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31/10/2010

O QUE É A MENTE HUMANA? COMO FUNCIONA?

a mente humana

A mente é um canal de comunicação a serviço do Espírito. Nela ocorre o processamento do desejo e da vontade, que se inicia na essência do Espírito. Conecta-se ao cérebro, graças às propriedades do perispírito, no qual se localiza e se mantém, mesmo após a morte do corpo físico. Segundo a Psicologia Analítica, de Carl Gus-tav Jung, a mente ou psiquismo humano se compõe de Inconsciente e Consciência. O Inconsciente se divide em Pessoal e Coletivo. É no Inconsciente Coletivo que se situam os Arquétipos, estruturas psíquicas que determinam e direcionam o comportamento humano. Já o Inconsciente Pessoal se compõe principalmente dos Complexos, núcleos funcionais carregados de afeto, resultantes emocionais das experiências. Na mente também se processam os pensamentos e as emoções, pois é nela que se encontram gravadas as experiências do Espírito, e tudo que lhe acontece. A relação ente a Consciência e o Inconsciente é de compensação, isto é, toda tensão existente em uma dessas partes será compensada na outra. A Consciência é produto do Inconsciente, sendo este matriz de todas as atividades que nela ocorrem, bem como do surgimento do Ego ou Eu. É pela mente que passam os fenômenos mediúnicos intelectivos.
O impulso para a vida nasce no Espírito, essência divina, ou individualidade imortal, indo em direção do Inconsciente, a-
travessando-o, até atingir a Consciência e, por fim, se transformar em comportamento, pela ação do Ego. Nesse percurso, saindo do Espírito até chegar ao Ego, alquimicamente mistura emoções, pensamentos e sentimentos com conteúdos do Inconsciente e da própria Consciência, eliciando um con-junto de comportamentos que delineiam o que se conhece com o nome de Personalidade. A personalidade de uma pessoa é o conjunto de seus comporta-mentos, pensamentos e emoções que se formam em determinado momento ou fase da vida. Ela é mutável durante toda a encarnação e, principalmente, no intervalo entre encarnações.
A mente é um importante “órgão” para o Espírito e seu principal meio de contato com a dimensão em que se situa. Ela é a “usina” processadora da Energia Psíquica a serviço da evolução do Espírito, merecendo atenção, cuidados e uso constante da amorosidade.

Adenáuer Novaes
Adenáuer Novaes é Psicólogo Clínico, um dos diretores da Fundação Lar Harmonia, Salvador-BA; Apresentador do Programa Alquimia da Alma -Rádio Boa Nova, residente no Brasil. “Jornal de Estudos Psicológicos” Ciência, Filosofia e Religiao.

28/10/2010

PUREZA ESPIRITUAL. O GRAU MÁXIMO DO ESPÍRITO

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Uma das questões mais interessantes e com relevância capital na Doutrina Espírita é o processo evolutivo do Ser.

Sempre se utilizando de uma primorosa argumentação lógica, o Espírito da Verdade e seu nobres colaboradores esclarecem sobre pontos fundamentais, desde a criação até o grau máximo de pureza que o Espírito é suscetível.

Visando este entendimento, consideramos Deus a inteligência suprema e a causa primária de todas as coisas, constatando a sua grandiosidade através de suas obras (sem se confundir com as mesmas), regendo o Universo pelas imutáveis Leis Naturais, destacando-se a soberana Justiça e Bondade.

Universo este que não restringe-se até onde o limitado conhecimento humano atual pode perceber, porém compreende a Criação em sua generalidade, possuindo somente dois elementos essenciais e distintos entre si: o inteligente e o material.

Uma vez criado simples e ignorante, inicia-se a jornada evolutiva do ser inteligente (nas diversas moradas da casa do Pai), ligando-se à matéria em seus diferentes estados e estagiando nos diversos Reinos da Natureza. Este processo é igual para todos, não existindo seres criados em condições privilegiadas. Em cada etapa, estamos nos preparando para a realização espiritual, visto que já trazemos latente a perfeição relativa (somos perfectíveis).

Tendo o Espírito entrado no período da Humanidade, lhe desperta a razão e exercita-se no livre-arbítrio, descobrindo vagarosamente sobre a sua própria realidade. Continuando a desenvolver as suas potencialidades, aprimora-se moral e intelectualmente, incentivado ao progresso pelas Leis Naturais, certo de que tudo se encadeia na Natureza por laços que a compreensão ainda esforça-se por alcançar, mas já vislumbrando as suas bases de Justiça.

Por isto todos são essencialmente iguais diante da paternidade Divina, tivemos o mesmo início, tivemos e teremos as mesmas oportunidades evolutivas mantendo, porém, a individualidade. Não existe dualidade na realização espiritual (bom/mau, masculino/feminino, sábio/ignorante) apenas unidade ontológica (natureza comum inerente a todos e a cada ser)

Entretanto, abordar o último grau da escala evolutiva (ou qualquer um superior ao atual) requer uma aproximação cuidadosa, visto não termos condições intelectuais plenas para a compreensão integral, somente genérica. Mas fugir a estas considerações é não exercitar a inteligência.

Podemos recorrer ao famoso Mito da Caverna, de Platão, como sendo uma boa referência para este caso, onde comparativamente devemos buscar a análise da realidade nos afastando, no mundo dos sentidos, das sombras (aparências) para o mais próximo possível da fonte luminosa (chegando ao mundo das idéias, de preferência...).

É possível afirmarmos, baseados nas informações de Espíritos de escol (como o Espírito da Verdade) constantes nas obras da Codificação e confirmadas pelo critério da Universalidade (ou seja, não é opinião pessoal) que atingiremos um determinado grau evolutivo, onde não mais necessitaremos reencarnar visto a finalização do percurso de todas as etapas evolutivas (LE-113 e outras).

Voltando às sombras citadas no Mito da Caverna, existe um ponto aparentemente paradoxal para alguns leitores quando consideramos que na própria Codificação o progresso é tratado como uma Lei Natural logo tudo deve evoluir... Será que o progresso espiritual não existe após a última escala? Pode-se ter a impressão de que algo não está certo pois foi a mesma plêiade de Espíritos Superiores que confirmou a Lei do Progresso...

Uma das chaves para compreender esta aparente contradição encontra-se numa das questões do próprio capítulo que trata sobre o progresso n´O Livro dos Espíritos (LE-783), que afirma “... o Homem não pode permanecer perpetuamente na ignorância pois deve chegar ao fim determinado pela Providência ...”. Sendo assim, concluímos que existe um objetivo a ser alcançado, e este objetivo é a perfeição de que somos suscetíveis.

Outra chave para entendermos o problema é a reflexão sobre algo que é intrínseco à evolução: o tempo. Encontramos n´A Gênese, Cap. VI – Uranografia Geral: “O tempo não é senão uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias; a eternidade não pode ser mensurada do ponto de vista de sua duração; para ela tudo é presente.” (ver também Cap. XVI – Teoria da Presciência). Não precisamos recorrer à Teoria Geral da Relatividade nem à Mecânica Quântica ou qualquer teoria científica sobre o tempo (e espaço) pois não alterariam o sentido filosófico desta questão: Os Espíritos Puros não sofrem a ação do tempo visto que já não sofrem os efeitos impuros da matéria (apesar de atuarem sobre ela) logo não se purificam mais do que já estão, não mudam de um estado inferior para um superior. O tempo nesta condição não existe como o percebemos aqui...

Novamente na questão LE-113 encontramos que este é o estado dos Espíritos Puros, que gozam de felicidade inalterável e não sofrem as vicissitudes e necessidades da vida material. São os mensageiros de Deus e concorrem para a harmonia universal, dirigindo e assistindo aos Espíritos que lhes são inferiores. Os homens podem comunicar-se com eles, mas bem presunçoso seria este último que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens.

Existem muitas outras passagens na Codificação que afirmam que o Espírito atingirá o grau máximo de sua perfeição (pureza) mas apenas citaremos mais uma: LE-116 “... todos se tornarão perfeitos”.

Assim, diversas considerações fundamentais podem ser extraídas dos princípios acima, destacando-se:

1. Todos fomos criados simples e ignorantes e estagiamos em diferentes situações na matéria para desenvolver o potencial da perfeição relativa que já possuímos (perfectibilidade);

2. O processo evolutivo do Espírito finaliza-se quando atinge a perfeição de que é suscetível (desenvolvimento moral e intelectual máximo, felicidade plena e inalterável). Neste estado não há mais necessidade de evoluir, pois sua situação espiritual não será alterada. A noção de tempo atual desaparece perante a eternidade. O Espírito Puro é atemporal.

3. Concorrerá ativamente para a manutenção do Universo onde, mesmo não sentindo as necessidades e vicissitudes da vida material permanecerá ligado à matéria sutil, atuando através do pensamento e da vontade pelo perispírito, que é o seu instrumento de atuação (ver LM-55: em qualquer de seus graus, o Espírito sempre possuirá o perispírito, visto ser o agente de sua vontade. Ver LE-186: ... tal é o estado dos Espíritos Puros, que só têm por envoltório o perispírito...).

4. Poderá comunicar-se com encarnados (novamente a necessidade do perispírito pois utilizará os recursos fluídicos necessários para tanto) incentivando-nos ao progresso para que também realizemos a perfeição espiritual relativa e colaboremos de maneira específica na manutenção do Universo.

5. A Lei de Progresso é válida enquanto ligada à noção de tempo, que por sua vez varia no Universo.

Assim, apesar de praticamente todos nós não estarmos habituados a pensar em algo sem o tempo e matéria como referências (vivenciamos o mundo dos sentidos), verificamos através do raciocínio que os argumentos logicamente tratados pelos Espíritos Superiores sobre a perfeição relativa, o grau máximo da pureza espiritual, são coerentes e sinalizam a conquista da felicidade plena.

Marco Milani
Brasil

Boletim GEAE
Grupo de Estudos Avançados Espíritas
http://www.geae.inf.br

25/10/2010

OS ESPÍRITOS SE COMUNICAM. PROVAS E EVIDÊNCIAS

Mantida em segredo a comunicacao espiritual no seio da Igreja Católica em pleno Vaticano. Espíritos falando através de aparelhos. Provas e Evidências da vida além a vida.

Neste importante vídeo você encontrará evidências da  grandiosidade do Universo, da inexistência da morte e da imortalidade da alma. Graças a Espíritos investigadores, como  o do Sr. Clóvis Nunes, temos de forma acessível palestras,  e informações com o desdobrar da existência do além-túmulo.
Esta palestra, realizada no I SIMESPE,  contém informacoes valiosíssimas sobre a comunicaçao espiritual no seio do Vaticano, antes guardadas a sete chaves. Clóvis  que é Professor, Projetista,Técnico Parapsicólogo, Pesquisador de fenômenos paranormais, especialista em comunicacao instrumental, autor de conferências no Brasil e exterior, nos fala sobre o I Museu Cristao de Além Túmulo, fundado em Roma, ou, Museu das Almas do Purgatório “(Ele guarda registros do que seriam aparições de pessoas mortas. Pessoas que teriam voltado do além ou do purgatório para pedir orações.Na doutrina católica, o
purgatório é um estado de espera. Um lugar de almas em purificação).

…Um segredo guardado há pelo menos 104 anos pela Igreja Católica, onde os espíritos se comunicam também no seio da própria Igreja. No Museu das Almas do Purgatório, em Roma, estão registrados, silenciosamente, fatos incontestáveis que legitimam a comunicação de espíritos.” Fonte: Wikipédia

Clóvis, nos explica também sobre a TCI - Transcomunicacao Instrumental de forma simples e clara. É longo o vídeo, –desculpem-, mas vale a pena assistir até o final!

"O diálogo com os mortos não deve ser interrompido porque, na realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo."

(Papa João Paulo II)

23/10/2010

MÉDIUNS E MEDIUNIDADE: Palestra proferida pelo Dr. Sérgio Felipe de Oliveira no 6° Congresso Espírita Mundial

 

Palestra Médiuns e Mediunidade proferida pelo Dr. Sérgio Felipe de Oliveira no 6º Congresso Espírita Mundial que aconteceu no dia 11/10/2010 em Valencia na Espanha

Esclarecedora Conferência do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, que, ao final, foi aplaudido de pé pelos presentes. Assista abaixo:

 

Palestra Médiuns e Mediunidade com Dr. Sérgio Felipe de Oliveira

22/10/2010

DOÇURA, PACIÊNCIA, BONDADE

o milagre do amor
Se o orgulho é o germe de uma multidão de vícios, a caridade produz muitas virtudes. Desta derivam a paciência, a doçura, a prudência. Ao homem caridoso é fácil ser paciente e afável, perdoar as ofensas que lhe fazem. A misericórdia é companheira da bondade. Para uma alma elevada, o ódio e a vingança são desconhecidos. Paira acima dos mesquinhos rancores, é do alto que observa as coisas.

Compreende que os agravos humanos são provenientes da ignorância e por isso não se considera ultrajada nem guarda ressentimentos. Sabe que perdoando, esquecendo as afrontas do próximo aniquila todo germe de inimizade, afasta todo motivo de discórdia futura, tanto na Terra como no espaço.
A caridade, a mansuetude e o perdão das injúrias tornam-nos invulneráveis, insensíveis às vilanias e às perfídias: promovem nosso desprendimento progressivo das vaidades terrestres e habituam-nos a elevar nossas vistas para as coisas que não possam ser atingidas pela decepção.
Perdoar é o dever da alma que aspira à felicidade. Quantas vezes nós mesmos temos necessidade desse perdão? Quantas vezes não o temos pedido? Perdoemos a fim de sermos perdoados, porque não poderíamos obter aquilo que recusamos aos outros. Se desejamos vingar-nos, que Isso se faça com boas ações. Desarmamos o nosso Inimigo desde que lhe retribuímos o mal com o bem. Seu ódio transformar-se-á em espanto e o espanto, em admiração.

Despertando-lhe a consciência obscurecida, tal lição pode produzir-lhe uma impressão profunda. Por esse modo, talvez tenhamos, pelo esclarecimento, arrancado uma alma à perversidade. O único mal que devemos salientar e combater é o que se projeta sobre a sociedade. Quando esse se apresenta sob a forma de hipocrisia, simulação ou embuste, devemos desmascará-lo, porque outras pessoas poderiam sofrê-lo; mas será bom guardarmos silêncio quanto ao mal que atinge nossos únicos interesses ou nosso amor-próprio.
A vingança, sob todas as suas formas, o duelo, a guerra, são vestígios da selvageria, herança de um mundo bárbaro e atrasado. Aquele que entreviu o encadeamento grandioso das leis superiores, do princípio de justiça cujos efeitos se repercutem através das idades, esse poderá pensar em vingar-se?
Vingar-se é cometer duas faltas, dois crimes de uma só vez; é tornar-se tão culpado quanto o ofensor. Quando nos atingirem o ultraje ou a injustiça, imponhamos silêncio à nossa dignidade ofendida, pensemos nesses a quem, num passado obscuro, nós mesmos lesamos, afrontamos, espoliamos, e suportemos então a injúria presente como uma reparação. Não percamos de vista o alvo da existência que tais acidentes poderiam fazer-nos olvidar.

Não abandonemos a estrada firme e reta; não deixemos que a paixão nos faça escorregar pelos declives perigosos que poderiam conduzir-nos à bestialidade; encaminhemo-nos com ânimo robustecido. A vingança é uma loucura que nos faria perder o fruto de muitos progressos, recuar pelo caminho percorrido.

Algum dia, quando houvermos deixado a Terra, talvez abençoemos esses que foram inflexíveis e intolerantes para conosco, que nos despojaram e nos cumularam de desgostos; abençoá-los-emos porque das suas iniqüidades surgiu nossa felicidade espiritual. Acreditavam fazer o mal e, entretanto, facilitaram, nosso adiantamento, nossa elevação, fornecendo-nos a ocasião de sofrer sem murmurar, de perdoar e de esquecer.
A paciência é a qualidade que nos ensina a suportar com calma todas as impertinências. Consiste em extinguirmos toda sensação, tornando-nos indiferentes, inertes para as coisas mundanas, procurando nos horizontes futuros as consolações que nos levam a considerar fúteis e secundárias todas as tribulações da vida material.
A paciência conduz à benevolência. Como se fossem espelhos, as almas reenviam-nos o reflexo dos sentimentos que nos inspiram. A simpatia produz o amor; a sobranceria origina a rispidez.
Aprendamos a repreender com doçura e, quando for necessário, aprendamos a discutir sem excitação, a julgar todas as coisas com benevolência e moderação. Prefiramos os colóquios úteis, as questões sérias, elevadas; fujamos às dissertações frívolas e bem assim de tudo o que apaixona e exalta.
Acautelemo-nos da cólera, que é o despertar de todos os instintos selvagens amortecidos pelo progresso e pela civilização, ou, mesmo, uma reminiscência de nossas vidas obscuras. Em todos os homens ainda subsiste uma parte de animalidade que deve ser por nós dominada à força de energia, se não quisermos ser submetidos, assenhoreados por ela. Quando nos encolerizamos, esses instintos adormecidos despertam e o homem torna-se fera. Então, desaparece toda a dignidade, todo o raciocínio, todo o respeito a si próprio.

A cólera cega-nos, faz-nos perder a consciência dos atos e, em seus furores, pode Induzir-nos ao crime. Está no caráter do homem prudente o possuir-se sempre a si mesmo, e a cólera é um indício de pouca sociabilidade e muito atraso. Aquele que for suscetível de exaltar-se, deverá velar com cuidado as suas impressões, abafar em si o sentimento de personalidade, evitar fazer ou resolver qualquer coisa quando estiver sob o império dessa terrível paixão.
Esforcemo-nos por adquirir a bondade, qualidade inefável, auréola da velhice, a bondade, doce foco onde se reaquecem todas as criaturas e cuja posse vale essa homenagem de sentimentos oferecida pêlos humildes e pêlos pequenos aos seus guias e protetores.
A indulgência, a simpatia e a bondade apaziguam os homens, congregando-os, dispondo-os a atender confiantes aos bons conselhos; no entanto, a severidade dissuade-os e afugenta.

A bondade permite-nos uma espécie de autoridade moral sobre as almas, oferece-nos mais probabilidade de comovê-las, de reconduzi-las ao bom caminho. Façamos, pois, dessa virtude um archote com o auxílio do qual levaremos luz às inteligências mais obscuras, tarefa delicada, mas que se tornará fácil com um sentimento profundo de solidariedade, com um pouco de amor por nossos irmãos.

Léon Denis – Depois da Morte –Cap. XLVIII

20/10/2010

TEU CARMA

  borboleta
       Teu carma é o efeito daquilo que causaste.
       Modifica teu carma, mudando tuas ações.
       Ao transformares teu modo de ser, transformarás as reações na tua existência.
       Podes modificar o teu carma, aceitando o teu hoje e reprogramando tuas atitudes desagradáveis.
       Ninguém te machuca, tu é que te machucas, mas não percebes; por isso, acusas os outros.
       Ninguém te faz infeliz, tu é que esperas que os outros te façam feliz.
       A lei do retorno, isto é, a ciclicidade inexorável do tempo, faz com que tudo sempre volte ao ponto de partida; logo, é importante lembrarmos:
       *se mudares suas ações, estarás mudando teu carma;
       *erros acontecem para ensinar;
       *edificação íntima requer esforço pessoal;
       *daquilo que deste receberás multiplicado;
       *teu carma é o resultado de tuas ações, pois
"a cada um de acordo com o seu comportamento".
       Analisa atentamente a ligação entre situações, idéias e acontecimentos. Observa o nexo causal de tudo o que acontece em tua existência e verás que não são
por sí só os fatos de vidas passadas que te complicam a existência na atualidade, e sim a perpetuação dos velhos modos de pensar e de agir, das crenças incoerentes e dos pontos de vista contraditórios.
Do livro: Um Modo de Entender, uma nova forma de viver  Francisco do Espírito Santo Neto - Ditado por Hammed

17/10/2010

DIVALDO CONFIRMA VOLTA DE EMMANUEL e FALA SOBRE O RETORNO DE JOANNA DE ÂNGELIS POR VOLTA DE 2015

Assista, maravilhosa entrevista concedida a TV FEEVALE – Programa Autografando, onde Divaldo, um dos maiores médiuns da atualidade, já tendo psicografado mais de duzentos livros, fala sobre a volta de Emmanuel – reencarnado numa cidade do interior de Sao Paulo e o retorno de Joanna de Ângelis por volta do ano de 2015. O médium fala ainda  sobre os animais no plano espiritual, transexualidade, lesbianismo e pederastia.

 

Uma feliz semana a todos!

15/10/2010

DA OBSESSAO

obsessao 

No número das dificuldades que a prática do Espiritismo apresenta é necessário colocar a da obsessao em primeira linha.

A obsessao como já sabemos é o domínio que alguns espíritos tentam exercer sobre certas pessoas, é sempre praticada pelos espíritos inferiores; estes agarram-se às suas vítimas fazendo-os suas presas, quando dominam conduzem estas como se fossem criancas. Os bons espíritos ao contrário, estao sempre nos aconselhando, tentando combater a influência dos maus e quando nao atendidos retiram-se.

A obsessao apresenta diversos caracteres, que é preciso se distinguir. Obsessao é um termo genérico, e que designa esta espécie de fenômeno, e suas principais variedades sao:

- a obsessao simples;

1. A obsessao simples é quando um espírito malfazejo se impoe a um médium e se imiscui nas comunicacoes dele impedindo-o de se comunicar com outros Espíritos e SE APRESENTA NO LUGAR DOS QUE SAO EVOCADOS. O melhor médium se encontrta exposto a isso, sobretudo no comeco das suas atividades mediúnicas, quando ainda lhe falta a experiência; Neste tipo de obsessao (simples), o médium sabe muito bem que se acha presa de um Espírito mentiroso, pois o Espírito nao disfarca suas más intencoes. Este tipo de obsessao é de efeito desagradável, nao tendo outros inconvenientes, apenas o de opor obstáculos às comunicacoes em que se deseja receber do Espíritos sérios.

-a fascinacao;

2. A fascinacao tem consequências muito mais graves. Ela chega a paralizar o raciocínio do médium deixando sob a ilusao, pois o mesmo nao acredita que esteja sendo enganado, visto que o Espírito obsessor tem a arte de lhe inspirar confianca cega, impedindo o médium de ver o embuste (1) e de compreender o absurdo que escreve, ainda que este absurdo salte aos olhos de todos. Chega ao ponto de achar “sublime” a linguagem mais ridícula. Deste tipo de obsessao nao estao isentos nem as pessoas de mais espírito, os mais instruídos e os mais inteligentes. Graves sao as consequências da fascinacao, ela conduz o indivíduo do qual chegou a apoderar-se, como se fosse um cego, podendo levá-lo as doutrinas mais estranhas, as teorias mais falsas, como se fossem a expressao da verdade, levando-o alguma das vezes a situacoes ridículas, comprometedoras e perigosas.

A diferenca que existe entre a obsessao simples e a fascinacao é que na primeira o Espírito que se agarra à pessoa nao passa de um importuno pela sua esperteza de quem aquela se impacienta por se desembaracar. Na fascinacao é necessário que o Espírito seja ardiloso e profundamente hipócrita, por nao poder operar na mudanca que desejaria, e fazer-se acolhido – bem vindo-, senao por meio da máscara que toma de um falso aspecto de virtude. A caridade, humildade e amor de Deus-, lhe servem como carta de crédito, porém mesmo com tudo isso deixa passar sinais de inferioridade, que só a fascinacao é incapaz de perceber. O que mais eles temem sao as pessoas que conseguem ver claro.

-e a subjugacao.

3. A subjugacao, é uma constricao que paraliza a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mal grado. Numa palavra: o paciente fica sob seu verdadeiro jugo. Esta pode ser moral ou corporal; na primeira o constrangido é obrigado a tomar resolucoes muitas vezes absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusao ele julga sensatas: é como uma fascinacao. No segundo caso – a fascinacao corporal- o Espírito atua sobre os órgaos materiais e provoca movimentos involuntários. No médium escrevente tem uma necessidade incessante de escrever, ainda que seja nos momentos menos oportunos, as vezes falta a pena, o lápis, entao simulam escrever com o dedo, onde quer que se encontrem, mesmo nas ruas, portas ou paredes. Pode levareste médium aos atos mais ridículos como o de um homem que nao era jovem nem belo e que, sob o império de uma obsessao dessa natureza, se via constrangido por uma forca irresistível, a pôr-se de joelhos diante de uma moca a cujo respeito nenhuma pretencao nutria pedi-la em casamento. Outras vezes sentia dores nas costas e uma pressao enérgica, que o forcava, nao obstante a resistência que ele que ele opunha, a se ajoelhar e a beijar o chao nos lugares públicos e em presenca da multidao. Esse homem passava por louco entre as pessoas de suas relacoes, estamos porém, convencidos de que nao o era, pois o mesmo tinha consciência plena do ridículo do que fazia contra sua vontade e com isso sofria horrivelmente.

Antigamente dava-se o nome de posssessao ao império exercido por maus Espíritos, quando a influência ia até a aberracao das faculdades da vítima.

Reconhece-se a obsessao pelas seguintes características:

1a a persistência de um Espírito em se comunicar, bom ou mal grado, pela escrita, pela audicao, pela tipologia, etc.

2ª Ilusao que o médium ficará impedido de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicacoes que recebe.

3ª Crenca na infabilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem coisas falsas ou absurdas.

4ª Confianca do médium nos elogios que lhe dispensam os Espíritos que por ele se comunicam.

5ª Disposicao para se afastar de pessoas que podem emitir opinioes aproveitáveis.

6ª Tomar a mal a crítica das comunicacoes que recebe.

7ª Necessidade incessante e inoportuna de escrever.

8ª Constrangimento físico qualquer, dominando-lhe a vontade e forcando-o a agir ou a falar a seu mal grado.

9ª Ruídos e transtornos em redor do médium, causados por ele ou tendo-o por alvo.

Em face do perigo da obsessão, ocorre perguntar se não é inconveniente ser médium, se não é essa faculdade que a provoca, enfim, se não é isso uma prova da inconveniência das comunicações espíritas. Nossa resposta é fácil e pedimos que a meditem cuidadosamente.

Não tendo sido os médiuns nem os espíritas que criaram os Espíritos, mas sim os Espíritos que deram origem aos espíritas e aos médiuns, e sendo os Espíritos simplesmente as almas dos homens, é evidente que sempre exerceram sua influência benéfica ou perniciosa sobre a Humanidade. A faculdade mediúnica é para eles apenas um meio de se comunicarem, e na falta dessa faculdade eles se comunicam por mil outras maneiras mais ou menos ocultas. Seria errôneo, pois, acreditar que os Espíritos só exercem sua influência através das comunicações escritas ou verbais. Esta influência é sempre permanente e até aqueles que nao se preocupam com os Espíritos, ou nem mesmo crêem na sua existência, estão expostos a ela como os outros, e até mais do que os outros, por não disporem de meios de defesa. É pela mediunidade que conheceremo os Espíritos, se ele for mau, sempre se trai.

Em resumo: o perigo não está no Espiritismo, desde que este pode, pelo contrário, servir-nos de controle e preservar-nos do risco incessante a que nos expomos sem saber. Ele está na orgulhosa propensão de certos médiuns a se considerarem muito levianamente instrumentos exclusivos dos Espíritos superiores, e na espécie de fascinação que não lhes permite compreender as tolices de que são intérpretes.

A saber: A fascinação é mais comum do que se pensa. No meio espírita ela se manifesta de maneira ardilosa através de uma avalanche de livros comprometedores, tanto psicografados como sugeridos a escritores vaidosos, ou por meio de envolvimento de pregadores e dirigentes de instituições que se consideram devidamente assistidos para criticarem a Doutrina e reformularem os seus princípios.

Manias trejeitos, esgares, tiques nervosos e estados permanente de irritação provêm em geral de subjugações corpóreas. Conta-se por milhares os casos de cura obtida em sessões espíritas. Os médicos espíritas, hoje numerosos, geralmente conhecem essa causa e encaminham os clientes a trabalhos apropriados. Os médicos não espíritas continuam a dar de ombros e a rir do que não conhecem, como faziam os seus colegas do tempo de Pasteur a respeito das infecções.

A terminologia espírita como se vê, é específica e perfeitamente ajustada aos novos conceitos decorrentes das pesquisas mediúnicas. Alguns confrades costumam substituir essa terminologia por outra derivada das Ciências contemporâneas. Não vemos razão para isso nos quadros doutrinários. Cada Ciência possui a sua linguagem própria, e a Ciência Espírita se encontra bem  aparelhada nesse sentido. Por outro lado, os conceitos espíritas nem sempre encontram expressão adequada na terminologia científica atual. (1)Embuste: :

(1) simulação logro ardil tramóia . (2) Constricao: tomar segurar assegurar . (3) Subjugacao: Ter o domínio, ter sob domínio, dominar, conquistar, vencer.

(L.M. Cap. XXIII  Q.239)  "Fascinação é uma ilusão (engano dos sentidos ou da mente, que faz se tome uma coisa por outra; que se interprete erroneamente um fato ou uma sensação), produzida pela ação direta do pensamento do Espírito comunicante sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio".
(Dicionário Aurélio) ? Fascinação é a atração irresistível, o deslumbramento, o encanto que uma pessoa sente por se transformar em outra pessoa bem melhor que ela, ao seu juízo.
O médium fascinado não acredita que o estejam enganando. O obsessor desenvolve a arte de inspirar confiança cega que impede o médium de perceber o embuste e de compreender o absurdo de seu comportamento.
É erro acreditar que a essa modalidade de obsessão só estão sujeitos médiuns simples, ignorantes e desprovidos de crítica. Dela não se acham isentos nem os mais instruídos, nem os mais inteligentes.
Graças à ilusão que ocorre com a fascinação, o Espírito obsessor pode levar sua vítima a aceitar as situações mais estranhas possíveis como normais, as teorias mais falsas como se fossem a única expressão da verdade.
São presas fáceis da fascinação os médiuns que ainda não conseguiram superar os efeitos de:
1) vaidade (desejo imoderado de atrair admiração dos homens);
2) orgulho (conceito elevado ou exagerado de si próprio);
3) narcisísmo (amor excessivo a si mesmo);
4) egoísmo (exclusivismo que faz o indivíduo referir tudo a si próprio);
5) presunção (ato ou efeito de presumir; de vangloriar-se; de formar de si grande opinião);
6) arrogância (tomar como seu; atribuir a si);
7) ambição (desejo veemente de fortuna, de glória, de honrarias, de poder; cobiça.)
Os Espíritos que provocam a obsessão simples e a fascinação diferem em caráter. Na obsessão simples, o obsessor caracteriza-se pela tenacidade e persistência do seu pensamento. No caso da fascinação, o obsessor distingue-se pela ardilosidade e hipocrisia (impostura; fingimento; falsidade; simulação).
O fascinador teme Espíritos críticos, racionais. Por isso sua tática mais freqüente é inspirar o fascinado a se afastar de pessoas críticas. Evitando qualquer contradição, consegue fixar suas idéias por longos tempos no fascinado.
O remédio?    Evangelhoterapia.

LIVRO DOS MÉDIUNS - Cap XXIII - Resumo

13/10/2010

NÃO PERDOAR

nao perdoar

Bezerra de Menezes, já devotado à Doutrina Espírita, almoçava, certa feita, em casa de Quintino Bocaiúva, o grande republicano, e o assunto era o Espiritismo, pelo qual o distinto jornalista passara a interessar-se.
Em meio da conversa, aproxima-se um serviçal e comunica ao dono da casa:
- Doutor, o rapaz do acidente está aí com um policial.
Quintino, que fora surpreendido no gabinete de trabalho com um tiro de raspão, que, por pouco, não lhe atingiu a cabeça, estava indignado com o servidor que inadvertidamente fizera o disparo.
- Manda-o entrar – ordenou o político.
- Doutor – roga o moço preso, em lágrimas -, perdoe o meu erro! Sou pai de dois filhos...
Compadeça-se! Não tinha qualquer má intenção...
Se o senhor me processar, que será de mim? Sua desculpa me livrará! Prometo não mais brincar com armas de fogo! Mudarei de bairro, não incomodarei o senhor...
O notável político, cioso da própria tranqüilidade, respondeu:
- De modo algum. Mesmo que o seu ato tenha sido de mera imprudência, não ficará sem punição.
Percebendo que Bezerra se sentia mal, vendo-o assim encolerizado, considerou, à guisa de resposta indireta:
- Bezerra, eu não perdôo, definitivamente não perdôo...
Chamado nominalmente à questão, o amigo exclamou desapontado:
- Ah! você não perdoa!
Sentindo-se intimamente desaprovado, Quintino falou, irritado:
- Não perdôo erro. E você acha que estou fora do meu direito?
O Dr. Bezerra cruzou os braços com humildade e respondeu:
- Meu amigo, você tem plenamente o direito de não perdoar, contanto que você não erre...
A observação penetrou Quintino como um raio.
O grande político tomou um lenço, enxugou o suor que lhe caía em bagas, tornou à cor natural, e, após refletir alguns momentos, disse ao policial:
- Solte o homem. O caso está liquidado.
E para o moço que mostrava profundo agradecimento:
- Volte ao serviço hoje mesmo, e ajude na copa.
Em seguida, lançou inteligente olhar para Bezerra, e continuou a conversação no ponto em que haviam ficado.

pelo Espírito Hilário Silva - Do livro: Almas em Desfile, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira – foto: Google

11/10/2010

QUANDO O PROBLEMA É DEPRESSãO

depressao

O tema depressão é atualíssimo. Muitas pessoas enfrentam esse autêntico pesadelo, oriundo de diversas causas. Um livro lançado há dez anos atinge 100 mil exemplares vendidos, face à procura que o assunto provoca. Trata-se do livro Depressão, Causas, Conseqüências e Tratamento, de autoria do Promotor de Justiça Izaias Claro. Selecionamos abaixo algumas questões da entrevista publicada pela revista RIE, de Matão-SP, edição de fev/09, com adaptações.

1 - Por que esse tema atrai tanto e qual sua principal causa?

Podem ser citadas inúmeras causas da depressão. À luz da Psicologia profunda (...) pode-se dizer que a causa primeira da depressão é o Espírito Imortal, que ao longo do esforço evolutivo acumulou – e não superou – experiências, emoções e sentimentos enfermiços, presentes no subconsciente, que emergem e influenciam o comportamento da criatura humana. Muitas outras causas podem ser citadas, várias abordadas no livro publicado. Segundo as estatísticas, são milhões os deprimidos.

2 - E existe uma receita prática para superação desse mal?

Mister identificar a causa profunda da enfermidade, para erradicá-la totalmente. Sendo o Espírito Imortal a causa primeira da problemática ora examinada, compete-lhe o indeclinável dever de auxiliar a si mesmo, empenhando-se na auto-superação, na estruturação psicológica e espiritual, objetivando a conquista de valores ético-intelecto-espirituais que o capacitem ao enfrentamento e superação das vicissitudes.

3 – Em seus contatos com o público há muitos relatos dessas angústias humanas?

Sempre me comove a aproximação e o envolvimento com as aflições humanas. Ao longo destes anos tenho atendido milhares de pessoas através do atendimento fraterno, de cartas e dos vários outros meios de comunicação. Não poucos abrem a alma e confidenciam-me suas dores, que me sensibilizam e enternecem profundamente.

4 - E qual a principal carência do ser humano em sua visão?

No último quartel do século XVIII, alguém afirmou que “o homem perdeu o endereço de Deus”. Nisto reside a causa maior das carências humanas, embora diversos outros fatores contribuam para as dificuldades. Enquanto o ser não se conscientizar de que é um espírito imortal, permanecendo indiferente quanto à sua origem e destinação, e viver centrado nos valores imediatistas e utilitaristas, permanecerá desencontrado e infeliz. Quando educarmos os valores que trazemos em nós, filhos de Deus que somos todos, atingida a plenitude, as carências e os conflitos passarão para sempre.

5 - O que está realmente faltando na convivência humana?

Para uma convivência humana saudável, indispensável a aplicação de diversos valores éticos, que podem ser sintetizados no amor. Este sentimento é tão poderoso que é com ele que Deus administra e equilibra o Universo. Como por vezes podemos não compreender bem a extensão deste sentimento, direi que amar é o jeito como trato o próximo. Se aprendermos a nos tratar bem e respeitosamente uns aos outros, respeitando e auxiliando-nos reciprocamente, estaremos de maneira pragmática e simples aplicando a regra áurea consubstanciada no Amor.

Orson Peter Carrara é Escritor,  orador espírita  e Consultor Editorial.

Escudo contra a depressão

As estatísticas mostram que um número significativo de pessoas sofre de depressão. E as vítimas são cada vez mais jovens, afirmam os especialistas.

Sofrer de depressão é muito mais do que se sentir triste por causa de algum problema. É não encontrar mais prazer em nada, não conseguir tomar decisões, perder a esperança e se tornar descrente de tudo.

"Não haverá um amanhã" é a tônica de muitos depressivos, o que leva 15% deles a se suicidarem.

Enquanto a ciência trabalha para identificar as causas deste terrível mal, os que sofrem de depressão podem fazer algo para fortalecer a própria resistência.

São algumas regras de comportamento que podem funcionar como um escudo contra a depressão.

1ª- tenha pensamentos otimistas. Ninguém nasce pessimista. Pensar de forma negativa é alguma coisa que se aprende e que pode ser esquecida.

Por isso, quando alguma coisa sair errada, não se ache incompetente. Pense que é apenas um caso individual, que não deve ser generalizado.

Reconheça também que você não é o único responsável por tudo. Lembre que tudo passa e amanhã tudo estará melhor, quem sabe, daqui a pouco mude o panorama.

Você já percebeu como a natureza se apresenta chorosa, o céu com nuvens pesadas e escuras, e logo mais o sol brilha forte, o calor chega, as poças de lama secam e tudo está belo outra vez? Assim também é a vida.

2ª regra - tente relaxar mais - trabalhe, mas programe o seu dia para ter seus momentos de descontração. Não deixe de ler algo positivo, edificante.

Ouça músicas que lhe acalmem o coração e os pensamentos. Saia para um passeio sem compromisso de ir a lugar algum. Dê uma volta na quadra. Vá até a praça olhar as crianças brincar.

Deixe o sol lhe acariciar o rosto e o vento lhe desarrumar os cabelos. Vá para o jardim. Plante uma flor. Pode a roseira. Ajeite os galhos dos arbustos.

Freqüente o teatro, uma boa roda de amigos, a praia e o campo, diversificando sempre, para não criar monotonia.

Afeiçoe-se a um trabalho no bem, auxiliando uma instituição, contribuindo e sentindo-se útil, responsável.

3ª- procure apoio social - quem sofre de depressão, tem a tendência a se fechar e a resolver tudo sozinho.

Por isso, converse com alguém que você confie. Alguém que seja capaz de avaliar seus problemas e ajudar você a resolvê-los.

Pode ser um amigo especial, um irmão de crença, um grupo de auto-ajuda.

Por vezes, o depressivo acha difícil até de pensar em deixar suas quatro paredes. Entretanto, o esforço vale a pena.

Visite um templo religioso e confie-se a um diálogo fraterno. Ou, então, procure um profissional especializado para falar, desabafar e receber sugestões para levantar a sua auto-estima.

***

Não se permita descer ao fundo do poço, nem cair até os últimos degraus da depressão.

Se árvores floridas, pessoas felizes e risos lhe causam inveja e o incomodam, comece a exercitar, desde agora, as regras do escudo contra a depressão.

A vida é preciosa demais para não ser vivida em totalidade. E vivê-la em totalidade é produzir coisas positivas, sentir-se feliz e fazer os outros felizes.

É contribuir para o bem estar de alguém. É ser responsável por uma criatura, uma planta, um vaso de flor, um animal, uma tarefa qualquer.

Afinal, todo o sentido da vida se resume no amor, pois todos fomos criados pelo amor de Deus.

Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir do artigo "Como vencer a depressão", de autoria de Ursula Nuber

Procurar um médico, um especialista é também de suma importância

Nota:   Está acontecendo neste momento o 6o Congresso Espírita Mundial na cidade de Valência/ Espanha, para acompanhar clique em: http://www.tvcei.com/portal/

PARABÉNS (felicitaciones,congratulaciones) ESPANHA, O CONGRESSO ESTÁ IMPERDÍVEL!!

07/10/2010

A PRECE DE CIPRIANA

 

cipriana_img 

Senhor Jesus,
Permanente inspiração de nossos caminhos,
Abre-nos, por misericórdia,
Como sempre,
As portas excelsas
De tua providência incomensurável...
Doador da Vida,
Acorda-nos a consciência
Para semearmos ressurreição
Nos vales sombrios da morte;
Distribuidor do Sumo Bem,
Ajuda-nos a combater o mal
Com as armas do espírito;
Príncipe da Paz,
Não nos deixes indiferentes
À discórdia
Que vergasta O coração
De nossos companheiros sofredores;
Mestre da Sabedoria
Afugenta para longe de nós
A sensação de cansaço
À frente dos serviços
Que devemos prestar
Aos nossos irmãos ignorantes;
Emissário do Amor Divino,
Não nos concedas paz
Enquanto não vencermos
Os monstros da guerra e do ódio,
Cooperando contigo,
Em tua augusta obra terrestre;
Pastor da Luz Imortal,
Fortalece-nos,
Para que nunca nos intimidemos
Perante as angústias e desesperos das trevas;
Distribuidor da Riqueza Infinita,
Supre-nos as mãos
Com teus recursos ilimitados,
Para que sejamos úteis
A todos os seres do caminho,
Que ainda se sentem minguados
De teus dons imperecíveis;
Embaixador Angélico,
Não nos abandones ao desejo
De repousar indebitamente,
E converte-nos
Em teus servidores humildes,
Onde estivermos;
Mensageiro da Boa Nova,
Não permitas
Que nossos ouvidos adormeçam
Ao coro dos soluços
Dos que clamam por socorro
Nos círculos do sofrimento;
Companheiro da Eternidade,
Abençoa-nos as responsabilidades e deveres;
Não nos relegues à imperfeição
De que ainda somos portadores!
Dá-nos, amado Jesus, o favor de servir-Te
E que o Supremo Senhor do Universo Te glorifique
Para sempre.
Assim seja!...

ANDRÉ LUIZ
(Do livro "No Mundo Maior", cap. final, FCXavier)

05/10/2010

IMPORTANTES EVENTOS QUE ACONTECERAO NESTE MÊS DE OUTUBRO NA ALEMANHA E ESPANHA

EINLADUNG ZU DEN VERANSTALTUGEN:  MEDIALE MALEREI UND SUPPEN PARTY.

Amigos que vivem na Alemanha -  Convite para Evento de Pintura Mediúnica e Festa da Sopa  ( Heilbronn 09.10 und München 20.10)

Spiritualität

Kunst

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Maria Gertrudes Coelho

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Gemälde: „Blumen für den Frieden“

Mediale Malerei
Es ist schwer daran zu glauben, wenn man nur davon hört.
Darum kommen Sie selbst und schauen Sie zu,
wenn die brasilianische Trance-Malerin

Maria Gertrudes Coelho

am Mittwoch, den 20. Oktober um 19 Uhr,

bei GEEAK – Korbinianstr. 5a, 80807 München,

ihre mediale Arbeitsweise demonstriert.

E I N T R I T T F R E I

In atemberaubender Geschwindigkeit

entstehen – begleitet von fröhlicher

Musik – an diesem Abend 8 - 10

Gemälde (Gesichter, Landschaften,

Blumenstilleben) inspiriert von den Geistern

weltberühmter Künstler wie

Turner, Matisse, Monet, Picasso, Renoir,

Tais, van Gogh, u.a.

Die Bilder werden nach der
Vorstellung meistbietend versteigert.

Der Erlös geht direkt
– ohne jeglichen Abzug –
an die Stiftung Jerônimo Mendonça
zugunsten der armen Kinder
in Ituiutaba, Brasilien.

Weitere Informationen

www.maria-gertrudes.de
www.navigari.com.br/ongs/fejmold/

Organisation

GEEAK e.V. - kontakt@geeak.de

Ein wirklich beeindruckendes Erlebnis

Es ist schwer daran zu glauben, wenn man nur davon hört. Darum kommen Sie selbst und schauen Sie zu, wenn die brasilianische Trance-Malerin

Maria Gertrudes Coelho

am Samstag, den 09. Oktober 2010 um 18:00 Uhr 

Herbert-Hoover-Str. 8 Heilbronn        dem interessierten Publikum ihre mediale Arbeitsweise demonstriert. E I N T R I T T F R E I  -  Studien- und Selbsthilfegruppe: Der Weg ins Licht - O Caminho da Luz Allan Kardec  Herbert-Hoover-Str.64 Heilbronn

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In atemberaubender Geschwindigkeit entstehen

- begleitet von fröhlicher Musik –

an diesem Abend 10–12 Gemälde (Portraits, Landschaften, Blumenstilleben)

nicht nur im Malstil von Turner, sondern auch dem von Matisse, Monet, Velázquez, Picasso, Renoir, Tais, van Gogh, u.a.

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Die Bilder werden nach der Vorstellung meistbietend versteigert.

Der Reinerlös geht direkt an die

Stiftung Jerônimo Mendonça

zugunsten der Kinder aus den Slums in der Heimatstadt von Maria Gertrudes

6°  CONGRESSO ESPÍRITA MUNDIAL NA ESPANHA

Agendado para acontecer de 10 a 12 de Outubro de 2010, no Centro de Convenções Feira de Valença, com o tema central “Somos espíritos imortais”, o 6º Congresso Espírita Mundial é um evento promovido pelo Conselho Espírita Internacional (CEI) em parceria com a Federação Espírita Espanhola.

Espíritas de todo mundo reúnem-se na Espanha para a celebração do 6º Congresso Espírita Mundial.
Centenas de pessoas provindas dos cinco continentes participarão entre 10 a 12 de outubro do 6º  Congresso  Espírita Mundial organizado pelo conselho Espírita Internacional e coordenado pela Federação Espírita Espanhola sob o tema: “Somos Espíritos Imortais”. Ao longo desses três dias se pronunciarão destacadas personalidades com domínio da cultura, da arte, da medicina, da ciência, da filosofia e da sociedade, que por sua vez são espíritas, oferecendo uma visão de esperança e felicidade para o futuro do ser humano, revelando nossa verdadeira natureza, a espiritual.

Estes congressos vêm sendo realizados a cada três anos e alternadamente nos continentes europeu e americano. Outros países que realizaram anteriormente este tipo de evento foram: Brasil, Portugal, Guatemala, França, Colômbia e o próximo será a Espanha.

O primeiro Congresso Espírita Internacional ocorreu de 8 a 13 de setembro de 1888 na cidade de Barcelona, na Espanha, e foi o ultimo antes da guerra civil em 1934. Nos anos seguintes, com a privação de liberdade, devido às ditaduras, o movimento espírita foi proibido e perseguido. Uma vez instaurada a democracia na Espanha ressurgiu, com a criação da Federação Espírita Espanhola e do Conselho Espírita Internacional, no ano de 1992  um novo Congresso Espírita Internacional na capital espanhola.

A importância dessa doutrina científico-filosófica de conseqüências morais na Espanha  foi tamanha que a primeira legislação das Cortes Constituintes da República Espanhola, em 1873, apresentou uma proposta de lei para que o espiritismo fosse incluído como uma matéria a mais do ensino público. Porém, o deputado Jose Navarrete, não teve oportunidade de defender a proposta devido a um golpe de estado feito pelo exército.

A participação neste 6º Congresso Espírita Mundial não se restringe unicamente às pessoas e sociedades espíritas, dado ao caráter universal do espiritismo. Podem participar todas as pessoas que estejam interessadas em conhecê-lo.

Programacao:

Dia 10 de Outubro de 2010:

09h00 – 11h30: Formalização e retirada de credenciais. Foro Centro de Valencia

11h30-13h30: Inauguração e Abertura.

Conferência: Somos Espíritos Imortais. Divaldo Pereira Franco

13h30-15h30: Intervalo

15h30-16h15: O que é Deus? Charles Kempf

16h15-17h00: Comprovações da Existência e da Imortalidade do Espírito. Juan Miguel Fernández

17h00-17h30: Intervalo

17h30-18h15: Evidências Cientificas da Reencarnação. Carol Bowman

18h15-19h00: A Construção da Paz à luz da Imortalidade do Espírito. Jorge Berrio

19h00-20h30: Exibição do Filme: Nosso Lar

Dia 11 de Outubro de 2010:

09h30-10h15: Médiuns e Mediunidade. Sergio Felipe de Oliveira

10h15-11h00: Lei de Causa e Efeito, Segundo o Espiritismo. Alfredo Tabueña

11h00 – 11h45: Espiritismo: Fonte de Esclarecimento e Consolo Espiritual. Fabio Villarraga

11h45-12h15: Intervalo

12h15-13h00: A Caridade na Visão Espírita. Maria de La Gracia Ender

13h00 – 13h45: Allan Kardec – Fundamentos da Filosofia Espírita. Vanessa Anseloni

13h45-15h30: Intervalo

15h30-16h15: As Leis Morais. Jean Paul Evrard

Centenário de Chico Xavier

16h15-17h00: Contribuições de sua Obra Psicográfica. Exemplo de vida. Marlene Nobre

17h00-17h15: Intervalo

17h15-18h30: Contribuições de sua Obra Psicográfica. Impacto da obra no mundo. Cesar Perri

Dia 12 de Outubro de 2010:

10h00-10h45: Educação do Espírito. Carlos R. Campetti

10h45-11h30: Ecologia e Espiritismo. Edwin Bravo

11h30-12h00: Intervalo

12h00-14h00: Cerimônia de Clausura. Palestra: Uma Nova Era para a Humanidade. José Raul Teixeira

Congressos Mundiais Anteriores:

1° Congresso Espírita Mundial – Brasilia 1995

1 a 5 de outubro de 1995, Brasília (DF) – Brasil

2º Congresso Espírita Mundial – Lisboa 1998

30 de setembro a 3 de outubro de 1998, Lisboa – Portugal

3º Congresso Espírita Mundial – Ciudad de Guatemala 2001

1 a 4 de outubro de 2001, Ciudad de Guatemala – Guatemala

4º Congresso Espírita Mundial – Paris 2004

2 a 5 de outubro de 2004, Paris – França

5º Congresso Espírita Mundial –Cartagena 2007

10 a 13 de outubro de 2007, Cartagena – Colombia

Maria Gekeler – Presidente da Uniao Espírita Alema

04/10/2010

TODOS SOMOS MÉDIUNS?


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Todos somos portadores da mediunidade natural que é o canal psíquico pelo qual recebemos as influências boas ou ruins que estimulam as experiências do Espírito na vida terrena. Porém, nem todos somos médiuns, conforme denominou Allan Kardec.

Então o que é um médium?
Segundo Allan Kardec, médium é todo aquele que sente a presença ostensiva dos Espíritos, seria aquele que serviria de ponte entre o mundo visível e o invisível. A prática da mediunidade é o intercâmbio entre o mundo físico e o mundo espiritual. A faculdade mediúnica liga-se a uma disposição orgânica, porém o uso que se faz.


Como sabemos se somos médiuns? E se formos, o que devemos fazer?
Allan Kardec diz que todos somos mais ou menos médiuns, pois todos possuem a mediunidade natural, canal psíquico através do qual somos estimulados ao crescimento. Entretanto, médiuns propriamente ditos são aqueles que recebem manifestações ostensivas dos Espíritos. A única forma de sabermos se temos ou não mediunidade ostensiva é nos colocando como servidores sinceros da causa de Jesus. Ou seja, deveremos primeiro fazer parte da equipe de trabalhadores de uma casa espírita e lá, através dos estudos sérios e da disciplina interior, procurarmos entender antes as nuanças do contato com os Espíritos. Allan Kardec diz em O Livro dos Médiuns, que não se deve nunca iniciar um trabalho de intercâmbio espiritual sem estudar a mediunidade. Existem algumas pessoas que sentem influências dos Espíritos, em diversos graus de intensidade, e acham que, por isso, estão prontas para trabalhar nesse campo. Geralmente não aceitam a idéia de que precisam se instruir mais e mais. Vão às casas espíritas somente para trabalhar com mediunidade e se não a aceitam naquela, buscam outra, e assim permanecem por toda a vida.

 
Isto pode acarretar algum problema para as pessoas?

Sim, pode. Desde perturbações leves, até obsessões graves, o que infelizmente não é pouco freqüente, pela forma com que a mediunidade é tratada no Brasil. Todos somos suscetíveis às más influências devido às imperfeições próprias dos Espíritos que habitam os planetas de provas e expiações. Em muito maior escala são os médiuns que, se não cuidam do estudo e do preparo moral, funcionam como verdadeiras antenas e situam-se como focos freqüentes de perturbações espirituais. Se os médiuns não tiverem os cuidados necessários com a sua edificação e se colocarem a serviço do intercâmbio sem o devido preparo, poderão cair presas de Espíritos pouco adiantados de que está cheia a atmosfera.
Podemos nos comunicar com outros Espíritos?
Sim. Todos somos Espíritos vivendo em planos diferentes da vida e estamos mergulhados na atmosfera fluídica que nos rodeia e serve de elemento de contato. Portanto, podemos nos comunicar com o mundo espiritual freqüentemente, seja através da mediunidade ostensiva consciente, dos fenômenos inconscientes, das preces ou intuições que recebemos constantemente do mundo espiritual.

 
Existe a incorporação de Espíritos?

No sentido semântico do termo não existe incorporação, pois nenhum Espírito conseguiria tomar o corpo de outra pessoa, assumindo o lugar da sua Alma. O que ocorre é que o médium e o Espírito se comunicam de perispírito a perispírito, ou seja mente a mente, dando a impressão de que o médium está incorporado. Na mediunidade equilibrada, o médium tem um maior controle de sua faculdade e o fenômeno mediúnico acontece mais a nível mental. Nos processos obsessivos graves (doenças mórbidas causadas por Espíritos inferiores), onde a mediunidade está perturbada, podem ocorrer crises nervosas. Observadores de pouco conhecimento podem achar que um Espírito mau apoderou-se do corpo do enfermo. Foi esse fenômeno que deu origem às práticas de exorcismo.


Tenho bastante dificuldade para definir a diferença entre Clarividência, Vidência, Audiência, Clariaudiência, Dupla vista.
A vidência e a clarividência são essencialmente anímicas. Trata-se da visão que o próprio Espírito encarnado tem do mundo invisível. Não há interferência de Espíritos e por isso não deveria (segundo Allan Kardec), ser considerada mediunidade. Mas, para fins de classificação, ele é tida como sendo uma mediunidade. Mesmo nos casos em que um Espírito amigo mostra um quadro projetado no ambiente astral, ainda assim, é o médium quem vê. Há ajuda na formação do quadro, mas não na visão propriamente dita. Vidência é a faculdade superficial. Clarividência, a mesma faculdade, mas com alcance mais profundo, podendo estender-se no espaço e (em alguns casos) no tempo. A dupla-vista é a clarividência, acompanhada da projeção do Espírito no mundo astral. Trata-se do chamado "desdobramento". Entendemos a mediunidade de audiência como aquela em que a voz aparece na intimidade do ser. A clariaudiência é diferente, por tratar-se de uma voz clara, exterior.


O que é ideoplastia?
Ideoplastia é um fenômeno de transfiguração que pode acontecer durante as manifestações dos Espíritos. Quando a influência do desencarnado é muito intensa junto do campo psicossomático do médium ele poderá assumir algumas feições do comunicante.
Já que não existe a incorporação, como médiuns dão passividade a Espíritos menos esclarecidos, tomando formas físicas diferentes, falando com voz alterada. Isto seria charlatanismo?
O processo de incorporação tal qual essa palavra exprime não existe, pois ninguém pode "entrar" no corpo de outro. Mas o Espírito pode, e é isso o que normalmente faz, agir no campo mental através de sintonia (e por afinidade fluídica), assumindo a personalidade e a vontade do indivíduo. Nos casos de subjugação, por exemplo, o domínio é tão intenso que dá a impressão que o Espírito toma posse do corpo da pessoa. Na prática da mediunidade, quanto maior o esclarecimento do médium menor o domínio que o Espírito terá sobre ele. Se tem pouco esclarecimento sobre essa faculdade, certamente deixará que Espíritos pouco adiantados a usem da forma que bem entenderem. No que diz respeito a mudança de fisionomia, Allan Kardec instrui que trata-se do fenômeno da transfiguração, coisa mais comum nas manifestações dos Espíritos inferiores, podendo, sem dúvida acontecer também com os superiores.


Qual o conceito e as características de médiuns curadores e médiuns pneumatógrafos?
Os médiuns curadores são aqueles que têm o dom de curar com a imposição das mãos (em alguns casos com o olhar ou com fenômenos provocados à distância), secundados pelos Espíritos que trabalham na área de cura das enfermidades físicas. Allan Kardec diz que são pessoas que possuem um fluido humano especial, que potencializado pelos fluidos do mundo dos Espíritos, podem modificar a estrutura da matéria, promovendo as curas.
Os médiuns pneumatógrafos são aqueles que têm aptidão para obter a escrita direta dos Espíritos em papel guardado em gavetas ou recipientes fechados. Ou seja, o médium doa de seu fluido especial para que os Espíritos escrevam diretamente sobre o papel. É muito rara e limita-se aos casos de comprovação da existência das potências ocultas e sua influência no mundo material.

Gostaria de saber se existe algum método para aprofundar o dom da mediunidade, se existe algum meio de "exercitar" a mediunidade.
O melhor meio para exercitar a mediunidade é ingressando nas fileiras de trabalhadores de uma casa espírita idônea, que prime pelos estudos em todos os sentidos. Sem o estudo sério, disciplinado e consequentemente a necessidade da reforma interior, a possibilidade de cair sob a influência dos Espíritos enganadores é muito grande. O exercício da mediunidade deve ser feito dentro de um sentimento de dedicação, abnegação e sinceridade, a fim de que possa-se merecer a atenção dos bons Espíritos. Desconfie sempre de quem "descobre" sua mediunidade à primeira vista. A mediunidade é estudo e prática.


Em que estado permanece o Espírito do médium quando este recebe uma entidade desencarnada? Seu Espírito continua em seu corpo ou fica à sua volta? A Codificação fala algo sobre este assunto?
O processo de influenciação do médium pelo Espírito se dá todo no campo mental. O médium é consciente de seu trabalho e quanto mais desenvolvido nas lides mediúnicas, mais consciente de sua capacidade permanece. Tudo se dá no sentido da afinidade fluídica, estimulando a mente do médium a transmitir as sensações do mundo invisível à sua volta. A influência será mais ou menos intensa, conforme o grau intensidade da faculdade. Mesmos nos casos de mediunidade sonambúlica, o médium jamais abandona seu corpo físico.

Devemos acreditar em tudo o que os Espíritos dizem?
Os Espíritos desencarnados são almas de homens que já viveram na Terra. Portanto podem ser portadores dos defeitos e qualidades que tinham quando encarnados. Podemos acreditar nas palavras dos homens bons, mas não devemos dar crédito aos conselhos daqueles de má índole. Da mesma forma deveremos proceder com o mundo dos Espíritos. Devemos analisar cada comunicação dada pelos Espíritos, qualquer que seja o nome que assinem. Os bons trazem mensagens edificantes e com algum fim útil e querem sempre o bem da humanidade. Os atrasados ou maus podem nos enganar com palavras belas e melífluas, podendo tomar emprestado nomes de pessoas conhecidas ou Espíritos iluminados para nos impressionar. Desses devemos nos precaver, conforme nos ensina Allan Kardec em O Livro dos Médiuns.


Alguém pode ser obrigado a desenvolver sua mediunidade?
Ninguém é obrigado a desenvolver a mediunidade. É errada a idéia de que a mediunidade é a causa de sofrimentos e desajustes das pessoas. Geralmente, sofre-se por ignorância e por falta de cuidados com a vida no plano material. Aqueles que quiserem dedicar-se à tarefa mediúnica deverão trabalhar para vencer suas imperfeições, além de ter que estudar a Doutrina Espírita com seriedade e disciplina. Um médium que não toma esses cuidados, poderá permanecer sob a influência dos Espíritos maus. Quem for médium e não quiser praticar sua mediunidade, deverá pelo menos esforçar-se para sua melhoria moral, procurando libertar-se dos vícios mais grosseiros (cigarro, bebida e drogas).


As cirurgias espirituais são realmente feitas por Espíritos? Nesse caso, como pode um Espírito elevado ser antiético, exercendo ilegalmente a medicina?
Sim, as cirurgias espirituais são feitas por Espíritos de médicos que atuam no corpo perispiritual, utilizando de técnicas ligadas à ciência médica, usando fluidos humanos e espirituais, nada fazendo nesse campo que fira as leis humanas. Um Espírito elevado jamais transgride qualquer lei. As curas realizadas em nome do Espiritismo praticado com seriedade, são feitas utilizando apenas a fluidoterapia. As cirurgias mediúnicas feitas com instrumentos cortantes, podem ser feitas por Espíritos superiores, mas não são consideradas trabalhos espíritas. Em alguns casos de cirurgias de corte, como os de José Pedro de Freitas (Arigó) e Edson Queiroz, existia uma missão a ser cumprida e visava chamar a atenção da comunidade científica para a realidade da vida espiritual. E parece que conseguiu, porém sem maiores conseqüências pelo próprio atraso do homem para a compreensão das coisas do Espírito. Pelo lado prático, no entanto, as cirurgias mediúnicas com instrumentos cortantes não devem ser praticadas em centros espíritas orientados pela doutrina de Allan Kardec, justamente por ferir a legislação vigente e não tratar-se de uma prática que possa ser exercitada por qualquer pessoa. As curas no Espiritismo são feitas exclusivamente com a imposição de mãos.

Gostaria de saber, se é possível uma pessoa que está estudando kardecismo não poder ajudar por não ter dons mediúnicos. E no caso, o que as pessoas devem fazer para saber se têm dons ou não?
Qualquer pessoa pode ajudar no centro espírita, desde que disponha de boa vontade e preparo moral e doutrinário adequados. Isso se consegue com estudo e boa dose de seriedade, dedicação, abnegação e disciplina. Não é necessário ter dons mediúnicos para servir. Existem inúmeras frentes de trabalho nas casas espíritas onde se pode desempenhar tarefas que não dependem da mediunidade. Para se saber dos possíveis dons mediúnicos, Allan Kardec nos diz que devemos testar as pessoas. Não existe uma fórmula e nem podemos adivinhar quem tem ou não. Os melhores servidores nesta área são aqueles formados dentro das casas espíritas que tratam o estudo da Doutrina Espírita com seriedade. Aqui entra a grande responsabilidade do dirigente que teoricamente deveria estar apto a conduzir as pessoas de forma equilibrada ao desenvolvimento e exercício desta nobre tarefa. Os médiuns ostensivos, que já demonstram algum dom desde cedo, devem ser submetidos igualmente ao estudo disciplinado e à orientação de alguém experiente dentro do centro espírita que possa dar-lhe direcionamento seguro de sua faculdade. Caso contrário, poderá desequilibrar-se.


É certo o procedimento que alguns centros espíritas têm de colocar pessoas, que estão indo pela primeira vez à casa, em trabalhos mediúnicos?
Allan Kardec diz que não se deve lidar com a mediunidade sem conhecê-la. O bom senso e a razão nos falam a mesma coisa. Em todos os departamentos da vida o homem busca aperfeiçoar-se para servir melhor. Sem conhecer o seu ofício não poderá desempenhar a tarefa a que se propõe com conhecimento de causa. Portanto, colocar pessoas para lidar com Espíritos sem se preparar para isso é o mesmo que realizar experiências químicas sem conhecer as leis da química, diz o Codificador. Seria uma insensatez. Os medianeiros devem ser preparados com muita cautela para servir nesse campo. Primeiro devem estar inseridos nos trabalhos habituais da casa, servindo com dedicação e seriedade, transformando-se em trabalhadores. Devem ser instruídos nas aulas sobre a Doutrina Espírita e depois, então, poderão ser experimentados no ministério da mediunidade. A pessoa que chega à casa espírita pela primeira vez com a intenção de servir apenas no campo da mediunidade, não entendeu ainda o papel do Espiritismo em sua vida, muito menos a oportunidade que está tendo de servir com equilíbrio no campo do Bem. Necessita de instrução nesse ponto. Se for sincero o seu desejo de servir, permanecerá no aprendizado. Se não, procurará outra casa que lhe dê o que deseja.

 
Há algum impedimento de mulheres grávidas participarem de reuniões mediúnicas?

Não é aconselhável. O processo reencarnatório do Espírito é uma experiência delicada que envolve muitos aspectos energéticos e psíquicos. Um deles é o estado psicológico da mãe que, sem sombra de dúvidas, se altera por alguns meses, enquanto aguarda a chegada do Espírito que lhe foi encaminhado como filho. Ela necessita de tranqüilidade, descanso e não deve se submeter a atividades que lhe exijam grandes perdas de energias de qualquer natureza. Sabe-se que, nas atividades de intercâmbio espiritual, há toda uma movimentação de fluidos energizados, podendo haver gastos que poderá ser prejudicial para a mulher em estado de gravidez. Além disso, há o aspecto do reencarnante. É sabido pela ciência oficial da extrema importância do equilíbrio e interação mãe-filho desde o ventre. Por conta disso é prudente que se isente a mulher grávida das tarefas da mediunidade. O melhor que ela poderá fazer será cuidar de ter seu bebê em paz. Ao fazê-lo, estará praticando a caridade maior, que é a de dar vida a um novo ser. Quando puder, retornará às suas atividades mediúnicas normalmente.


Pode o Espírito encarnado promover fenômenos físicos, tipo materialização ou transporte de objetos, sem o concurso dos Espíritos do mundo invisível?
O fenômeno de transporte, materialização, transcomunicação ou qualquer outro de efeitos físicos, necessita do concurso dos Espíritos desencarnados, pois segundo Allan Kardec, em o Livro dos Médiuns, capítulo IV, é necessária a união do fluido animalizado perispiritual (do médium) com o fluido universal do Espírito para que aconteçam esses os fenômenos. Não pode ser isolado, ou seja sem o concurso de ambas as partes. Alguns manipuladores desses fenômenos não acreditam em Espíritos, porém, mesmo assim, estão sempre secundados por eles.

http://www.se-novaera.org.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=747 – foto google

02/10/2010

O CODIFICADOR DA DOUTRINA ESPÍRITA

Hoje, dia 03 de Outubro de 2010 aniversário de Allan Kardec, -o Codificador – que completaria 206 anos caso estivesse encarnado,  Hippolyte Léon Denizard Rivail. Prestamos esta homenagem a esse grande homem que enfrentou  preconceitos da Igreja, da Sociedade e dificuldades para quebrar o tabu que era a comunicação mediúnica, trazendo-nos contundentes informacoes, de forma sistematizada, sobre a vida após a morte, nos provando que a morte nao existe.

                                                                      allan-kardec

Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade como a entendia Jesus?

-Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeicoes dos outros, perdao das ofensas. LE, questao 886

Hippolyte Léon Denizard Rivail nasceu em Lyon, Franca, em 3 de outubro de 1804. Estudou com o célebre Pestalozzi. Johann Heinrich Pestalozzi (1746/1827), emérito pedagogo suíco, considerado, ao mesmo tempo, como um dos precusores da Escola Nova, da Pedagogia Social (ou educacao Popular) e da Pedagogia Moral, foi quem mais se destacou na tentativa da educacao de criancas pobres, valorizando o modelo familiar e o aspecto da formacao moral. Dedicou-se ao seu trabalho no Castelo de Yverdon. E, entre seus discípulos incluí-se Hippolyte Leon Denizard Rival – ALLAN KARDEC, que se tornou seu eminente aluno e colaborador. Após Yverdon, Kardec foi de grande influência na reforma dos estudos na Franca e na Alemanha.

Fundou em Paris – com sua esposa Amélie GaBrielle Boudet – um estabelecimento semelhante ao de Yverdun. Escreveu gramáticas, aritméticas, estudos pedagógicos superiores; traduziu obras Inglesas e alemas. Organizou, em sua casa, cursos gratuítos de química, física, astronomia e anatomia comparada.

Foi em 1854 que Rivail ouviu falar das mesas girantes,as mesas girantes fenomêno mediúnico que agitava a Europa. Em Paris, ele fez os seus primeiros estudos do Espiritismo. E, entao Interrogava os Espíritos, anotando tudo. Aí, ordenou os dados que obteve. Vendo que tudo aquilo formava um conjunto e tomava proporcoes de uma doutrina, aplicou à nova ciência o método da experimentacao: Nao formulando teorias pré concebidas, obserava com atencao, comparava, deduzia as consequencias; sempre procurava a razao e a lógica dos fatos. Continuando suas indagacoes aos espíritos, mais tarde, decidiu publicar um livro, para instrucao de todos. Ficou, desde já, conhecido como O CODIFICADOR. Adotou o psudônimo de ALLAN KARDEC, a fim de diferenciar a obra espírita da producao antes publicada voltada à pedagogia. E, assim, em 18 de abril de 1857, lancou em Paris, O LIVRO DOS ESPIRITOS. Desde entao Kardec já informava que Os autores da Doutrina eram os espíritos superiores, de quem havia recebido, conforme prometido por Jesus, em Joao, cap. XV, v.15,16: “se vós me amais, guardai meus mandamentos: e eu pedirei ao meu Pai, e ele vos enviará um outro Consolador, a fim de que permaneca eternamente convosco: O Espírito da Verdade que o mundo nao pode receber, porque nao o vê e nao o conhece. Mas quanto a vós, conhecê-lo-eis porque permanecerá convosco e estará em vós. Mas o Consolador, que é o Santo-Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo aquilo que eu vos tenha dito”.

Em janeiro de 1858, Kardec lancou a Revue Spirite (Revista Espírita) e fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Em seguida, publicou O que é o Espíritismo (1859), O Livro dos Médiuns (1861), O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864), O Céu e o Inferno (1865) e A Gênese (1868).

Kardec desencarnou em Paris, em 31 de marco de 1869, aos 64 anos. Seu corpo está enterrado no cemitério Père Lachaise, em Paris. À época seus amigos reuniram anotacoes e textos inéditos em um livro, lancado em 1890, com o título de: Obras Póstumas.

Ante a Revelacao Divina, asseverava Jesus:

-“Eu nao vim destruir a Lei.” E reafirma Allan Kardec: - também o Espiritismo diz: - nao venho destruir a Lei Crista, mas dar-lhe execucao.”Exaltando a Lei do amor que rege destino de todas as criaturas, advertiu-nos o Senhor:- Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”

E Allan Kardec proclama:- “Fora da caridade nao há salvacao.”

Salientando o impositivo da educacao, disse o Excelso Orientador:- “Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai Celestial.”

E Allan Kardec adiciona:- “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua tranformacao moral e pelos esforcos que emprega para domar suas inclinacoes infelizes.”

Louvando a responsabilidade, ponderou o Senhor: “Muito se pedirá a quem muito recebeu.”

E Allan Kardec conclui:- Aos espiritas muito será pedido, porque muito hao recebido.”

Exaltando a filosofia da evolucao, através das existencias numerosas que nos aperfeicoam o ser, na reencarncao necessária, esclarece o instrutor sublime:- “Ninguém poderá ver o Reino de deus se nao nascer de novo.” E Allan Kardec conclama:- “Nascer, viver, morrer, resnacer ainda e progredir sempre, tal é a Lei.”

Consagrando a elevada missao da verdadeira ciência, avisa o Mestre dos mestres:- “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres.”

E Allan Kardec anuncia:- “Fé inabalável só aquela que pode encarar a razao face a face.” Texto baseado em mensagem de Emmanuel – WWW.espirito.org.br

O professor Rivail escreveu diversos livros pedagógicos, dentre os quais destacam-se:

Curso prático e teórico de Aritmètica; Plano proposto para melhoramento da Instrucao Pública; Gramática Francesa Clássica; Manual dos exames da Municipalidade e da Soborna Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas;

Obras Espíritas:

O Livro dos Espíritos; O Livro dos Médiuns; O Evangelho Segundo o Espiritismo; O Céu e o Inferno; A Genese; Revista Espirita; O que é o Espiritismo; O Espiritismo em sua Expressao mais simples; Viagem Espirita de 1862; O principiante Espirita; A obsessao, e após o seu falecimento foi pubLicado :Obras Póstumas.Fragmentos de Kardec

Orson Peter Carrara

Data sugere conhecer melhor o Codificador

A ocorrência do bicentenário de nascimento de Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, em 03 de outubro de 2004 (o nascimento ocorreu em 1804), sugere que, além dos dados biográficos – amplamente divulgados e conhecidos –, ampliar-se o conhecimento de seus pensamentos, para identificação de seu perfil psicológico.

Colhemos em Obras Póstumas (1), alguns fragmentos de seus raciocínios, para homenagear a importante efeméride.

Para conhecer seu perfil moral, a transcrição seguinte traz preciso embasamento: “Um dos primeiros resultados das minhas observações foi que os Espíritos, não sendo senão as almas dos homens, não tinham nem a soberana sabedoria, nem a soberana ciência que o seu saber era limitado ao grau de seu adiantamento, e que a opinião deles não tinha senão o valor de uma opinião pessoal. Esta verdade, reconhecida desde o começo, evitou-me o grave escolho de crer na sua infalibilidade e preservou-me de formular teorias prematuras sobre a opinião de um só ou de alguns. Só o fato da comunicação com os Espíritos, o que quer que eles pudessem dizer, provava a existência de um mundo invisível ambiente era já um ponto capital, um imenso campo franqueado às nossas explorações, a chave de uma multidão de fenômenos inexplicados. O segundo ponto, não menos importante, era conhecer o estado desse mundo e seus costumes, se assim nos podemos exprimir. Cedo, observei que cada Espírito, em razão de sua posição pessoal e de seus conhecimentos, desvendava-me uma face desse mundo exatamente como se chega a conhecer o estado de uma país interrogando os habitantes de todas as classes e condições, podendo cada qual nos ensinar alguma coisa e nenhum deles podendo, individualmente, ensinar-nos tudo.”

Para conhecer o método aplicado nos estudos e observações sobre o Espiritismo, basta analisar esta frase: “(...) apliquei a esta ciência o método experimental, não aceitando teorias preconcebidas, e observava atentamente, comparava e deduzia as conseqüências, dos efeitos procurava elevar-me às causas, pela dedução e encadeamento dos fatos, não admitindo por valiosa uma explicação, senão quando ela podia resolver todas as dificuldades da questão. Foi assim que procedi sempre em meus anteriores trabalhos, desde os quinze anos”.

Sobre a responsabilidade que se impunha, expõe Kardec: “compreendi logo a gravidade da tarefa, que ia empreender, e entrevi naqueles fenômenos a chave do problema, tão obscuro e tão controvertido, do passado e do futuro da humanidade, cuja solução vivi sempre a procurar era, enfim, uma revolução completa nas idéias e nas crenças do mundo. Cumpria, pois, proceder com circunspecção e não levianamente, ser positivo e não idealista para não me deixar levar por ilusões”.

Comentando sobre o sistema de análise nas comunicações com os Espíritos: “Incumbe ao observador formar o conjunto, coordenando, colecionando e conferindo, uns com os outros, documentos que tenham recolhido. Desta forma, procedi com os Espíritos como teria feito com os homens considerei-os, desde o menor até o maior, como elementos de instrução e não como reveladores predestinados”.

Estabeleceu duas máximas que se imortalizaram de maneira patente a indicar os caminhos da Doutrina Espírita: a) Fora da caridade não há salvação, princípio que ressalta a igualdade entre as criaturas humanas, perante Deus, a tolerância, a liberdade de consciência e a benevolência mútua; b) Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade, ressaltando que a fé raciocinada se apoia nos fatos e na lógica.

Para concluir, nada melhor que trazer aos leitores Uma Prece de Allan Kardec, também extraída de Obras Póstumas, onde podemos sentir toda grandeza d’alma deste nobre espírito: “Senhor! Se vos dignastes lançar os olhos sobre mim, para satisfazer os vossos desígnios, seja feita a vossa vontade! A minha vida está em vossas mãos disponde do vosso servo. Para tão alto empenho, eu reconheço a minha fraqueza. A minha boa vontade não faltará, mas podem trair-me as forças. Supri a minha insuficiência, dai-me as forças físicas e morais, que me sejam necessárias. Sustentai-me nos momentos difíceis e com o vosso auxílio e o dos vossos celestes mensageiros esforçar-me-ei por corresponder às vossas vistas”.

(1) Edicão Lake

Nota do autor: esta matéria usou como referência a publicação Hippolyte Léon Denizard Rivail - O Perfil de um Mestre, elaborado pelo Centro Espírita “Esperança e Fé”, de Franca-SP, e reeditado pelo Centro Espírita “Caminho de Damasco”, de Garça-SP, com pequenas alterações do texto original, e utilizando como bibliografia as seguintes obras:

  1. Biografia de Allan Kardec, de Henry Sausse, edição LAKE;
  2. Grandes Espíritas do Brasil, de Zêus Wantuil, ed. FEB;
  3. Allan Kardec, de Zêus Wantuil e Francisco Thiesen, ed. FEB;
  4. Vida e Obra de Allan Kardec, de Canuto Abreu, ed. Edicel;
  5. Obras Postumas, de Allan Kardec, ed. LAKE;
  6. Revista Reformador, de 1952, ed. FEB;
  7. Narrações do Infinito, de Camile Flammarion, ed. FEB;
  8. Herculanun, de J. W. Rochester, ed. FEB.

Matéria publicada originariamente no jornal O Clarim

Johan Heinrich Pestalozzi:        Amelie Boudet:

pestalozzi_portrai2 amelie boudet

Salve, Kardec
Sobre a terra de sombra e de amargura
A treva espessa e triste se fizera
A ciencia e a Fé nas asas da quimera
Mais de afundavam pela noite escura.
A alma humana de então se desespera,
E eis que das luzes místicas da altura
Desce outra luz confortadora e pura,
de que o mundo infeliz se achava á espera.
E KARDEC recebe-a , sobre o abismo
Espalhando as lições do Espiritismo,
Em claridades de consolação.
Emissario da Luz e da verdade,
Entrega ao coração da Humanidade
A Doutrina de Amor e Redenção.
Casimiro Cunha

Citações

• “A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro. A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade. O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porém o resultado da observação. Ergueu-se o véu; o mundo espiritual aparece-nos na plenitude de sua realidade prática; não foram os homens que o descobriram pelo esforço de uma concepção engenhosa, são os próprios habitantes desse mundo que nos vêm descrever a sua situação.” (O Céu e o Inferno, Primeira Parte, cap. 2)
• “Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam, que não podem ser explicados pelas leis conhecidas; ele os observa, compara, analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega à lei que os rege; depois, deduz-lhes as conseqüências e busca as aplicações úteis. Não estabeleceu nenhuma teoria preconcebida; assim, não apresentou como hipóteses a existência e a intervenção dos Espíritos, nem o perispírito, nem a reencarnação, nem qualquer dos princípios da doutrina; concluiu pela existência dos Espíritos, quando essa existência ressaltou evidente da observação dos fatos, procedendo de igual maneira quanto aos outros princípios. Não foram os fatos que vieram a posteriori confirmar a teoria: a teoria é que veio subseqüentemente explicar e resumir os fatos. É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o Espiritismo é uma ciência de observação e não produto da imaginação. As ciências só fizeram progressos importantes depois que seus estudos se basearam sobre o método experimental; até então, acreditou-se que esse método também só era aplicável à matéria, ao passo que o é também às coisas metafísicas.” (A Gênese, Capítulo I, item 14)
• “(…)o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria, apaga naturalmente todas as distinções estabelecidas entre os homens segundo as vantagens corpóreas e mundanas, sobre as quais o orgulho fundou castas e os estúpidos preconceitos de cor. O Espiritismo, alargando o círculo da família pela pluralidade das existências, estabelece entre os homens uma fraternidade mais racional do que aquela que não tem por base senão os frágeis laços da matéria, porque esses laços são perecíveis, ao passo que os do Espírito são eterno. Esses laços, uma vez bem compreendidos, influirão pela força das coisas, sobre as relações sociais, e mais tarde sobre a Legislação social, que tomará por base as leis imutáveis do amor e da caridade; então ver-se-á desaparecerem essa anomalias que chocam os homens de bom senso, como as leis da Idade Média chocam os homens de hoje…” (Revista Espírita 1861, pág. 297-298)

EVENTO:

evento

evento de lancamento de livros traduzidos para o idioma alemao