O verdadeiro reformador jamais recorre à violência e à agressivi­dade para impor as suas idéias. Sempre se dispõe a agir com bondade, dentro da Paz.

(9) "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós."

Há um trecho no livro de Paulo Alves Godoy, "Os quatro Sermões de Jesus", que resume muito bem o significado desta bem-aventurança: "Bem-aventurados são aqueles que sofreram para elevar, bem alto, o nome de Jesus Cristo, os que tudo fizeram para que a doutrina cristã se implan­tasse na face da Terra"

            Mais vale ser odiado que odiar, ser ofendido que ofender, ser perseguido que perseguir.

Más vale ser odiado que odiar, ser ofendido que ofender, ser perseguido que perseguir.
            Quanto mais rude e dolorosos os golpes recebidos, maior será a recompensa no Céu.


Exemplifiquemos sendo bons e caridosos para com todos os nossos Irmãos. Sejamos simples e resignados.
O Mestre oferece flores celestiais para todos aqueles que perseve­rem até o fim seguindo os seus ensinamentos.

"Que vosso amor seja sem hipocrisia, detestando o mal e apegados ao bem; com amor fraterno, tendo carinho uns para com os outros, cada um considerando o outro como mais digno de estima". Sede diligentes, sem preguiça, fervorosos de espírito, servindo ao Senhor, alegrando-vos na esperança, perseverando na tribulação, assíduos na oração, tomando parte nas necessidades dos santos, buscando proporcionar a hospitalidade.
Abençoai os que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis."
(Paulo – Epístola aos Romanos – Cap. 12, versículos 9 a 14)  Rubens Santini

10/12/2010

ONDE ESTÁ DEUS QUE NAO RESPONDE?…

irma dulce
Assim, o poeta Castro Alves inicia seu poema Vozes da África. É o lamento do Continente Africano, vendo seus filhos serem levados como animais ao mercado de escravos.
Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes!
Em que mundo, em qu´estrela tu t’escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos Te mandei meu grito,
Que embalde, desde então, corre o infinito...
Onde estás, senhor Deus?
À semelhança dos versos do poeta, muitas vozes se ergueram quando aconteceu o 11 de setembro de 2001, para indagar onde estava Deus naquele momento.
Por que permitiu que mais de duas mil vidas fossem destroçadas naquela manhã?
Por quê?
Poder-se-ia perguntar ainda onde estava Deus quando fomentamos a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
Quando eliminamos seis milhões de judeus, em nome de uma inexistente superioridade ariana.
E quando empreendemos as cruzadas, levando a morte àqueles que qualificávamos como infiéis?
E durante a Inquisição de tanta barbárie?
E todos os dias, onde está Deus?
Onde está Deus quando enganamos nosso irmão? Quando mentimos para conseguir favores que desejamos?
Quando desonramos o lar, com o adultério? Quando eliminamos a vida no ventre materno, porque não desejamos o ser em gestação?
Onde está Deus quando deixamos nossos filhos à matroca, sem orientação, porque preferimos a acomodação?
Onde está Deus quando, utilizando o poder que o mundo nos confere, ferimos pessoas, destruímos a honra de outras vidas?
Onde está Deus quando levantamos as bandeiras da pena de morte ao nosso irmão? Ou da eutanásia?
Para todas as perguntas, a resposta é a mesma:
Deus está dentro de nós, dentro de cada criatura.
Soberanamente sábio, criou-nos a todos iguais, partindo de um mesmo ponto de simplicidade e ignorância.
Criou os mundos para que neles trabalhássemos, utilizássemos nossas forças e crescêssemos em intelecto e moral.
A ninguém concedeu privilégios. A todos concedeu o livre-arbítrio, com a conseqüente Lei de Causa e Efeito.
Estabeleceu que a cada um será dado conforme as suas obras e que todos deverão chegar ao mesmo destino, não importa quanto demore: a perfeição.
Ele nos permite a livre semeadura, mas estabelece que a colheita seja obrigatória.
Por isso, uns semeiam ventos e colhem tempestades. Outros lançam ao solo as sementes da bondade, do bem e alcançam felicidade.
Uns estão semeando hoje. Outros tantos estão realizando a colheita das bênçãos ou das desgraças que se permitiram semear.
Conhecedor das fragilidades de Seus filhos, aguarda que cada um desperte, a seu tempo, cansado das dores que para si mesmo conseguiu.
Portanto, não indague onde está Deus, quando você contemple a injustiça. Trabalhe pela justiça.
Não pergunte onde está Deus, quando observe a violência. Semeie a paz.
Não questione onde está Deus quando a miséria campeia. Utilize seus recursos para semear riquezas.
Enfim, onde quer que você esteja, lembre que Deus está em você e com você. E espera que você seja o Seu mensageiro de bênçãos, onde se encontre.
Pense nisso.
Pense agora e comece a demonstrar ao mundo o Deus que existe em sua intimidade. 
Texto da Redação do Momento Espírita – foto google: Irmã Dulce

08/12/2010

HEREDITARIEDADE ESPIRITUAL

corpo astral

Hereditariedade é uma lei natural segundo a qual as características físicas de uma população transmitem aos seus descendentes através da reprodução (MENDEL, 1865).

Com o advento da codificação do genoma humano, a "herança genética" ficou definitivamente responsável pela origem de diversas doenças e síndromes. No entanto, em relação às características comportamentais, não existem evidências que o determinismo genético possa ter a mesma expressão. O Espiritismo reconhece, na gênese de muitas patologias físicas e mentais, a “hereditariedade espiritual” do ser imortal submetido à Lei de causa e efeito, que cunha seu corpo físico e mental, buscando o aperfeiçoamento através da reencarnação.


Segundo André Luiz, em Evolução em Dois Mundos, “o corpo herda naturalmente do corpo, segundo as disposições da mente que se ajusta a outras mentes, nos circuitos da afinidade, cabendo, pois, ao homem responsável reconhecer que a hereditariedade relativa mas compulsória lhe talhará o corpo físico de que necessita em determinada encarnação, não lhe sendo possível alterar o plano de serviço que mereceu ou que foi incumbido, segundo as suas aquisições e necessidades”. Dessa forma, as enfermidades de berço que, muitas das vezes, parecem triste fardo para pais amorosos e filhos inocentes são, na verdade, meios de restabelecer a ligação que existe entre as diversas existências espirituais, tecendo a colcha divina de justiça, bondade e reparação, que cria oportunidades de desenvolvimento, ao máximo, de nossas potencialidade e estreita, assim, os laços espirituais de amor.


O Ser imortal é capaz de tomar a forma física apropriada para uma nova encarnação, com objetivo de elevar o seu nível moral ou refazer tarefas que deixou viciadas ou esquecidas na retaguarda. A responsabilidade e o arrependimento são condições motivadoras essenciais para as escolhas que serão feitas, e o fará desprender larga soma de esforços a fim de reerguer-se pelo bem. André Luiz, na obra acima citada, afirma que o Espírito “pode, pela própria conduta feliz ou infeliz, acentuar ou esbater a coloração dos programas que lhe indicam a rota, (...) , que estará enobrecendo ou agravando a própria situação, de acordo com a sua escolha do bem ou do mal”.

Ana Cecília Rosa é Médica Pediátra, membro do Centro Espírita Allan Kardec, Campinas-SP, residente no Brasil.

Jornal de Estudos Psicológicos

07/12/2010

RAZÕES DA VIDA

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Indagas, muita vez, alma querida e boa:
–“Meu Deus, por que essa dor que me atormentar o ser?”
E segues, trilha afora, em pranto oculto,
De sonho encarcerado, a lutar e a sofrer.
Anhelas outro clima, outro lar e outros rumos,
Entretanto, o dever te algema o coração dorido
Ao campo de trabalho que abraçaste,
Atendendo, na Terra, a divino sentido.
Antes de renascer, os seres responsáveis
Notam as próprias dívidas quais são
E suplicam a Deus lhes conceda no mundo
O caminho que os leve à redenção.
Não recalcitres, pois, contra os próprios encargos
Que te pareceu fardos de problemas,
Encontras-te no encalço da conquista
De bênçãos imortais e alegrias supremas.
A lágrima que vertes padecendo
Longas tribulações, entre lutas e crises,
É um remédio da vida, em nossos olhos,
Que nos faculte ver os irmãos infelizes.
O abandono dos seres que mais amas,
Criando-te a aflição em que choras e anseias,
É um curso de lições em que aprendemos
Quanto custam na estrada as angústias alheias.
Familiares que te contrariam
Trazem-nos à lembrança os gestos rudes
Com que outrora ferimos entes caros
No fel de nossas próprias atitudes.
Afeição de outras eras que descubras,
Querendo-lhe debalde a presença e a união,
E instrumento de amor que te inspira a renúncia
Para o trabalho da sublimação.
A experiência humana é breve aprendizado
E essa tribulação que te fere e domina
É recurso dos Céus, em nosso amparo,
Zelo, defesa e luz da Bondade Divina.
Sofre sem reclamar a prova que te coube,
Mesmo que a dor te espanque, atingindo apogeus...
E, um dia, exclamarás, ante os sóis de outra vida:
– “Bendita seja a Terra!... Obrigado, meu Deus!...”
Do livro A Vida Conta. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Maria Dolores

04/12/2010

ADVENTO DO MUNDO DE REGENERAÇÃO

 

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1 – Como poderíamos definir a diferença entre Mundo de Provas e Expiações, estágio atual da Terra, e Mundo de Regeneração, o próximo estágio?

Mal comparando, diríamos que nos Mundos de Provas e Expiações o egoísmo predominante, resquício da animalidade primitiva, é o elemento gerador de todos os males. No Mundo de Regeneração, consciências despertas para esse problema estarão empenhadas em superá-lo

2 – Então no Mundo de Regeneração ainda prevalece o mal?

Prevalece a consciência de que é preciso vencê-lo com o empenho do Bem. Equivale a dizer que o mal nesses planetas não tem receptividade nos corações e tende a desaparecer.

3 – Fala-se que a promoção de nosso planeta para Mundo de Regeneração ocorrerá neste milênio, provavelmente nos próximos séculos. Não estamos diante de um otimismo ingênuo, considerando os graves problemas humanos, envolvendo crimes, guerras, vícios, violência  urbana, terrorismo, a evidenciar que a maldade ainda impera?

Há muita gente envolvida com o mal, por ignorância. Estes serão renovados no desdobramento de suas experiências, particularmente com a mestra dor, em reencarnações regeneradoras. O problema está naqueles que constituem uma minoria barulhenta, com o mal entranhado em seus corações. Esses serão expurgados, quando chegar a hora. 

4 – Tipo Bin Laden?

Sim, todos aqueles que se comprazem com a violência, o vício, o crime, sem a mínima sensibilidade em relação aos males que causam, aos sofrimentos que impõem aos seus irmãos.
Sí, todos aquellos que se complacen con la violencia, la adicción, el crimen, sin la mínima sensibilidad en relación a los males que causan, a los sufrimientos que imponen a sus hermanos.

5 – Para onde irão os Espíritos degredados?

Provavelmente para Mundos Primitivos, em posição inferior à Terra, conforme a escala apresentada por Kardec, em O Evangelho segundo o Espiritismo.

6 – Isso não contraria o princípio doutrinário de que o Espírito pode estacionar, mas jamais retrograda?

Um homem civilizado condenado a viver entre aborígines não sofre nenhuma perda em relação à sua inteligência, cultura e conhecimentos, que, inclusive lhe serão úteis na nova situação, embora as limitações a que estará sujeito. O mesmo acontece com o Espírito degredado em planeta inferior.

7 – Não irá um Espírito intelectualmente evoluído, mas moralmente atrasado, causar embaraços aos habitantes desse mundo?

Não tanto quanto os benefícios que essa convivência ensejará. Os degredados estarão mais ou menos no mesmo estágio moral, mas superiores no estágio intelectual, favorecendo o progresso de seus hospedeiros, em cujo seio reencarnarão.

8 – E ficarão para sempre por lá?

Segundo Emmanuel, somos todos tutelados do Cristo, o governador espiritual de nosso planeta, compondo uma imensa família, de perto de vinte e cinco bilhões de Espíritos. Natural, portanto, que após superarem sua rebeldia e resgatarem seus débitos, ajustando-se às leis divinas, retornem os degredados ao convívio humano, o que poderá demandar milênios, mas forçosamente acontecerá. Como ensina Jesus, das ovelhas confiadas por Deus aos seus cuidados, nenhuma se perderá.

Fonte: http://www.richardsimonetti.com.br/pinga_fogo
Richard Simonetti

02/12/2010

ONDE E QUANDO NASCEU JESUS?

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Perguntemos a Maria de Magdala, onde e quando nasceu Jesus.  E ela nos responderá:

- Jesus nasceu em Betânia. Foi certa vez, que a sua voz, tão cheia de pureza e santidade, despertou em mim a sensação de uma vida nova com a qual até então jamais sonhara.

Perguntemos a Francisco de Assis o que ele sabe sobre o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:

- Ele nasceu no dia em que, na Praça de Assis entreguei minha bolsa, minhas roupas e até meu nome para segui-lo incondicionalmente, pois sabia que somente ele é a fonte inesgotável de amor.

Perguntemos a Pedro quando deu o nascimento de Jesus.

Ele nos responderá:

- Jesus nasceu no pátio do palácio de Caifás, na noite em que o galo cantou pela terceira vez, no momento em que eu o havia negado. Foi nesse instante que acordou minha consciência para a verdadeira vida.

Perguntemos a Paulo de Tarso, quando se deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:

- Jesus nasceu na Estrada de Damasco quando, envolvido por intensa luz que me deixou cego, pude ver a figura nobre e serena que me perguntava: Saulo, Saulo porque me persegue? E na cegueira passei a enxergar um mundo novo quando eu lhe disse:

- Senhor, o que queres que eu faça?!

Perguntemos a Joana de Cusa onde e quando nasceu Jesus. E ela nos responderá:

- Jesus nasceu no dia em que, amarrada ao poste do circo em Roma, eu ouvi o povo gritar: - Negue! Negue!

E o soldado com a tocha acesa dizendo:

- Este teu Cristo ensinou-lhe apenas a morrer?

Foi neste instante que, sentindo o fogo subir pelo meu corpo, pude com toda certeza e sinceridade dizer:

- Não me ensinou só isso, Jesus ensinou-me também a amá-lo.

Perguntemos a Tomé onde e quando nasceu Jesus. E ele nos responderá:

- Jesus nasceu naquele dia inesquecível em que ele me pediu para tocar as suas chagas e me foi dado testemunhar que a morte não tinha poder sobre o filho de Deus. Só então compreendi o sentido de suas palavras:

- Eu sou o caminho, a verdade e a vida.

Perguntemos à mulher da Samaria o que ela sabe sobre o nascimento de Jesus. E ela nos responderá:

- Jesus nasceu junto à fonte de Jacob na tarde em que me pediu de beber e me disse:

- Mulher eu posso te dar a água viva que sacia toda a sede, pois vem do amor de Deus e santifica as criaturas.

Naquela tarde soube que Jesus era realmente um profeta de Deus e lhe pedi: - Senhor, dá-me desta água.

Perguntemos a João Batista quando se deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:

- Jesus nasceu no instante em que, chegando ao rio Jordão, pediu-me que o batizasse.

- Este é o meu Filho Amado, no qual pus a minha complacência!

- Compreendi que chegara o momento de ele crescer e eu diminuir, para a glória de Deus.

Perguntemos a Lázaro onde e quando nasceu Jesus?

Ele nos responderá:

- Jesus nasceu em Betânia, na tarde em que visitou o meu túmulo e disse: - Lázaro! Levanta.

Neste momento compreendi finalmente quem Ele era... A Ressurreição e a Vida!

Perguntemos a Judas Iscariotes quando se deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:

- Jesus nasceu no instante em que eu assistia ao seu julgamento e a sua condenação.

Compreendi que Jesus estava acima de todos os tesouros terrenos.

Perguntemos a Bezerra de Menezes o que ele sabe sobre o nascimento de Jesus. E ele nos responderá:

- Jesus nasceu no dia em que desci as escadas da Federação Espírita Brasileira e um homem se aproximou dizendo:

- Vim devolver-lhe o abraço que me deste em nome de Maria, porque renovei minha fé e a confiança em Deus.

Foi naquele instante que percebi a Sua misericórdia e o Seu imenso amor pelas criaturas.

Perguntemos, finalmente, a Maria de Nazaré onde e quando nasceu Jesus. E ela nos responderá:

-Jesus nasceu em Belém, sob as estrelas, que eram focos de luzes guiando os pastores e suas ovelhas ao berço de palha. Foi quando o segurei em meus braços pela primeira vez e senti se cumprir à promessa de um novo tempo através daquele Menino que Deus enviara ao mundo, para ensinar aos homens a lei maior do amor.

Agora pensemos um pouquinho:

E para nós, quando Jesus nasceu?

Pensemos mais um pouquinho:

E se descobrirmos que ele não nasceu?

Então, procuremos urgentemente fazer com que ele nasça um dia destes, porque, quando isso acontecer, teremos finalmente entendido o Natal e verdadeiramente encontrado a luz.

Aliança Espírita Evangélica - Departamento de Evangelização Infantil

30/11/2010

A PAZ VENCERÁ

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Vivemos momentos cruciais no planeta, e muitos têm as suas convicções de justiça abaladas. Alguns descrêem da Providência Divina, acreditando que Deus perdeu o controle de sua criação.

Logicamente, esta é uma observação destituída de razão, porque aquilo que parece falta de controle está debaixo de um rigoroso planejamento.

Deus concede a liberdade para que o Homem possa crescer.

Deus preside os destinos do Universo, e nós estamos inseridos nessa comunidade universal. Podemos parecer impotentes ante a sanha da violência, não só a do terrorismo, mas a do crime organizado, das quadrilhas de traficantes, dos crimes passionais, da miséria, da fome e até da violência doméstica e sexual. O que fazer?

Entreguemos nossas vidas e o nosso mundo a Deus, mas não deixemos de fazer a nossa parte em prol do bem geral; pois, no mundo, somos instrumentos de Deus para a pacificação, para a justiça social e para o amor. Só assim o mundo terá sanidade.

Nao importa o nome que damos a Deus ou como o concebemos. O que importa, realmente, é que Deus não pode ser mau, protecionista, rancoroso ou vingativo. Concebemos Deus conforme nos ensinaram os espíritos: Inteligência suprema e causa primeira de todas as coisas.

O Criador deu a cada espírito o livre-arbítrio e uma meta a alcançar: a perfeição. Temos liberdade de agir como quisermos, porém somos responsáveis pelos nossos atos; o que equivale a dizer: somos livres para semear, mas somos obrigados a colher.

Toda essa onda de violências vai passar, e o mundo entrará numa era de paz e realizações. Corrigiremos as injustiças, sanearemos a moral, acabaremos com a fome, e cuidaremos para que todos tenham o suficiente para viver com dignidade.

Este é o desafio que temos de enfrentar, mas com certeza venceremos.

A PAZ VENCERÁ!

Amilcar Del Chiaro Filho

29/11/2010

E QUEM É O MEU PRÓXIMO?

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O próximo a quem precisamos prestar imediata assistência é sempre a pessoa que se encontra mais perto de nós.
Em suma, é, por todos os modos, a criatura que se avizinha de nossos passos. E como a Lei Divina recomenda amemos o próximo como a nós mesmos, preparemo-nos para ajudar, infinitamente...
Se há Cristianismo em nossa consciência, o cultivo sistemático da compreensão e da bondade tem força de lei em nossos destinos.
Um cristão sem atividade no bem é um doente de mau aspecto, pesando na economia da coletividade.
Sabemos que o Divino Mestre amou e amparou, lutou em favor da luz e resistiu à sombra, até à cruz.
Lembra-te sempre de que estás situado na Terra para aprender e auxiliar.
Texto extraído do Livro Fonte Viva – Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

27/11/2010

CARTA DO SENADOR PÚBLIO LENTULUS AO IMPERADOR

"Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existindo nos nossos tempos um homem, o qual vive atualmente de grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade, e os seus discípulos dizem que é filho de Deus, criador do céu e da terra e de todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado; em verdade, ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra:

é um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto, e há tanta majestade no rosto, que aqueles que o vêem são forçados a amá-lo ou temê-lo.

Tem os cabelos da cor amêndoa bem madura, são distendidos até as orelhas, e das orelhas até as espáduas, são da cor da terra, porém mais reluzentes.

Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso nos nazarenos, o seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de uma cor moderada; o nariz e a boca são irrepreensíveis.

A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, mas separada pelo meio, seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros, o que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza, faz chorar; faz-se amar e é alegre com gravidade.

Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos; na palestra, contenta muito, mas o faz raramente e, quando dele se aproxima, verifica-se que é muito modesto na presença e na pessoa.

É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo, jamais, visto por estas partes uma mulher tão bela, porém, se a majestade tua, ó Cézar, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dá-me ordens, que não faltarei de mandá-lo o mais depressa possível.

De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada.

Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça.

Muitos se riem, vendo-o assim,porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram.

Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes.    Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos, de grande doutrina, como ensina este
Jesus; muitos judeus o têm como Divino e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade; eu sou grandemente molestado por estes malignos hebreus.

Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles eu o conhecem e com ele têm praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde, porém à tua obediência estou prontíssimo, aquilo que Tua Majestade ordenar será cumprido.

Vale, da Majestade Tua, fidelíssimo e obrigadíssimo... Públio Lentulus, presidente da Judéia Lindizione setima, luna seconda.”

(Este documento foi encontrado no arquivo do Duque de Cesadini, em Roma. Essa carta, onde se faz o retrato físico e moral de Jesus, foi mandada de Jerusalém ao imperador Tibério César, em Roma, ao tempo de Jesus.)

25/11/2010

CRISTO EM CASA

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Se desejas extinguir
A sombra que aflige e atrasa,
Não olvides acender
A luz do Evangelho
em casa.
Quando possível, nas
horas
De doce união no lar,
Estende a Lição Divina
Ao grupo
familiar.
Na chama viva da
prece,
O culto nobre inicia,
Rogando
discernimento
À Eterna
Sabedoria.
Logo após, lê, meditando
O Texto Renovador
Da Boa
Nova sublime,
Que é fonte de todo o amor.
Verás a tranquilidade,
Vestida em suave brilho,
Irradiando
esperança
Em todo o teu
domicílio.
Ante a palavra do Mestre,
Generosa, clara e boa,
A experiência na Terra
É luta que aperfeiçoa.
Mentiras da vaidade,
Velhos crimes da avidez,
Calúnia e
maledicência
Desaparecem de
vez...
Serpentes envenenadas
Do orgulho torvo e escarninho,
Sob o clarão da verdade,
Esquecem-nos o
caminho.
Dificuldades e provas,
Na dor amargosa e lenta,
São recursos salvadores
Com que o Céu nos apascenta.
E o trabalho por mais rude,
No campo de cada dia,
É dádiva edificante
Do bem que nos
alivia.
É que, na Bênção do Cristo,
Clareia-se-nos a estrada
E a nossa vida ressurge,
Luminosa e transformada.
Conduze,
pois, tua casa
À inspiração de Jesus.
O Evangelho em tua mesa
É pão da Divina
Luz.
Fonte: LUZ no LAR
Autor Casimiro Cunha
Psicografia de:
Chico Xavier

24/11/2010

OBSESSAO ESPIRITUAL, CAUSA DAS GRANDES ANGÚSTIAS HUMANAS

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Para garantir-nos contra a sua influência urge fortalecer a fé
pela renovação mental e pela prática do bem nos
moldes dos códigos evangélicos

Confrades vez ou outra nos indagam por que viver na Terra é tão complicado e quase sempre tão amarga é a vida? Digo-lhes que essa sensação eventualmente pode ser uma aspiração à felicidade e à liberdade e que, algemado ao envoltório físico que nos serve de cárcere, aplicamo-nos a inúteis esforços para dele sair. Contudo, alguns se abatem no desencorajamento, e a todo o instante reverberam suas lamentações. Mas é preciso resistir energicamente a essas sensações de desânimo e desesperanças, porque os sonhos para a felicidade de viver são intrínsecos a todos os homens, embora não a devamos sofregamente procurar somente na experiência material e transitória da vida terrena.

Comentando sobre a melancolia, encontramos em O Evangelho segundo o Espiritismo o Espírito François de Genève, ditando o seguinte: “Precisamos cumprir, durante nossa prova terrena, tarefas e compromissos que não suspeitamos, seja no que tange à devoção à família, ou cumprindo diversos deveres que Deus nos confiou. Se no transcurso dessa experiência, no desempenho das tarefas, observamos os cuidados, as inquietações, os desgostos esmagarem nossos ânimos d'alma, sejamos fortes e corajosos para derrotá-los. Avancemos e encaremos sem temor; pois que as aflições são de curta duração e devem nos conduzir para situações bem melhores no futuro”.

Há, porém, muitas amarguras que podem ter suas origens na infidelidade aos compromissos cristãos, daí a melancolia se instala no ser, do que poderá resultar um processo obsessivo. Mas o que é uma obsessão? Etimologicamente, o termo tem sua origem no vocábulo obsessione, palavra latina que significa impertinência, perseguição. Para alguns estudiosos espíritas, a obsessão é percebida como um grande flagelo mundial. Essa visão se reveste de profunda gravidade na sociedade, que atualmente está bem instrumentalizada tecnologicamente, seja no campo das comunicações e da informática, seja nas outras áreas do saber, ampliando e aprofundando as responsabilidades de cada um em face da vida coletiva. 

Obsessão é uma influência maléfica na mente

Aurélio Buarque define obsessão como sendo uma preocupação com determinada ideia, que domina doentiamente o espírito, resultante ou não de sentimentos recalcados; ideia fixa; mania. Da mesma forma a terminologia obsessão é usada, vulgarmente, para significar ideia fixa em alguma coisa, tique nervoso, gerador de manias, atitudes estranhas etc. Entretanto, sob o ponto de vista espírita, o termo tem um significado e interpretação mais amplos. Consubstancia-se numa influência maléfica relativamente persistente que desencarnados e/ou encarnados, tão ou mais atrasados que nós mesmos, podem exercer sobre a nossa vida mental. 

Para a escola clássica da psiquiatria, obsessão é um pensamento, ou um impulso, persistente ou recorrente, indesejado e aflitivo, que vem à mente involuntariamente, a despeito de tentativa de ignorá-lo ou de suprimi-lo. Psiquiatras que não admitem nada fora da matéria não podem entender uma causa oculta (espiritual), mas quando a academia científica tiver saído da rotina materialista, ela reconhecerá na ação do mundo invisível que nos cerca e no meio do qual vivemos uma força que reage sobre as coisas físicas, tanto quanto sobre as coisas morais. Esse será um novo caminho aberto ao progresso e a chave de uma multidão de fenômenos mal compreendidos do psiquismo humano.

E, óbvio, não descartando a possibilidade da anomalia psicossomática, a Doutrina Espírita faz-nos conhecer outras fontes das misérias humanas, mantidas pela fragilidade moral dos seres. Reconhecemos que o uso dos fármacos antidepressivos estabelece a harmonia química cerebral, melhorando o humor do paciente, no entanto, agem simplesmente sobre os efeitos, uma vez que os medicamentos não curam a obsessão em suas intrínsecas causas, apenas restabelecem o trânsito das mensagens neuroniais, corrigindo o funcionamento neuroquímico do SNC (sistema nervoso central). Sócrates já afirmava que "se os médicos são malsucedidos, tratando da maior parte das moléstias, é que tratam do corpo, sem tratarem da alma”.

Por insinceridade, em nosso tênue esforço para a reforma moral, obstamos as relações equilibradas e equilibrantes conosco e com o próximo. Toda a nossa desarmonia leva a desenvolver sintonias viciosas com outras mentes doentias, seja de desencarnados ou encarnados, o que aguça sobremaneira nosso próprio desarranjo interior, resultando daí as ingentes dificuldades para nos libertarmos das algemas em que nos aguilhoamos ante as garras do mal.

Na intimidade do lar, da família ou do Centro Espírita, do ambiente de trabalho profissional, adversários ferrenhos do pretérito se reencontram. Convocados pelos Benfeitores do Além ao reajuste, raramente conseguem superar a aversão de que se veem possuídos uns à frente dos outros, e (re)alimentam com paixão, no imo de si mesmos, os raios tóxicos da antipatia que, concentrados, se transformam em pontiagudos dardos magnéticos, suscetíveis de provocar a enfermidade e a própria morte. 

A obsessão espiritual é sintonia ou troca de vibrações afins. Kardec define obsessão como a ação persistente que um Espírito inferior exerce sobre um indivíduo, apresentando caracteres variados que vão desde a simples influência moral, sem sinais exteriores perceptíveis, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. A obsessão é o encontro de forças inferiores retratando-se entre si. 

As múltiplas facetas da obsessão

Há quadros de obsessões explodindo por todos os lados em todos os níveis, quais sejam de desencarnados sobre encarnados e vice-versa; de encarnados sobre encarnados, bem como de desencarnados sobre desencarnados. 

Nosso mundo mental rege a vida que nos é peculiar em todas as suas dimensões, contudo, nos encontramos ainda no início do entendimento das implicações da força mental, do significado e abrangência das construções mentais na vida. Os obsessores são hábeis e inteligentes, perfeitos estrategistas que planejam cada passo e acompanham as presas por algum tempo, observando suas tendências, seus relacionamentos, seus ideais. Identificam seus pontos vulneráveis (quase sempre ligados ao descaminhamento sexual) e os exploram pertinazes.

O pensamento exterioriza-se e projeta-se, formando imagens e sugestões que arremessa sobre os objetivos que se propõe atingir. Quando bom e edificante, ajusta-se às Leis que nos regem, criando harmonia e felicidade, todavia, quando desequilibrado e deprimente, estabelece aflição e ruína. A química mental vive na base de todas as transformações, porque realmente evoluímos em profunda comunhão telepática com todos aqueles encarnados ou desencarnados que se afinam conosco. 

Nosso universo mental é como um céu, mas do firmamento descem raios de sol e chuvas benéficas para a vida planetária, assim como, no instante do atrito de elementos atmosféricos, desse mesmo céu procedem faíscas elétricas destruidoras. Da mesma forma funciona a mente humana. Dela se originam as forças equilibrantes e restauradoras para os trilhões de células do organismo físico, mas, quando perturbada, emite raios magnéticos de elevado teor destrutivo para a nossa estrutura psíquica. 

O mestre lionês redarguiu dos Espíritos, na questão 466 d' O Livro dos Espíritos, por que permite Deus que os obsessores nos induzam ao mal? Os Espíritos responderam: "Os seres imperfeitos são instrumentos destinados a experimentar a fé e a constância dos homens na prática do bem. Como Espírito, deveis progredir na ciência do infinito, razão por que passais pelas provas do mal, a fim de chegardes ao bem. Nossa missão é a de colocar-vos no bom caminho e quando más influências agem sobre vós, é que as atraís, pelo desejo do mal. Os Espíritos inferiores vêm em vosso auxílio no mal, sempre que desejais cometê-lo; e só vos podem ajudar no mal quando quereis o mal. Então, se vos inclinardes para o assassínio, tereis uma nuvem de Espíritos que vos alimentarão esse pendor. Entretanto, tereis outros que procurarão influenciar-vos para o bem. Assim se restabelece o equilíbrio e ficais senhor de vós mesmos”.

Renovação moral como base para a desobsessão espiritual

O venerável Codificador, em O Livro dos Médiuns, afirma que as imperfeições morais dão acesso aos obsessores e o meio mais seguro de nos livrarmos deles é atrair os bons Espíritos pela prática do bem. A obsessão é impotente diante de Espíritos redimidos! E o que é um Espírito redimido? É aquele que reconhece as suas limitações e, como enunciado pelo apóstolo Paulo, sente a alegria de saber-se "matriculado na escola do bem”.

Esse desarranjo psicoespiritual deverá ser eliminado da sociedade no instante em que o lídimo exemplo do amor for experimentado e disseminado em todas as direções, consoante Jesus consubstanciou e vivenciou até as agruras da morte, prosseguindo desde tempos apostólicos até os dias atuais. 

O Espiritismo, desvendando a intervenção dos Espíritos endurecidos no mal em nossas vidas, lança luzes sobre questões ainda desconsideradas pelas ciências materialistas como de causa psicopatológica.

Muitas vezes procurado pelos obsidiados, o Cristo penetrava psiquicamente nas causas da sua inquietude e, usando de sua autoridade moral, libertava tanto os obsessores quanto os obsidiados, permitindo-lhes o despertar para a vida animada rumo à recuperação e à pacificação da própria consciência. Porém, é muito importante lembrar que Jesus não libertou os obsidiados sem lhes impor a intransferível necessidade de renovação íntima, nem expulsou os perseguidores inconscientes sem fornecer-lhes o endereço de Deus.

Conclusão

Em síntese, identificamos sempre na obsessão (espiritual) o resultado da invigilância e dos desvios morais. Para garantir-nos contra a sua influência urge fortalecer a fé pela renovação mental e pela prática do bem nos moldes dos códigos evangélicos propostos por Jesus Cristo, não nos esquecendo dos divinos conselhos do Vigiai e Orai.

Bibliografia consultada:

Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Editora FEB, 2001, cap. V, item 25. Dicionário Aurélio eletrônico; século XXI. Rio de Janeiro, Nova Fronteira e Lexicon Informática, 1999, CD-rom, versão 3.0. Xavier, Francisco Cândido. Nos Domínios da Mediunidade, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, Cap. Dominação Telepática. Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, GB., 2003, perg. 644. Kardec, Allan. O Livro dos Médiuns, Rio de Janeiro: Editora FEB, 19987- (Mateus 26:41; Marcos 14:38; Lucas 21:36 e I Pedro 5:8). Revista Espírita, fevereiro, março e junho de 1864. A jovem obsedada de Marmande. Kardec, Allan. O Que é o Espiritismo, Cap. II, Escolho dos Médiuns, Rio de Janeiro: Editora FEB, 2003.Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, Resumo da doutrina de Sócrates e de Platão, item XIX, Rio de Janeiro: Editora FEB, 2001.

21/11/2010

A Ação dos pais na educação moral dos filhos

 

 

 

 

 

 

No capítulo XVIII, de O Evangelho segundo o Espiritismo, há interessante ressalva de Allan Kardec sobre o ensino dos Espíritos superiores, alertando-nos de que “nenhum dos que o recebam, diretamente ou por intermédio de outrem, pode pretextar ignorância”. 1 Com o mesmo cuidado, o insigne Codificador exorta-nos para que possamos aproveitá-lo com afinco, transformando-nos moralmente e não apenas admirando-o como coisas interessantes e singulares sem tocar-nos o coração e sem alterar a nossa maneira de ser.
Um dos mais valiosos aforismos encontra-se na definição de moral dada pela Doutrina Espírita:
A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus.  2 No entanto, a despeito dos preceitos doutrinários que nos chegam do mundo espiritual, não obtemos resultados mais significativos na formação moral das crianças e dos jovens que educamos e, a cada dia, surpreende-nos a diversidade que surge da maneira pela qual a moralidade é interpretada, mormente a que se origina de transformações sociais profundas e que influenciam os procedimentos de toda uma geração; costumes nem sempre compatíveis com a justiça e a ética e que interferem na transmissão de ensinamentos para aquisição de hábitos salutares que tentamos infundir para melhoria do comportamento dos filhos. Por essa razão, unicamente, hábeis sermões dirigidos a eles não são suficientes para uma educação moral verdadeiramente eficaz. Mas – questionarão os pais apreensivos –, o que é necessário fazer para superação desses obstáculos? É oportuno destacar certos aspectos que, possivelmente, intervêm na educação que ministramos.
Importante alerta é dado, pelos benfeitores espirituais, na resposta à questão 208, de O Livro dos Espíritos, ao afirmarem que os pais exercem grande influência sobre os rebentos,
transformando-se, o ato de educar, numa missão para o desenvolvimento deles e “tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho”. 3 Cabe-nos perguntar: somos coerentes com os ensinos que irão preponderar, positivamente, nas condições de adiantamento de nossa prole? Embora seja inegável que discursos morais, sobretudo os de caráter espírita, entusiasmem as pessoas, é preciso pensar nas qualidades e exemplos daqueles que os proferem, nem sempre condizentes com as regras de conduta que pregam.
Nesse caso, a educação moral é transmitida, não no sentido de ser, mas no de parecer. Vinícius, em uma de suas obras espíritas, considera que “quando se trata de qualidades e virtudes, é muito mais fácil simulá-las que adquiri-las”.
Ao final, deduz o autor: A Moral, considerada outrora por Sócrates como a ciência por excelência, consiste hoje em acompanhar passivamente a opinião da maioria dominante, com menosprezo, embora, dos mais comezinhos princípios do decoro e da decência. 5
Grave advertência para não nos deixarmos entusiasmar por estilos e preconceitos de certos ambientes sociais, pois, sem o sentirmos, esse modo de viver se transforma em hábito, condicionando-nos e estabelecendo estreitos limites para nossa evolução espiritual.
O Espírito Valérium se expressa sobre o assunto por meio de metáfora, ao comparar a similaridade da vida na Terra a um rio caudaloso e que, como espíritas, em muitas ocasiões, é preciso nadar “contra a corrente dos preconceitos e prejuízos da convenção”, 6 mesmo que o percurso normal de nossa trajetória seja viver com todos, sem nos tornarmos criaturas antissociais.Assegura, ele: Descer a favor da corrente do mundo é sempre fácil. É só deixar-se levar. Acumpliciando-se sistematicamente com as ações da maioria. Descer a favor da corrente do mundo é sempre fácil. É só deixar-se levar. Acumpliciando-se sistematicamente com as ações da maioria.
Jamais se indispondo contra o erro. Só dizendo “sim” para tudo e para todos. Seguindo despreocupadamente, sem o exame dos próprios atos. [...]
Mas, subir contra a corrente do mundo é mais difícil.
É preciso valor para enfrentar a adversidade.
É necessário paciência para fugir aos erros de tradição.
É indispensável ser forte para tornar-se exceção no esforço maior.7
Precisamos manter as atitudes que assumimos ao nos identificar com os ensinamentos da Doutrina Consoladora – teorias que nascem da reflexão pura e sincera e que se transformam em práticas conscientes a serem aplicadas nas experiências do cotidiano, de maneira espontânea, natural, tanto na vida privada como em sociedade. Contudo, motivar nossos filhos para a aquisição de qualidades essenciais, baseadas na ética e na moral dos costumes, não consiste, somente, em absorver o verdadeiro pensamento do Espiritismo, sem termos dúvidas de segui-lo fielmente, mas está, também, na ação a ser exemplificada e promovida no ato de corrigir (ensinar) para tomada de consciência daqueles que educamos.
Em uma das obras de Aristóteles (384-322 a.C.), Ética a Nicômaco (apud HOURDAKIS, 2001), que constitui sua teoria mais ordenada a respeito dos valores morais, ele analisa a virtude não como um conhecimento, [...] mas um hábito voluntário (hexis proairetikê) e um uso. Em outros termos, não se trata de uma predisposição natural, mas de algo que resulta de uma atividade e de um exercício perseverante e que não se adquire mediante o ensino, mas pela prática. A ética do homem se forma a partir do hábito, que significa familiaridade e essa ética se adquire, primeiramente, no interior da família e depois na cidade estado, que legisla tendo em vista a educação correta dos cidadãos. 8
Ponderação corroborada Allan Kardec, ao afirmar que não se refere à educação moral adquirida pelos livros, mas “[...] sim à que consiste na arte de formar os caracteres, à que incute hábitos,
porquanto a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos.9 Há, pois, necessidade de estimular nossos filhos ao exercício da prática de ações que possam persuadi-los a agir
com honestidade, justiça e caridade.
Ajudá-los para se tornarem “homens de bem”, incentivando-os às boas iniciativas e organizando atividades cotidianas de modo fértil, fazendo com que desenvolvam suas experiências, tanto na vida moral, como na social, de forma equilibrada e saudável.
Kardec, exímio educador, exalta, pelo exemplo, as explicações para aquisição das virtudes que o Cristo ensinou, ao oferecer-nos rica metodologia de como educar os seres sob
a nossa guarda. No capítulo XIII, de O Evangelho segundo o Espiritismo, lega-nos extraordinária lição: Quem é esta mulher de ar distinto, de traje tão simples, embora bem cuidado, e que traz em sua companhia uma mocinha tão modestamente vestida? Entra numa casa de sórdida aparência, onde sem dúvida é conhecida [...].À sua chegada, refulge a alegria naqueles rostos emagrecidos.
É que ela vai acalmar ali todas as dores.
Traz o de que necessitam, condimentado de meigas e consoladoras palavras [...].
[...] Por que se faz acompanhar da filha? Para que aprenda como se deve praticar a beneficência. A mocinha também quer fazer a caridade. A mãe, porém, lhe diz: “[...] Quando visitamos os doentes, tu me ajudas a tratá-los. Ora, dispensar cuidados é dar alguma coisa. [...] Aprende a fazer obras úteis e confeccionarás roupas para essas criancinhas. Desse modo, darás alguma coisa que vem de ti. [...]” 10  (Grifo nosso.)
Essa orientação-modelo de como ministrar lições de cunho moral que, de modo exaustivo, repetimos verbalmente aos filhos, contrapõe-se à maneira repressiva de educar, sem nos precavermos para não aumentar, excessivamente, a carga que pesa sobre os ombros daqueles que criamos, ao querer que demonstrem conduta moral irrepreensível, sem ainda terem clara consciência de como manifestar isso.
Ao auxiliarmos para que se tornem pessoas moralmente melhores, precisamos incentivá-los a pensar sobre a ação a ser praticada, desenvolvendo posturas que os façam ter espírito de iniciativa nas realizações voltadas para o bem proceder, sem esperar, contudo, que conquistem expressivo progresso moral em apenas uma existência, de acordo com os princípios espíritas.
É fundamental, pois, estudar a Doutrina e o Evangelho de Jesus, embasando-nos pelo estudo, especialmente quando estivermos ao lado de outros pais (em reuniões, grupos, ciclos de encontros etc.), para valorizar e analisar as vivências do cotidiano familiar e as implicações decorrentes desses problemas na educação das crianças e dos jovens que protegemos e amamos.
Referências:
1KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 129. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap.18, item 12, p. 332.
2_____. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 91. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 629.
3_____. _____. Q. 208.
4VINÍCIUS (pseudônimo de Pedro de Camargo). Nas pegadas do mestre. 12. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. Ser, e não parecer, p. 71.
5_____. _____. p. 72.
6VIEIRA, Waldo. Bem-aventurados os simples. Pelo Espírito Valérium. 15. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 39, p. 101.
7_____. _____. p. 100-101.
8HOURDAKIS, Antoine. Aristóteles e a educação. Trad. Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Edições Loyola, 2001. Cap. A etologia da educação, p. 56.
9KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 91. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Comentário de Kardec à q. 685a.
10_____. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 129. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 13, item 4.   http://www.febnet.org.br/reformadoronline/pagina/?id=183      Clara Lila Gonzales de Araújo

20/11/2010

ALCOOLISMO JUVENIL: UMA OMISSãO FAMILIAR

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“Não se educa sendo deseducado. Não se disciplina sem estar disciplinado.” (Amélia Rodrigues, no Livro “Sementeira da Fraternidade”, de Divaldo P. Franco.)

Cresce no meio jovem o consumo de bebidas alcoólicas.

Bares, restaurantes, lanchonetes, clubes sociais, avenidas estão repletas de jovens que, displicentemente, fazem uso, em larga escala e abertamente, das bebidas deletérias e nocivas que não só desfiguram e arrasam o corpo como agridem e violentam o caráter.

Contra outros tipos de tóxicos levanta a sociedade, mesmo que palidamente, no combate, nem sempre eficaz, mas o álcool, esse “veneno livre”, campeia à solta, e quase sempre apoiado por grandes e bem produzidas campanhas de mídia e aceito com naturalidade por nós.

Tomar um “gole” ainda hoje, em pleno século XXI, quando o homem já foi à lua, passeou com um robô de controle remoto em marte e avança esplendidamente em todos os setores da ciência, inclusive em conhecimentos de medicina, é um ato de afirmação do jovem, como sinônimo de que ele já começa a adentrar o sonhado mundo dos adultos. Puro engano.

Pena que a sua visão de vida e os seus objetivos na existência, muito acanhados, não lhe permitam identificar, também por falta de conscientização que o adulto não lhe deu, o abismo em que está mergulhando.

Uma organização infanto-juvenil, em formação, sem dúvida, com ingestão de álcool não poderá possuir a saúde que teria se evitasse o consumo de tão corrosiva substância. Isso, evidentemente, sem citar os estragos morais da personalidade.

Mas o problema é muito sério e de uma gravidade sem contas.

Temos sim, necessidade de maior participação de nossas autoridades constituídas, que muitas vezes laboram com grandes deficiências de material humano e de equipamentos, ante a situação caótica em que vive a sociedade.

Precisamos também que o comércio de bebidas alcoólicas não venda essa “tragédia engarrafada ou enlatada” aos menores.

No entanto, a solução só virá com a devida conscientização da família. Não haverá outro meio e nem outros mecanismos que evitem a derrocada da grande maioria dos nossos jovens.

Já foi dito que a criança ou o jovem imitam o adulto, isso significa dizer que se o jovem está utilizando o álcool foi porque viu o adulto fazê-lo.

E o que é mais grave, esses jovens, em grande escala, consomem bebidas junto com seus pais, em clima de festa, de euforia mesmo. Lamentável.

Indiscutivelmente, pais que consomem álcool não têm moral para impedir que os filhos o façam. Não terão autoridade para dizer que faz mal à saúde física e ao caráter, pois que são escravos do vício.

É triste, muito triste mesmo, identificar que muitos alcoólatras que afirmam não sê-lo, escondem-se atrás das bebidas sociais, sim, aquelas que se consomem nas rodas da sociedade. O alcoólatra não é somente aquele que se estende numa sarjeta, mas é todo consumidor de álcool.

Dolorosa realidade a do alcoolismo juvenil; mais dolorosa ainda é constatar, sem qualquer equívoco, a omissão da família. Esses pais, indiferentes e descuidados, estimulam ou se omitem hoje, para, provavelmente, chorarem amanhã, quando dificilmente haverá tempo para reparos.

Os nossos jovens precisam muito mais do que roupas da moda, carros do ano, motos envenenadas, escolas de alto nível, médicos especializados. Eles precisam de educação, que só virá através dos exemplos dos adultos, especialmente dos adultos com quem convivem.

O jovem que se dá ao consumo de bebidas alcoólicas é vítima, muito frequentemente, vítima da omissão familiar.

Portanto, pouco vai adiantar instituição de leis, normas, fiscalizações se entre as paredes do lar a indiferença continuar.

Alcoolismo juvenil: a família precisa acordar.

WALDENIR APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São Paulo (Brasil)http://www.oconsolador.com.br/ano4/185/principal.html

19/11/2010

ANDAI, ENQUANTO TENDES LUZ

 

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“Disse-lhes então Jesus: Ainda por um pouco de tempo a luz está entre vós.
Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai.” (João, 12:35.)

A passagem em epígrafe refere-se a um diálogo de Jesus com estrangeiros que foram à Palestina, especialmente, para conhecê-lo. A narrativa de João envolve aspectos interessantes dessa conversa, mas aqui queremos nos ater à advertência final acima transcrita, que Jesus dirige, não só a eles, mas a todos os que o ouviam e, se considerarmos os aspectos mais profundos do ensinamento, a todos nós. Muitas indagações emergem em nossa mente diante dessa passagem: Para onde deveriam dirigir-se os que acolhessem a indicaçãode andar? e, nesse caso, o imperativo está atrelado à luz como condição favorável que se apresentava aos estrangeiros, naquele momento histórico, que deduzimos ser a própria presença do Mestre. Naturalmente, Jesus sabia do que lhe ocorreria na sequência daqueles dias e percebia que não ficaria por longo tempo entre seus discípulos.

Precisamos entender, contudo, que todo ensinamento evangélico tem propósitos mais amplos e transcendentais. Considerando a referência ao Reino como orientação expressa em linguagem metafórica,

compreenderemos que o Reino deDeus não é um lugar e o verbo andar não significa o ato de deslocar-se espacialmente na Terra. Jesus mesmo esclareceu que ninguém pode dizer que o Reino esteja aqui

ou ali, porquanto ele estaria dentro de nós mesmos, sendo, portanto, uma condição a ser criada pelo indivíduo num processo subjetivo de realização. Tudo o que aconteceu depois pode, sem qualquer dúvida, ser identificado com a condição adversa de obscuridade que dificultou a vida das criaturas humanas identificadas com os ideais cristãos: as perseguições sofridas, os sacrifícios no circo romano, as lutas para a consolidação do movimento de divulgação da Boa Nova, a oficialização do Cristianismo como religião do Estado, que determinaria a descaracterização da doutrina ensinada pelo Cristo, o longo período da Idade Média, que somente cessou com o advento do Renascimento já no século XV.

Hoje, ainda, o homem se confronta com grandes obstáculos, para realizar o que Jesus propôs. Notáveis avanços marcam a história da Humanidade, mas, no que tange à cultura ocidental, parece-nos que a condição favorável para o caminhar do homem no sentido de realizar o que lhe cabe – espiritualizar-se – voltou aos cenários do mundo com o advento do Espiritismo, cujas proposições oferecem a chave que nos permite entender os ensinamentos do Evangelho. Coloquemo-nos, pois, como os atuais destinatários da fala do Mestre. Precisamos tomar consciência de que vivemos um momento favorável ao trabalho interior, para fazer aflorar as virtudes que ainda estão em estado potencial dentro de nós.

O caminho para isso está disponível, caso nos decidamos aos estudos sérios a que somos convocados pelo Espiritismo.Nada se pode conquistar, sem esforço e luta. Nosso empenho será maior, quando  compreendermos que o tempo é um recurso valioso que, embora se renove em outras oportunidades, é, de certa forma, limitado.Nossa permanência na situação favorável depende do aproveitamento da chance que está sendo dada. Na sequência dos acontecimentos, o quadro pode se alterar e maiores se tornarão os obstáculos a serem superados. Busquemos, pois, assimilar o ensinamento principal de Jesus –“Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos”.


Esforcemo-nos para nos tornarmos discípulos do Mestre e estaremos criando condições para superar as amarras materiais e alcançar o conhecimento da verdade que liberta totalmente a criatura da ignorância e do erro.O momento é favorável, o Consolador está entre nós. Sigamos em paz!

SALMO 23

”Cria em mim, ó Deus,  um coracao puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.”( salmo, 51:10)

Mario Frigeri

O Senhor é meu Pastor

E nada me falatará;

Em campinas verdejantes Faz minha alma repousar.

E por veredas de pazE alvoradas  de luz

Eu sigo cada vez mais

Conduzido por Jesus.

Por acaso se um dia eu andasse

Pelo vale da sombra da morte

Mantereria meu animo forte,

Amparado na luz da oracao.

A esperanca e a misericórdiaSeguiriam à frente comigo,

Porque sei que tu és meu amigo

E que moras no meu coracao.

http://www.febnet.org.br