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30/08/2010

TEMPO CERTO

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“... Aquele que semeia saiu a semear; e, enquanto semeava, uma parte da semente caiu ao longo do caminho...”

“... Mas aquele que recebe a semente numa boa terra é aquele que escuta a palavra, que lhe presta atenção e que dá fruto, e rende cento, ou sessenta, ou trinta por um.”

(Capítulo 17, item 5.)

Na vida, não existe antecipação nem adiamento, somente o tempo propício de cada um.

A humanidade, em geral, recebe as sementes do cresci­mento espiritual a todo o instante.

Constantemente, a “Organização Divina” emite idéias de progresso e desenvolvimento, devendo cada indivíduo absorver a sementeira de acordo com suas possibilidades e habilidades existenciais.

A Natureza nos presenteia com uma diversidade incontável de flores, que nos encantam e fascinam. Certamente, não as depre­ciaríamos apenas por achar que vários botões já deveriam ter de­sabrochado dentro de um prazo determinado por nós, nem as re­preenderíamos por suas tonalidades não ser todas iguais conforme nossa maneira de ver.

Nem poderíamos sequer compará-las com outras flores de diferentes jardins, por estarem ou não mais viçosas. Deixemos que elas possam germinar, crescer e florir, segundo sua natureza e seu próprio ritmo espontâneo. Isso será sempre mais óbvio.

Parece racional que ofereçamos a quem amamos o mesmo consentimento, porque cada ser tem seu próprio “marco individual” nas estradas da vida, e não nos é permitido violentar sua maneira de entender, comparando-o com outros, ou forçando-o com nossa impaciência para que “cresçam” e “evoluam”, como nós acharía­mos que deveria ser.

Cada um de nós possui diferenças exteriores, tanto no aspecto físico como na forma de se vestir, de sorrir, de falar, de olhar ou de se expressar. Por que então haveríamos de florescer “a toque de caixa”?

Nossa ansiedade não faz com que as árvores dêem frutos instantâneos, nem faz com que as roseiras floresçam mais céleres. Respeitemos, pois, as possibilidades e as limitações de cada indivíduo.

Jesus, por compreender a imensa multiformidade evolucional dos homens, exemplificou nessa parábola a “dissemelhança” das criaturas, comparando-as aos diversos terrenos nos quais as sementes da Vida foram semeadas.

As que caíram ao longo do caminho, e os pássaros as comeram, representam as pessoas de mentalidade bloqueada e restringida, que recusam todas as possibilidades de conhecimento que as conteste, ou mesmo, qualquer forma que venha modificar sua vida ou interferir em seus horizontes existenciais. São seres de compreensão e aceitação diminuta ou quase nula. São comparáveis aos atalhos endurecidos e macerados pela ação do tempo.

Outras sementes caíram em lugares pedregosos, onde não havia muita terra, mas logo brotaram. Ao surgir o sol, queimaram-se porque a terra era escassa e suas raízes não eram suficientemen­te profundas.

Foram logo ressecadas porque não suportaram o “calor da prova”; e, por serem qualificadas como pessoas de convicção “flu­tuante”, torraram rapidamente seus projetos e intenções.

Nossas bases psicológicas foram recolhidas nas experiên­cias do ontem. São raízes do passado que nos dão manutenção no presente para ir adiante, nos processos de iluminação interior.

Quando os “caules” não são suficientemente profundos e vetustos, há bloqueios tanto em nossa consciência intelectual como na emocional. Um mecanismo opera de forma a assimilar somente o que se pode digerir daquela informação ou ensinamento recebido.

Assim, a disponibilidade de perceber a realidade das coisas funciona nas bases do “potencial” e da “viabilidade evolutiva” e, portanto, impor às pessoas que “sejam sensíveis” ou que “progri­dam”, além de desrespeito à individualidade, é fator perigoso e destrutivo para exterminar qualquer tipo de relacionamento.

Os espinheiros que, ao crescer, abafaram as sementes representam as “idéias sociais” que impermeabilizam a mentalidade dos seres humanos, pois, no tempo do Mestre, as leis do “Torah” asfixiavam e regulamentavam não somente a vida privada, mas tam­bém a pública.

Os indivíduos que não pensam por si mesmos acabam caindo nos domínios das “normas e regras”, sem poder erguer em demasia a sua mente, restrita pelas idéias vigentes, o que os sentencia a viver numa “frustração grupal”, visto que seu grau de raciocínio não pode ultrapassar os níveis permitidos pela comunidade.

Jesus de Nazaré combateu sistematicamente os “espinhos da opressão” na pessoa daqueles que observavam com rigor rituais e determinações das leis, em detrimento da pureza interior. Dessa forma, Ele desqualificou todo espírito de casta entre as criaturas de sua época.

As demais sementes, no entanto, caíram em boa terra e deram frutos abundantes. O que é um “solo fértil”?

Nossos patrimônios de entendimento, de compreensão e de discernimento não ocorrem por acaso, porqüanto nenhum apren­dizado nos envolverá profundamente se não estivermos dotados de competência e habilidades propiciadoras.

A boa absorção ou abertura de consciência acontece somente no momento em que não nos prendemos na forma. Aprofundarmo-nos no conteúdo real quer dizer: “Quem não quebra a noz, só lhe vê a casca”. Mas para “quebrar a noz e preciso senso e noção, base e atributos que requerem tempo para se desen­volverem convenientemente. A consciência da criatura, para que seja receptiva, precisa estar munida de “despertamento natural” e “amadurecimento psicológico”.

Reforçando a idéia, examinemos o texto do apóstolo Marcos, onde encontramos: “porque a terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, e por ültimo o grão cheio na espiga”. (1)

O Mestre aceitava plenamente a diversidade humana. Ele se opunha a todo e qualquer “nivelamento psicológico” e, portanto, lançou a Parábola do Semeador, a fim de que entendêssemos que o melhor apoio que prestaríamos a nossos companheiros de jornada seria simplesmente esperar em silêncio e com paciência.

Portanto, compreendamos que a nós, somente, compete “semear”; sem esquecer, porém, que o crescimento e a fartura na colheita dependem da “chuva da determinação humana” e do “solo generoso” da psique do ser, onde houve a semeadura.   (1) Marcos 4:28

RENOVANDO ATITUDES /FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO DITADO PELO ESPÍRITO HAMMED

25/08/2010

FELICIDADE

 

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Desafiadora meta que deve ser alcançada pelo ser inteligente, a felicidade é fugidia, complexa e diferente de um para outro indivíduo, apresentando-se em um mosaico psicológico de variações que surpreendem.

Sócrates e Platão, que consideravam a alma imortal e o renascimento como fenômeno natural da vida, propunham a felicidade como decorrência do culto ao dever, ao belo e à Filosofia.

A felicidade para o bruto não corresponde ao anelo de uma pessoa sensível e nobre, da mesma forma que, para Nero, constituía-se de elementos destrutivos e bárbaros enquanto que para Marco Aurélio, embora guerreiro, tinha um sentido estóico.

Epicteto, ex-escravo de Epafródito, o liberto, embora coxo e destituído de qualquer beleza, tornou-se mestre de Marco Aurélio, fruindo a felicidade com características muito diversas daquelas que celebrizaram Petrônio, o arbiter elegantiarum, por exemplo, que foi induzido ao suicídio por Nero, que o invejava...

Com o Cristianismo, o conceito de felicidade experimentou uma proposta especial, apresentando-se como o esforço que se deve empreender a fim de conquistar-se o Reino dos Céus, celebrizando o sacrifício, a renúncia, a abnegação, o amor, como indispensáveis para consegui-lo.

À medida que surgiram os grandes pensadores do Cristianismo primitivo, dando início à Patrística, a visão da felicidade experimentou profundas mudanças, tendo-se em vista o conceito de cada um, desaguando sempre na conquista do Paraíso além da disjunção corporal, no mundo espiritual, onde seria sem jaça e intérmina...

De Santo Agostinho a Santo Tomás de Aquino, os conceitos em torno da felicidade sofreram pouca alteração dentro dos postulados cristãos. Entre os ascetas e autoflagelados, os místicos e extáticos, como São João da Cruz, Santa Teresa d´Ávila, São Pedro de Alcântara, a felicidade apoiava-se na renúncia e no desprezo total do mundo, como o fito de lograr-se o Reino dos Céus...

Foi, mais tarde, com o advento do Racionalismo, a nova religião que se impôs à cultura e ao comportamento, que se estabeleceu ser a felicidade uma defluência física para o prazer, no qual a vida adquire sentido. Através da análise objetiva e intelectiva das coisas e dos acontecimentos, a experiência da satisfação dos sentidos tem alto significado, constituindo motivo de aspiração e de luta pelo conquistar.

De alguma forma, tratava-se de um retorno ao hedonismo de Aristipo de Cirene e dos seus seguidores que, no prazer situavam a razão da própria existência, já que, na transitoriedade da vida física, sempre muito rápida, é necessário fruir ao máximo das oportunidades, propiciando-se gozos incessantes, sejam do estômago, do sexo, do repouso, da posição social, da posse de valores amoedados, nos quais o ego realize-se plenamente.

Lamentável que tal anelo encontre as barreiras dos limites orgânicos e emocionais, nas suas sucessivas transformações, bem como as derivadas dos impositivos civilizatórios que exigem o cumprimento de muitos deveres que, não raro, impõem sacrifício, sofrimento e labor continuado.

Quase simultaneamente o Iluminismo programou dias de ventura intérmina para a criatura humana e a sociedade do futuro, oferecendo conceitos de felicidade em torno dos valores morais e culturais que deveriam constituir objetivos existenciais.

Rousseau, por sua vez, afastando-se dos iluministas, propôs o retorno à Natureza como sendo a única maneira de poder-se ser feliz, à simplicidade, ao estado natural, numa tentativa de renegar todas as conquistas do vigente conhecimento, como se os povos primitivos, ou aqueles que ainda se encontram em estágio primário da evolução hajam logrado a felicidade real. A indiferença ao conforto, à conquista do discernimento, à falta dos requisitos básicos de higiene e de preservação da vida física, não constituem, sem dúvida, felicidade, mas primarismo na escala da evolução.

Seria de pensar-se em como o hotentote, na sua condição pastoril contemplaria o labor ao solo, as conquistas da Tecnologia, as bênçãos da experiência cultural!

Normalmente, aqueles que se encontram em estágio de natura, quando se deparam com a civilização adotam-na até onde lhes é possível, desta forma alterando os hábitos e comportamentos, na busca de experiência diferente de felicidade, o que demonstra não estarem satisfeitos com aquela de que dispõem.

Certamente, a aculturação, em alguns casos, tem sido mais prejudicial do que útil, em face dos contributos perversos de alguns indivíduos e dos seus processos de educação, gerando sofrimentos naqueles a quem é imposta e estimulando-os a vícios que degeneram, infelicitando comunidades inteiras que viviam em melhor situação de paz, embora desconhecendo os padrões de conforto da civilização. Ao mesmo tempo, porém, essa mudança oferece recursos inestimáveis para a saúde, para o conhecimento, para a vivência de valores éticos e de condutas harmônicas também em relação à Natureza.

Como conseqüência dessa visão mais clara e atual, dir-se-á depois que é melhor ser um Sócrates inquieto que um suíno satisfeito, um esteta ansioso que um aborígene contente...

A euforia do Iluminismo ensejou uma grande contribuição literária e uma visão enriquecida de possibilidades em torno de como o homem, a mulher e a sociedade podem realmente ser felizes.

Condorcet afirmava, no seu célebre Sketch, que a bondade moral do homem (...) é suscetível de um aprimoramento ilimitado e que a natureza vincula estreitamente, numa corrente indissolúvel, a verdade, a felicidade e a virtude. Embora denominando-se ateu, o seu conceito de felicidade tem como suporte a verdade e a virtude, ao mesmo tempo em que lamentava as terríveis diferenças sociais, propunha a paz internacional que seria conseguida mediante condutas de justiça, um saudável comportamento de comércio livre, o surgimento de uma língua universal que juntos se encarregariam de mudar a paisagem dos sofrimentos humanos.

De certo modo, o nascimento de Esperanto, graças a Zamenhof, o surgimento da União Européia, prenunciando um comércio livre, pelo menos entre os seus membros, vêm contribuindo para  a fraternidade. Assim mesmo, as diferenças culturais e históricas, preservadoras do egoísmo nacional de cada povo, lutam para manter-se distantes umas das outras, apesar das situações calamitosas. De igual maneira, as lutas de classes, as guerras intestinas ou não, vêm demonstrando a impossibilidade para alcançar-se esse paraíso iluminista, pelo menos nos moldes em que foi apresentado.

Afiançando a necessidade de construir-se o futuro, os iluministas laboravam com um ardor quase religioso, embora a sua descrença em Deus e na vida espiritual.

Essa necessidade de renunciar ao presente, a fim de que o porvir se fizesse engrandecido e pleno, está em Kant, aspirando que as gerações porvindouras deveriam experimentar a felicidade, embora a renúncia dos seus programadores, que deveriam trabalhar afanosamente, sem qualquer intenção de desfrutar dos seus resultados positivos.

Ocorre que a felicidade não pode ficar adstrita apenas à sua face objetiva, à exterior, àquela que fere os sentidos, que contribui com a compensação do prazer sensorial. Há um subjetivismo de muito maior efeito, que são as alegrias internas da consciência de paz, dos deveres retamente cumpridos, das satisfações que decorrem dos ideais abraçados, dos objetivos que são mantidos conquanto defrontem lutas acerbas.

O importante é constatar-se como se sente cada um ante a vida e não quanto possui e frui da vida. O bem-estar subjetivoé fundamental à construção da felicidade do indivíduo e do grupo social onde se movimenta.

Nesse sentido, não se deve considerar a felicidade como sendo uma linha reta de emoções contínuas no mesmo padrão, na mesma forma de expressar-se, porquanto, expressa-se em pequenas maneiras de existir, na transitoriedade de cada acontecimento, gerando uma melodia de alegrias que, não obstante com pausas, tem uma continuidade, uma significação, às vezes com pontos máximos e mínimos, num todo harmonioso, gerando diferença entre estar feliz e ser feliz.

Os iluministas sonharam que o domínio da natureza, a perfectibilidade humana e o governo racional, mudariam a Terra e os seus habitantes.

Um ideal esse, sem dúvida, extraordinário, mas impossível por enquanto, considerando-se o estágio de evolução da criatura terrena, que oscila entre o ser primitivo e o gentleman, o bárbaro e o civilizado, o agressivo e o educado...

Desta forma, nem a abominação contra o sofrimento em favor do gozo, nem a eleição daquele em detrimento deste.

Os estóicos, a partir de Zenão de Cício, Cleanto, Crisipo e os seus continuadores, estabeleceram que a felicidade se encontrava na observância dos rígidos princípios morais e de superação do sofrimento, mediante o desprezo pelos gozos materiais, de forma que a harmonia interior se exteriorizasse em júbilo real, dando resistência para os enfrentamentos que desgastam, as enfermidades que debilitam, as dores que enfraquecem o indivíduo.

A busca, pois, da superação do sofrimento tem sido objetivo de preocupação constante na Filosofia, na Psicologia, na Sociologia desde os dias já longínquos do esoterismo oriental, na Índia, na China, no Egito, na Grécia, até as buscas atuais nas Obras de auto-ajuda, nos recursos da meditação transcendental, nos exercícios de concentração, nos métodos chineses e japoneses de reflexão e equilíbrio interno para fugir-se do estresse, da ansiedade, da depressão...

Sucede, no entanto, que a felicidade, por mais seja anelada, é sempre relativa enquanto se transita na Terra.

Estando o ser humano sujeito aos impositivos orgânicos, sociais e governamentais, mergulhado profundamente no conjunto do grupo familiar, há todo um conjunto de fenômenos e de ameaças ao que denomina como felicidade, que lhe escapa ao controle pessoal.

Somente uma visão espiritualista e, por ideal, espiritista, oferece os meios hábeis para o encontro da felicidade, através da vivência dos postulados cristãos em clima de alegria e de libertação de preconceitos amargos e perversos, de ralizações dignificadoras e de solidariedade, trabalhando o íntimo e os relacionamentos externos, de forma que se torne a existência laboriosa e rica de paz, ensejando contentamento e esperança de plenificação enquanto no mundo mesmo.

Mediante essa compreensão da lei de causa e efeito moral, assume-se a responsabilidade do dever de ser hoje melhor do que ontem, aceitando-se sem revolta as ocorrências perturbadoras na saúde, no bem estar socioeconômico, familiar, trabalhando, porém, infatigavelmente, quanto lhe permitam as forças, a fim de mudar-se a paisagem por onde se deambula. Se negativa, como efeito das ações pretéritas infelizes, utilizando-se de todo esforço para reparar danos e (re)construir situações favoráveis. Se positiva, ampliando a área de labores que geram bênçãos para todos, por consequência, mantendo as próprias conquistas e tornando-as mais relevantes. Contudo, os desafios serão sempre oportunidades para novas realizações, ensejos de crescimento e de edificação que nunca cessarão.

A felicidade, portanto, consistirá sempre no bem-estar que se pode conseguir subjetivamente em decorrência da vitória sobre si mesmo e objetivamente criando situações de harmonia, de progresso, de conforto, de saúde e de alegria de viver.

Por fim, consequindo-se experienciar com frequência o lapidar conceito inscrito no pórtico do Templo de Apolo, em Delfos, Gnôthi seauton, que Sócrates conduziu a Atenas introduzindo-o em sua proposta filosófica. O Conhece-te a ti mesmo é ainda a chave que pode elucidar o enigma da felicidade, conforme o Espírito Santo Agostinho bem explicou em adendo à resposta que os Espíritos deram à pergunta formulada por Allan Kardec, de número 919, em O Livro dos Espíritos.

Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino, no livro "Imper manência e Imortalidade" psicografado por Divaldo Franco.

21/08/2010

EXPLICAÇÃO DOS ESPÍRITOS SUPERIORES SOBRE O SONO E SONHOS

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Pelos sonhos sabei que, quando o corpo repousa, o Espírito dispõe de mais faculdades que no estado de vigília. Tem a lembrança do passado e às vezes a previsão do futuro; adquire mais poder e pode entrar em comunicação com os outros espíritos, seja deste mundo, seja do outro. Frequentemente dizes: "Tive um sonho bizarro, um sonho horrível, mas que não tem nenhuma verossimilhança". Enganas-te. É quase sempre uma lembrança de lugares e de coisas que viste ou que verás numa outra existência ou em outra ocasião. O corpo estando adormecido, o Espírito trata de quebrar as suas cadeias para investigar no passado ou no futuro .
Pobres homens, que conheceis tão pouco dos mais ordinários fenômenos da vida ! Acreditais ser muito sábios, e as coisas mais vulgares vos embaraçam. A esta pergunta de todas as crianças: "O que é que fazemos quando dormimos; o que são os sonhos ?" ficais sem resposta.
 

- O sono liberta parcialmente a alma do corpo. Quando o homem dorme, momentaneamente se encontra no estado em que estará de maneira permanente após a morte. Os Espíritos que logo se desprendem da matéria, ao morrerem, tiveram sonhos inteligentes. Esses Espíritos, quando dormem, procuram a sociedade dos que lhe são superiores: viajam, conversam e se instruem com eles; trabalham mesmo em obras que encontram concluídas, ao morrer. Destes fatos deveis aprender, uma vez mais, a não ter medo da morte, pois morreis todos os dias, segunto a expressão de um santo.
O sonho é a lembrança do que o vosso Espírito viu durante o sono; mas observai que nem sempre sonhais, porque nem sempre vos lembrais daquilo que vistes ou de tudo o que vistes. Isso porque não tendes a vossa alma em todo o seu desenvolvimento; frequentemente não vos resta mais do que a lembrança da pertubação que acompanha a vossa partida e a vossa volta, a que se junta a lembrança do que fizeste ou do que vos preocupa no estado de vigília. Sem isto, como explicaríeis esses sonhos absurdos, a que estão sujeitos tanto os mais sábios quanto os mais simples ? Os maus Espíritos também se servem dos sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes.

- De resto, vereis dentro em pouco desenvolver-se uma outra espécie de sonhos; uma espécie tão antiga como a que conheceis, mas que ignorais. O sonho de Joana, o sonho de Jacó, o sonho dos profetas judeus e de alguns indivíduos indianos: esse sonho é a lembrança da alma inteiramente liberta do corpo, a recordação dessa segunda vida de que há pouco eu vos falava.

- Procurai distinguir bem essas suas espécies de sonhos, entre aqueles de que vos lembrardes; sem isso, cairíeis em contradições e em erros que seriam funestos para a vossa fé.
Comentário de Allan Kardec: - Os sonhos são o produto da emancipação da alma, que se torna mais independente pela suspensão da vida ativa e de relação. Daí uma espécie de clarividência indefinida, que se estende aos lugares os mais distantes ou que jamais se viu, e algumas vezes mesmo a outros mundos. Daí também a lembrança que retraça na memória os acontecimentos verificados na existência presente ou nad existências anteriores. A extravagância das imagens referentes ao que se passa ou se passou em mundos desconhecidos entremeadas de coisas do mundo atual, formam esses conjuntos bizarros e confusos que parecem não ter senso nem nexo.

- A incoerência dos sonhos ainda se explica pelas lacunas decorrentes da lembrança incompleta do que nos apareceu no sonho. Tal como um relato ao qual se tivessem truncado frases ou partes de frases ao acaso: os fragmentos restantes, sendo reunidos, perderiam toda significação racional.
Pergunta 402 de "O Livro dos Espíritos", Livro II, Capítulo VIII - "Emancipação da Alma". Obra de Allan Kardec, publicada em 18 de abril de 1857. Trecho transcrito da tradução de J. Herculano Pires, Editora LAKE.  Fotos da internet

20/08/2010

O QUE É MEDIUNIDADE?

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É uma faculdade natural de toda criatura viva. Podemos dizer que é um canal psíquico que todos possuem e que liga o Espírito encarnado ao mundo invisível. É, portanto, através da mediunidade que os encarnados recebem a influência dos desencarnados, funcionando como uma ponte entre os dois planos.
Embora seja faculdade comum a todos as criaturas, em alguns indivíduos ela se encontra mais exacerbada, sendo capaz de produzir fenômenos ostensivos como a profetização, a psicografia e os efeitos físicos.
Sendo uma faculdade orgânica, não depende da qualidade moral de quem a possui. Isso faz com que haja uma grande diversidade no uso que se faz dela, existindo tanto aqueles que a utilizam para o bem, como para fins ilícitos, inclusive os comerciais.
"Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes" - (I Corintios 12.1).
"Todas as nossas faculdades são favores que devemos agradecer a Deus, pois há criaturas que não as possuem. Podias perguntar porque Deus concede boa visão a malfeitores, destreza aos larápios, eloquência aos que só a utilizam para o mal. Acontece o mesmo com a mediunidade. Criaturas indignas a possuem porque dela necessitam mais do que as outras, para se melhorarem" - (Livro dos Médiuns - Questão 226).

Afloramento (Eclosão) da Mediunidade

A maior dúvida relativa àqueles indivíduos que estão conhecendo a mediunidade é identificar os sintomas que caracterizam a mediunidade iniciante. Divaldo Franco, no livro "Estudos Espíritas" (Espírito Joana de Angelis – FEB) nos esclarece que:

"A mediunidade, sendo uma faculdade natural, eclode ou surge na época apropriada, definida no planejamento reencarnatório do individuo (espírito encarnado)."

"Natural, aparece espontaneamente, mediante constrição segura, na qual os desencarnados de tal ou qual estagio evolutivo convocam à necessária observância de sua leis, conduzindo o instrumento mediúnico a preciso labor por cujos serviços adquire vasto patrimônio de equilíbrio e iluminação, resgatando, simultaneamente, os compromissos negativos a que se encontra enleado desde vidas anteriores."

"Outras vezes surge como impositivo provacional mediante o qual é possível mais ampla liberação do próprio médium, que, em dilatado o exercício da nobilitação a que se dedica, granjeia consideração e títulos de benemerência que lhe conferem paz."

"Sem duvida, poderoso instrumento pode converter-se em lamentável fator de perturbação, tendo em vista o nível espiritual e moral daquele que se encontra investido de tal recurso."

A eclosão mediúnica pode, então, ocorrer de duas formas:

  • Espontânea: não causa maiores desconfortos, quer físico quer emocionais, ao médium iniciante;

  • Provacional: o médium apresenta descompassos emocionais, que atingem a sua organização física. Podem ocorrer perturbações espirituais. Esta é a forma mais comum do surgimento da mediunidade no estado evolutivo em que nos encontramos no Planeta Terra.

Martins Peralva, no livro "Mediunidade e Evolução" (FEB – cap. 3 – Eclosão Mediúnica) nos chama a atenção de que a mediunidade independe de condições externas: "O surgimento da faculdade mediúnica não depende de lugar, idade, condição social ou sexo. Pode surgir na infância, adolescência ou juventude, na idade madura ou na velhice. Pode revelar-se no Centro Espírita, em casa, em templos de quaisquer denominações religiosas, no materialista."

No livro "Estude e Viva" (FEB), Emmanuel e André Luiz nos lembram que não é a mediunidade que nos causa desconfortos, mas o nosso desconhecimento em lidar com a mesma:

"Quando do aparecimento da mediunidade, surgem distúrbios vários, sejam na área orgânica, através de desequilíbrios e doenças, ou mediante inquietações emocionais e psiquiátricas, por debilidade da sua {do médium} constituição fisiopsicológica. Não é a mediunidade que gera o distúrbio no organismo, mas a ação fluídica dos espíritos que favorecem a distonia ou não, de acordo com a qualidade de que esta se reveste. (...), seja por ignorância a respeito do assunto, o que é mais comum, seja por desinteresse ou desatenção dos familiares ou dos amigos. Em outras ocasiões, os médiuns iniciantes, por se revelarem (...) fascinados pelo entusiasmo excessivo, diante do impacto das revelações espirituais que os visitam de jato, solicitam o atendimento e o apoio dos irmãos experimentados, para que não se percam, através de engodos brilhantes.

fonte: http://www.cealdf.org.br – foto: google

18/08/2010

SER ESPÍRITA

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Ser espírita não é ser nenhum religioso; é ser cristão.
Não é ostentar uma crença; é vivenciar a fé sincera.
Não é ter uma religião especial;é deter uma grave responsabilidade
Não é superar o próximo; é superar a si mesmo.
Não é construir templos de pedra; é transformar o coração em templo eterno.
Ser espírita não é apenas aceitar a reencarnação; é compreendê-la como manifestação da Justiça Divina e caminho natural para a perfeição.
Não é só comunicar-se com os Espíritos, porque todos indistintamente se comunicam, mesmo sem o saber; é comunicar-se com os bons Espíritos para se melhorar e
ajudar os outros a se melhorarem também.
 
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Ser espírita não é apenas consumir as obras espíritas para obter conhecimento e cultura; é transformar os livros, suas mensagens, em lições vivas para a própria mudança.
Ser sem vivenciar é o mesmo que dizer sem fazer.
Ser espírita não é internar-se no Centro Espírita,fugindo do mundo para não ser tentado; é conviver com todas as situações lá fora, sem alterar-se como espírita, como cristão.
O espírita consciente é espírita no templo, em casa, na rua, no trânsito, na fila, ao telefone, sozinho ou no meio da multidão, na alegria e na dor, na saúde e na doença.
Ser espírita não é ser diferente; é ser exatamente igual a todos, porque todos
são iguais perante Deus.
Não é mostrar-se que é bom; é provar a si próprio que se esforça para ser bom, porque ser bom deve ser um estado normal do homem consciente.
Anormal é não ser bom.

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Ser espírita não é curar ninguém; é contribuir para que alguém trabalhe a sua própria cura.
Não é tornar o doente um dependente dos supostos poderes dos outros; é ensinar-lhe a confiar nos poderes de Deus e nos seus próprios poderes que estão na sua vontade sincera e perseverante.
Ser espírita não é consolar-se em receber; é confortar-se em dar, porque pelas leis
naturais da vida, "é mais bem aventurado dar do que receber".
Não é esperar que Deus desça até onde nós estamos; é subir ao encontro de Deus, elevando-se moralmente e esforçando-se para melhorar sempre.
Isto é ser espírita.
Com as bênçãos de Jesus, nosso Mestre.

Do Livro "Aprendendo a lidar com as crises" –
Wanderley Pereira.

“Amigos do Brasil, por gentileza leiam o post anterior (abaixo).”   Paz e luz.

17/08/2010

IMPORTANTE: MENSAGEM SOBRE O FILME NOSSO LAR

nosso lar - 3

URGENTE MENSAGEM

Em reunião extra  realizada em SP, na quinta feira dia 12, o filme NOSSO LAR foi apresentado em pré-estreia, para a diretoria da FEB, comovendo a todos pela beleza e elevada concepção com que o livro foi adaptado para chegar às telas.

Vários esclarecimentos foram prestados pelo Presidente da FEB, Nestor Mazotti e por outras pessoas.

Foi enfatizado o seguinte:

IMPORTANTE

Para a FOX, que produziu o filme, o que interessa é a bilheteria. Se esta for um sucesso o filme será levado para o exterior. E  para que isto se concretize o MAIS IMPORTANTE É A PRIMEIRA SEMANA, a segunda será a continuidade

da primeira, mas para fins de estatística o que prepondera é a PRIMEIRA.

Portanto foi recomendado que os espíritas divulguem isto:

VAMOS LOGO NA PRIMEIRA SEMANA EM MAIOR NÚMERO POSSÍVEL.

Outro ponto importantíssimo são as sessões extras, que é o seguinte:

Um grande grupo de pessoas combina com a direção de um dos cinemas uma sessão extra, por exemplo, domingo pela manhã. Se isto acontecer chama a atenção e repercute muitíssimo.

Às vezes a gente pensa em não ir à primeira semana devido às filas, mas devemos fazer um esforço.

Vamos aos cinemas, enfrentemos as filas, afinal Chico Xavier atendeu às filas por mais de 50 anos, de pé enquanto suportou, depois sentado, e assim foi, como sabemos.

Estamos incumbidos de preparar o reino do céu, na Terra - diz Joanna, este é um dos motivos pelos quais é importante comparecer e divulgar para o maior número possível de amigos.

Abraço fraterno, Suely Caldas Schubert

14/08/2010

A MAIOR PRODUçãO CINEMATOGRÁFICA DO BRASIL – NOSSO LAR o filme

Finalmente estreará nos cinemas –dia 3 de setembro- o filme sobre um dos livros mais vendidos desde a sua publicacao.(Confira índices dos livros mais vendidos, na revista Veja de 18 de agosto de 2010).

Nosso Lar é o um dos livros - o mais vendido até hoje - psicografados pelo médium brasileiro Chico Xavier, que compõem uma coleção intitulada A Vida no Mundo Espiritual, atribuída ao espírito André Luiz. (Segundo relatos mediúnicos, André Luiz teria sido, em sua última encarnação, datada do início do século XX, um médico sanitarista brasileiro que morou no Rio de Janeiro (algumas pessoas dizem que ele teria sido Carlos Chagas.)

Clássico da literatura espírita brasileira, Nosso lar é um romance que versa sobre os primeiros anos do médico André Luiz após sua morte, numa "colônia espiritual", espécie de cidade onde se reúnem espíritos para aprender e trabalhar entre uma encarnação e outra. O romance levanta questões acerca do sentido do trabalho justo e dignificante e da Lei de Causa e Efeito a que todos os espíritos, segundo o espiritismo, estariam submetidos.

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NOSSO LAR

De Francisco Candido Xavier

Estréia 3 de setembro

A maior produção cinematográfica do Brasil

Uma verdadeira superprodução com cenários virtuais magníficos que elevarão os filmes brasileiros ao topo junto com outros filmes de Hollywood. Estréia 3 de setembro sexta-feira. O filme vem para ajudar o cinema brasileiro, bem como o Espiritismo, que esta para o avanço moral-social da humanidade.

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O filme é uma obra real e não de ficção. Basta de violência nas telas. É uma história de superação de valores espirituais. Nosso Lar pode ser o inicio de uma nova era no cinema brasileiro, vamos conferir.

O filme revela a escalada de um espírito, o próprio André Luiz, desde as regiões umbralinas em que foi lançado, logo após o desencarne, até o socorro e a gradativa recuperação em magnífica e muito bem organizada cidade espiritual, denominada "Nosso Lar". A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é o jogo escuro das ilusões. Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação, como a troca de vestidos nada tem que ver com as soluções profundas do destino e do ser."

livro

É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha maneira. Em "Nosso Lar", mais tarde, trabalhando humildemente como enfermeiro auxiliar nas Câmeras de Retificação, o antigo e orgulhoso médico terreno aprende sobre si e os outros de forma totalmente inovadora, sepultando aos poucos, verdadeiramente, o "homem velho" que ainda trazia em si e abrindo caminho, assim, para o futuro médico de almas em que se transformaria.
Ciente das próprias deficiências, André Luiz observa, estuda, pergunta, luta, e supera-se, no sincero propósito de renovação íntima.

nosso

Como desfecho surpreendente, consegue, afinal, licença de seus superiores para voltar à casa terrena, no intuito de rever os filhos e a esposa muito amada. Ao chegar, percebe profundas mudanças no antigo lar. A pior delas: a esposa havia contraído novas núpcias. Desespera-se fundamente. Não quer acreditar no que vê e ouve. Grita seu amor e sua saudade, porém ninguém o escuta. Está morto. Para o mundo e para a querida companheira de outrora. Mas o novo marido de Zélia está muito doente. A desencarnação está próxima. É então que André Luiz, mesmo em profundo desencanto, dá testemunho renovação a que se propôs enquanto em "Nosso Lar"...

NAO PERCA!!

13/08/2010

EM BUSCA DA VERDADE

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A  existência terrena é uma experiência de aprendizagem valiosa , através da qual o Self, em sua essência superior, penetra nos arquivos grandiosos do inconsciente coletivo e individual , para bem o assimilar, ampliando a sua capacidade de discernimento e de conquistas libertadoras. 
Desalgema-se, em consequência, das injunções  do passado, porque as compreende, elucidando os enígmas que lhe permanecem em latência, não mais gerando conflitos psicológicos, a abre-se à Essência Divina, o Arquétipo primordial, logrando a plenitude do numinoso.
(...)
     Cada experiência no carreiro organico faculta-lhe conquistar mais conhecimentos e melhor capacidade para desenvolver os sentimentos, aumentando a habilidade para entender-se, para compreender as demais criaturas e amar-se, amando-as.
     Não fossem tais oportunidades, e não haveria como compreender-se as diferenças psicológicas, intelectivas e morais orgânicas, econômicas, de saúde, que caracterizam a mole humana.
     Reduzindo-se o ser a uma única existência corporal, ei-lo fadado a carregar o peso do acaso feliz ou desventurado, impondo-lhe um destino que não tem direito nem recurso para modificar , submetendo-se inerme, às injunçoes desgovernadoras da fátua ocorrência.
     Através das reencarnações, no entanto, o livre-arbítrio, faculta-lhe a eleição do bem ou do mal sofrer, da alegria ou da tristeza , da desgraça ou da ventura , porquanto a única fatalidade que existe, melhor dizendo , o determinismo que se lhe impõe é a plenitude , que cada qual adquire conforme o empenho e a luta a que se consagre.
     Assim sendo, a aprendizagem do bem-viver, do desfrutar da saúde integral é feita mediante erros e acertos , como tudo quanto diz respeito á existência em qualquer forma através da qual se expresse.
     O equivoco de agora enseja-lhe reparação posterior , o acerto de um momento abre-lhe espaço para novas conquistas, impulsionando-o irremediavelmente para a harmonia consigo mesmo e com o Cosmo.

(Do livro: Em Busca da Verdade - Joanna de Ângelis/ Divaldo Franco)

10/08/2010

TEM CORAGEM

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Nas contingências afligentes do cotidiano e ao largo das horas que parecem estacionadas sob a injunção de dores íntimas, extenuantes, que se prolongam, não te deixes estremunhar, nem te arrebentes em blasfêmias alucinadas, com que mais complicarás a situação.
Tempestade alguma, devastadora quão demorada, que não cesse.
Alegria nenhuma, repletada de bênçãos e glórias, que se não acabe.
A saúde perfeita passa; a juventude louçã desaparece; o sorriso largo termina; a algaravia de festa silencia...
Da mesma forma, o aguilhão do infortúnio se arrebenta; a enfermidade se extingue; a miséria muda de lugar; a morte abre as portas da vida em triunfo...
Tudo quanto sucede ao homem constitui-lhe precioso acervo, que o acompanhará na condição de tesouro que poderá investir, conforme as circunstâncias que lhe cumpre enfrentar, ao processo da evolução.
Os que aspiram a fortunas alegam, intimamente, que se as possuíssem mudariam a situação dos que sofrem escassez. No entanto, os grandes magnatas que açambarcam o poder e usufruem da abundância, alucinam-se com os bens, enregelando os sentimentos em relação ao próximo...
Quantos anelam pela saúde, afirmam, no silêncio do coração, as disposições de aplicá-la a benefício geral. Não obstante, os que a desfrutam, quase sempre malbaratam-na nos excessos e leviandades com que a comprometem, desastrados...
O bem deve ser feito como e onde cada qual se encontre.
Em razão disso, as situações e acontecimentos de que se não é responsável, no momento, devem ser enfrentados com serenidade e moderação de atos, por fazerem parte do contexto da vida, a que cada criatura se vincula.
A vida são o conteúdo superior que dela se deve extrair e a forma levada com que se pode retirar-lhe os benefícios.
Um dia sucede o outro, conduzindo as experiências de que se reveste, formando um todo de valores, que programam as futuras injunções para o ser.
Recorre, as situações diversas, aos recursos positivos de que dispões, e aguarda os resultados desse atitude.
Jesus é sempre o exemplo.
Poderia haver liberado todos os enfermos que encontrou pela senda; mas não o fez.
Se quisesse, teria modificado as ocorrências infelizes, que o levaram às supremas humilhações e à cruz; todavia, sequer o intentou.
Conferiria fortuna à pobreza, à mole esfaimada que O buscava, continuamente; todavia, não se preocupou com essa alternativa.
Elegeria para o Seu labor somente homens que O compreendessem e Lhe fossem fiéis, sem temores, nem fraquezas; porém optou pelo grupo de que se cercou.
Modificaria as estruturas sociais e culturais da Sua época; sem embargo, viveu-a em toda a plenitude, demonstrando a importância primacial da experiência interior e não dos valores externos, transitórios.
Apresentar-se-ia em triunfo social, submetendo o reizete que Lhe decidiu a sorte; apesar disso, facultou-se viver sob as condições do momento em plena aridez de sentimentos e escassez de amor entre as criaturas...
Jesus, no entanto, conhecia as razões fundamentais de todos os problemas humanos e a metodologia lenta da evolução; identificava que a emulação pela dor é mais significativa e escutada do que a do amor, sempre preterido; sabia do valor das conquistas superiores do Espírito, em detrimentos das falazes aquisições que se deterioram no túmulo e dissociam os tesouros da alma.
Tem, portanto, coragem e faze como Ele, ante dificuldades e problemas que passarão, armando-te hoje de esperança para o teu amanhã venturoso.

pelo Espírito Joanna de Ângelis - Do livro: Alerta, Médium: Divaldo Pereira Franco (texto recebido por e-mail-Jorge Nectantaurus.blogspot.com)

08/08/2010

CRIANCAS INDIGO E CRISTAL

 

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Akrit Jaswal-menino médico na Índia

Entrevista com Divaldo Franco:
(Maiores informações no livro "A Nova Geração", de Divaldo Franco)
Desde os anos 70, aproximadamente, psicólogos, psicoterapeutas e pedagogos começaram a notar a presença de uma geraçao estranha, muito peculiar.
Tratava-se de crianças rebeldes, hiperativas que foram imediatamente catalogadas como crianças patologicamente necessitadas de apoio médico. Mais tarde, com as observações de outros psicólogos chegou-se à conclusão de que se trata de uma nova geração. Uma geração espiritual e especial, para este momento de grande transição de mundo de provas e de expiações que irá alcançar o nível de mundo de regeneração.
As crianças índigo são assim chamadas porque possuem uma aura na tonalidade azul, aquela tonalidade índigo dos blue jeans (Dra. Nancy Ann Tape).
O índigo é uma planta da Índia (indigofera tinctoria), da qual se extrai essa coloração que se aplicava em calças e hoje nas roupas em geral. Essas crianças índigo sempre apresentam um comportamento sui generis.
Desde cedo demonstram estar conscientes de que pertencem a uma geração especial. São crianças portadoras de alto nível de inteligência, e que, posteriormente, foram classificadas em quatro grupos: artistas, humanistas, conceituais e interdimensionais ou transdimensionais.
As crianças cristal são aquelas que apresentam uma aura alvinitente, razão pela qual passaram a ser denominadas dessa maneira.
A partir dos anos 80, ei-las reencarnando-se em massa, o que tem exigido uma necessária mudança de padrões metodológicos na pedagogia, uma nova psicoterapia a fim de serem atendidas, desde que serão as continuadoras do desenvolvimento intelecto-moral da Humanidade.

Podem ser confundidas com portadoras de distúrbios

Essa é uma grande dificuldade que os psicólogos têm experimentado, porque normalmente existem as crianças que são portadoras de transtornos da personalidade (DDA) e aquelas que, além dos transtornos da aprendizagem, são também hiperativas (DTAH), mas os estudiosos classificaram em 10 itens as características de uma criança índigo, assim como de uma criança cristal.
A criança índigo tem absoluta consciência daquilo que está fazendo, é rebelde por temperamento, não fica em fila, não é capaz de permanecer sentada durante um determinado período, não teme ameaças...
Não é possível com essas crianças fazermos certos tipos de chantagem. É necessário dialogar, falar com naturalidade, conviver e amá-las.
Para tanto, os especialistas elegem como métodos educacionais algumas das propostas da doutora Maria Montessori, que criou, em Roma, no ano de 1907, a sua célebre Casa dei Bambini, assim como as notáveis contribuições pedagógicas do Dr. Rudolf Steiner. Steiner é o criador da antroposofia. Ele apresentou, em Stuttgart, na Alemanha, os seus métodos pedagógicos, a partir de 1919, que foram chamados Waldorf.
A partir daquela época, os métodos Waldorf começaram a ser aplicados em diversos países. Em que consistem? Amor à criança. A criança não é um adulto em miniatura. É um ser que está sendo formado, que merece o nosso melhor carinho. A criança não é objeto de exibição, e deve ser tratada como criança. Sem pieguismo, mas também sem exigências acima do seu nível intelectual.
Então, essas crianças esperam encontrar uma visão diferenciada, porque, ao serem matriculadas em escolas convencionais, tornam-se quase insuportáveis. São tidas como DDA ou DTAH. São as crianças com déficit de atenção e hiperativas. Nesse caso, os médicos vêm recomendando, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, a Ritalina, uma droga profundamente perturbadora. É chamada a droga da obediência.

A criança fica acessível, sim, mas ela perde a espontaneidade. O seu cérebro carregado da substância química, quando essa criança atinge a adolescência, certamente irá ter necessidade de outro tipo de droga, derrapando na drogadição.
Daí é necessário muito cuidado.
Os pais, em casa (como normalmente os pais quase nunca estão em casa e suas crianças são cuidadas por pessoas remuneradas que lhes dão informações, nem sempre corretas) deverão observar a conduta dos filhos, evitar punições quando errem, ao mesmo tempo colocando limites. Qualquer tipo de agressividade torna-as rebeldes, o que pode levar algumas a se tornar criminosos seriais. Os estudos generalizados demonstram que algumas delas têm pendores artísticos especiais, enquanto outras são portadoras de grandes sentimentos humanistas, outras mais são emocionais e outras ainda são portadoras de natureza transcendental.
Aquelas transcendentais, provavelmente serão os grandes e nobres governantes da Humanidade no futuro.
As artísticas vêm trazer uma visão diferenciada a respeito do Mundo, da arte, da beleza. Qualquer tipo de punição provoca-lhes ressentimento, amargura que podem levar à violência, à perversidade.

Características Físicas

Ainda não se tem, que eu saiba, uma especificação sobre ela, no que diz respeito ao DNA, mas acredita-se que, através de gerações sucessivas, haverá uma mudança profunda nos genes, a fim de poderem ampliar o neocórtex, oferecendo-lhe mais amplas e mais complexas faculdades. Tratando-se de Espíritos de uma outra dimensão, é como se ficassem enjauladas na nossa aparelhagem cerebral, não encontrando correspondentes próprios para expressar-se. Através das gerações sucessivas, o perispírito irá modelar-lhes o cérebro, tornando-o ainda mais privilegiado.
Como o nosso cérebro de hoje é um edifício de três andares, desde a parte réptil, à mamífera e ao neocórtex que é a área superior, as emoções dessas crianças irão criar uma parte mais nobre, acredito, para propiciar-lhes a capacidade de comunicar-se psiquicamente, vivenciando a intuição.
Características físicas existem, sim, algumas. Os estudiosos especializados na área, dizem que as crianças cristal têm os olhos maiores, possuem a capacidade para observar o mundo com profundidade, dirigindo-se às pessoas com certa altivez e até com certo atrevimento... Têm dificuldade em falar com rapidez, demorando-se para consegui-lo a partir dos 3 ou dos 4 anos. Entendemos a ocorrência, considerando-se que, vindo de uma dimensão em que a verbalização é diferente, primeiro têm que ouvir muito para criar o vocabulário e poderem comunicar-se conosco. Então, são essas observações iniciais que estão sendo debatidas pelos pedagogos.

Objetivos

Allan Kardec, com a sabedoria que lhe era peculiar, no último capítulo do livro A Gênese, refere-se à nova geração que viria de uma outra dimensão. Da mesma forma que no tempo do Pithecanthropus erectus vieram os denominados Exilados de Capela ou de onde quer que seja, porque há muita resistência de alguns estudiosos a respeito dessa tese, a verdade é que vieram muitos Espíritos de uma outra dimensão. Foram eles que produziram a grande transição, denominada por Darwin como o Elo Perdido, porque aqueles Espíritos que vieram de uma dimensão superior traziam o perispírito já formado e plasmaram, nas gerações imediatas, o nosso biótipo, o corpo, conforme o conhecemos.
Logo depois, cumprida a tarefa na Terra, retornaram aos seus lares, como diz a Bíblia, ao referir-se ao anjo que se rebelara contra Deus – Lúcifer.
Na atualidade, esses lucíferes voltaram. Somente que, neste outro grande momento, estão vindo de Alcione, uma estrela de 3ª. grandeza do grupo das plêiades, constituídas por sete estrelas, conhecidas pelos gregos, pelos chineses antigos e que fazem parte da Constelação de Touro.
Esses Espíritos vêm agora em uma missão muito diferente dos capelinos.
É claro que nem todos serão bons. Todos os índigos apresentarão altos níveis intelectuais, mas os cristais serão, ao mesmo tempo, intelectualizados e moralmente elevados.

Já estão por aí?

Acredito que sim. Podemos observar, por exemplo, e a imprensa está mostrando, nesse momento, gênios precoces, como o jovem americano Jay Greenberg considerado como o novo Mozart. Ele começou a compor aos quatro anos de idade. Aos seis anos, compôs a sua sinfonia. Já compôs cinco. Recentemente, foi acompanhar a gravação de uma das suas sinfonias pela Orquestra Sinfônica de Londres para observar se não adulteravam qualquer coisa.
O que é fascinante neste jovem, é que ele não compõe apenas a partitura central, mas todos os instrumentos, e quando lhe perguntam como é possível, ele responde: “Eu não faço nenhum esforço, está tudo na minha mente”.
Durante as aulas de matemática, ele compõe música. A matemática não lhe interessa e nem uma outra doutrina qualquer. É mais curioso ainda, quando afirma que o seu cérebro possui três canais de músicas diferentes. Ele ouve simultaneamente todas, sem nenhuma perturbação. Concluo que não é da nossa geração, mas que veio de outra dimensão.
Não somente ele, mas muitos outros, que têm chamado a atenção dos estudiosos. No México, um menino de seis anos dá aulas a professores de Medicina e assim por diante... Fora aqueles que estão perdidos no anonimato.

Aos Pais

Os técnicos dizem que é uma grande honra tê-los e um grande desafio, porque são crianças difíceis no tratamento diário. São afetuosas, mas tecnicamente rebeldes. Serão conquistadas pela ternura. São crianças um pouco destrutivas, mas não por perversidade, e sim por curiosidade.
Como vêm de uma dimensão onde os objetos não são familiares, quando veem alguma coisa diferente, algum objeto, arrebentam-no para poder olhar-lhes a estrutura.
São crianças que devemos educar apelando para a lógica, o bom tom.
A criança deve ser orientada, esclarecida, repetidas vezes.
Voltarmos aos dias da educação doméstica, quando nossas mães nos colocavam no colo, falavam conosco, ensinavam-nos a orar, orientavam-nos nas boas maneiras, nas técnicas de uma vida saudável, nos falavam de ternura e nos tornavam o coração muito doce, são os métodos para tratar as modernas crianças, todas elas, índigo, cristal ou não.

06/08/2010

DOIS MILHõES DE “ESPÍRITOS FRANCESES” REENCARNARAM NO BRASIL

FRANCA

- Divaldo, Deus te abençoe. É tão difícil entender que no Brasil, sendo a “Pátria do Evangelho”, ainda existam tantas pessoas que não amam o próximo. Por quê?

- Porque não são Espíritos do Brasil. Vêm de outras pátrias, de outras raças. Não são almas brasileiras. Vêm para cá, porque, se ficassem nos seus países de origem, os sentimentos de rancor e ressentimentos torna-los-iam mais desventurados.

Após a Revolução Francesa de 1789, quando a França se libertou da Casa dos Bourbons, os grandes filósofos da libertação sonharam com os direitos do homem, direitos que foram inscritos nos códigos de justiça em 1791 e que, até hoje, ainda não são respeitados, embora em 1947, no mês de dezembro, a ONU voltasse a reconhecê-los. Depois daquele movimento libertário, o que aconteceu com os franceses? Os dois partidos engalfinharam-se nas paixões sórdidas e políticas e como conseqüência, os grandes filósofos cederam lugar aos grandes fanáticos, e a França experimentou os dias de terror, quando a guilhotina, arma criada por José Guilhotin, chegava a matar mais de mil pessoas por dia. Esses Espíritos saíam desesperados do corpo e ficavam na psicosfera da França buscando vingança.

Começa o século XIX e é programada a chegada de Allan Kardec. O grande missionário vai reencarnar na França, porque a mensagem de que é portador deverá enfrentar o cepticismo das Academias na Cidade-Luz da Europa e do mundo e, naquele momento, Cristo havia designado que o Espiritismo nasceria na França, mas seria transplantado para um país onde não houvesse carmas coletivos, e esse país, por enquanto, seria o Brasil.

São Luis, o guia espiritual da França , cedeu que a terra gaulesa recebesse Allan Kardec, mas “negociou” com Ismael, o guia espiritual do Brasil: “Já que a mensagem de libertação vai ser levada para a Terra do Cruzeiro, a França pede que muitos Espíritos atribulados da Revolução reencarnem no Brasil, pois, se reencarnarem aqui impedirão o processo da paz”.  E dois milhões de franceses vieram reencarnar no Brasil, para que, quando chegasse a mensagem espírita, culturalmente se identificassem com o chamado método cartesiano de Allan Kardec. (sem grifos).

Naturalmente, esses Espíritos eram atribulados, perturbados, com ressentimentos, com mágoas. Se nós considerarmos que os Espíritos brasileiros são os índios, que a maioria de nós é constituída por Espíritos comprometidos na Eurásia, e que estamos aqui de passagem, longe dos fenômenos cármicos para nos depurarmos, compreenderemos porque muitos brasileiros do momento ainda não amam esta grande nação. E o primeiro sentimento que têm quando, ao invés de investir em fortunas, honesta ou desonestamente amealhadas no solo brasileiro, eles as mandam para os países estrangeiros. Não confiam no Brasil, porque são “de lá”. Mandam para lá porque, morrendo aqui, o dinheiro fica lá para poderem “pagar” o carma negativo que lá deixaram. Os chamados “paraísos fiscais” são também lugares de alguns de nós que aqui nos encontramos, mas apesar de ainda não termos o sentimento do amor, já temos alguma luz.

Viajando pelo mundo, onde tenho encontrado brasileiros espíritas, descubro uma célula espírita. Começa-se com um estudo do Evangelho no lar, depois chama-se os amigos, os vizinhos, forma-se um grupo e, hoje, na Europa. 90% dos grupos espíritas são criados por brasileiros. Com exceção de Portugal, Espanha e um pouquinho da França, o movimento é todo de brasileiros e latinos acendendo as labaredas do Evangelho de Jesus. Não há pouco tempo, brasileiros na Holanda encontraram as obras de Kardec traduzidas para o holandês, brasileiros na Suíça revisaram O Evangelho segundo o Espiritismo e se está tentando publicar as obras de Kardec, agora em alemão. Brasileiros na América do Norte retraduziram O Livro dos Espíritos e O Evangelho, que o foi por um protestante, que substituiu a palavra reencarnação por ressurreição. Brasileiros em Londres, com alguns ingleses, já formam oito grupos espíritas e seria fastidioso se fosse enumerando na Ásia, na África...

Certa feita, recebi um telefonema de uma cidade asiática. Tratava-se de uma consulesa do Brasil que me dizia o seguinte: “Eu estou no outro lado do mundo, sou espírita, tenho três filhos rapazes – um de 10, um de 14 e outro de 18 anos. Tenho-lhes ensinado o Espiritismo, mas o meu filho mais velho está na Universidade e me faz perguntas muito embaraçosas; aqui eu não tenho acesso a maiores instruções. Queria convidá-lo a vir aqui dar umas aulas de Espiritismo ao meu filho. Você viria?” Eu respondi-lhe: - Sim, senhora, com a condição de conseguir-se espaço para eu falar em auditório publico sobre o Espiritismo: - O marido era o representante dos negócios do Brasil no país. – Se a senhora aceitar a condição, ficaria alguns dias para debater com os seus meninos. Como não falo inglês, seu filho será o meu intérprete.

E assim, fiz a longa viagem de 36 horas com escalas e lá, naturalmente, ela me disse: “Mas, Divaldo, onde vamos ter esse encontro?” Eu lhe respondi: “Tive uma entrevista com o Baghavan Swami Sai Baba, e sei que essa é uma cidade em que há um grande movimento Babista e, se a senhora conseguir um grupo Sai Baba eu me prontifico a fazer uma conferência ali”.

Encontramos o representante de Sai Baba para a Ásia e ele ficou muito feliz porque Swami havia-me recebido. Ele reuniu mil pessoas para que eu falasse sobre o Espiritismo. Fiquei até com pena dele! E pensei: “Vou arrastar toda a turma de Sai Baba para o Sr. Allan Kardec” (risos...)

Então, fiz a palestra, falei sobre Allan Kardec, sobre as comunicações, ele ficou tão sensibilizado, que me perguntou se eu teria coragem de ir a Cingapura para fazer a mesma coisa. Eu lhe respondi: - O senhor me mandando até o CingaInferno eu irei para falar sobre o Espiritismo. Fui a Cingapura e fiz uma viagem pela Ásia e, onde havia brasileiros, lá estavam eles...

A missão do Brasil, “Pátria do Evangelho e Coração do Mundo” não é a de sermos todos ricos, maravilhosamente ricos; é a de sermos maravilhosamente espiritualizados, sem nenhum demérito para os outros países, que são todos amados por Deus e por Jesus em igualdade de condição. Aqui entra o nacionalismo, para ver se a gente ama um pouquinho mais este país que está passando uma fase de grande desprestígio. Deus só tem ajudado no Tênis! Que Ele tenha compaixão de nós e nos ajude também no Futebol e noutra coisa qualquer! (risos...)

Nós somos as cartas vivas do Evangelho. Jesus escreveu em nossa alma a Sua mensagem. Onde quer que vamos, que brilhe a nossa luz; mas, para que ela brilhe, é necessário que a acendamos, e o combustível dessa luz é a fraternidade. Assim, todos saberão que estamos ligados a Ele, graças à presença dos bons Espíritos, que aqui estão conosco, e sempre se encontram a qualquer hora. Como disse kardec, com muita propriedade, todos têm seu Guia espiritual que os inspira; dessa forma, todos são médiuns, estão sintonizados com esses.

Concluirei com uma pequena narrativa, sobre um homem que era muito ignorante, muito modesto, muito pobre. Todo dia ele entrava na igreja, próximo ao horário de fechar as portas; ajoelhava-se diante do altar-mor, ficava dois minutos e saía. O sacerdote, que cuidava da igreja, ficou muito intrigado, e achou que ele estava observando algo para furtar ou para roubar,passando a ficar mais vigilante. Mas, ele chegava, ajoelhava-se, dobrava-se, balbuciava algo e ia-se embora. Um dia, o sacerdote não suportou mais e perguntou: “O que é que você vem fazer aqui, um miserável como é? Por que não vem à missa? Só vem na hora em que a igreja vai ser fechada?” Ele respondeu: “É porque eu sou muito pobre.” O sacerdote continuou: - “E por que vai ao altar-mor. Como se atreve?” Ele respondeu: - “Pois é, quando a igreja vai fechar, eu entro correndo e digo: Jesus, eu estou aqui. Se precisar, é só chamar! E vou embora”. O sacerdote achou aquilo intrigante.

Anos depois, aquele mendigo adoeceu e foi levado para uma casa de emergência, de caridade. Quando, um dia, a enfermeira foi colocar o seu alimento sobre uma cadeira, ao lado da cama, ele pediu: - “Oh, por favor, não bote aí!” A jovem perguntou: - “Por que não?” E o homem respondeu: - “Porque essa cadeira de vez em quando, fica ocupada.” Ele deveria estar delirando, a enfermeira pensou, e respeitou-o. Começou a notar que todo dia, um pouco antes das 18 horas, o rosto dele se iluminava! Ele sorria e dizia: - “Muito obrigado! Muito obrigado!” Ela achava que era delírio mas, como ele era perfeitamente saudável da mente, num desses dias, quando terminou de agradecer, ela indagou: - “Não repare, mas o que você está agradecendo?” Ele esclareceu: - “É a uma visita que chega todo dia cinco para as seis.” Ela continuou: - “Que visita é essa?” - É Jesus. Ele sempre vem e diz-me: - “Olhe, estou aqui. Se precisar de mim é só chamar!...”

Se precisarmos de Jesus, é só chamarmos! (XIF-2001)

Formatação: Fátima Oliveira  -   Imagem: Google

Texto extraído do livro: APRENDENDO COM DIVALDO. Entrevistas / Divaldo Pereira Franco: São Gonçalo, RJ: Organizado pela SEJA, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas,  p. 69-74.

Colaboração:Windson Carvalho de Melo

05/08/2010

VENCERÁS

espirito azul

Não desanimes.

Persiste mais um tanto.

Não cultives pessimismo.

Centraliza-te no bem a fazer.

Esquece as sugestões do medo destrutivo.

Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros.

Avança ainda que seja por entre lágrimas.

Trabalha constantemente.

Edifica sempre.

Não consintas que o gelo do desencanto te entorpeça o coração.

Não te impressiones nas dificuldades.

Convence-te de que a vitória espiritual é construção para o dia-a-dia.

Não desistas da paciência.

Não creias em realizações sem esforço.

Silêncio para a injúria

Olvido para o mal.

Perdão às ofensas.

Recorda que os agressores são doentes.

Não permitas que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apaguem a esperança.

Não menosprezes o dever que a consciência te impõe.

Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo.

Não contes vantagens nem fracassos.

Não dramatizes provações ou problemas.

Conserva o hábito da oração para quem se te faz a luz na vida intima.

Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou.

Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar.

Age auxiliando.

Serve sem apego.

E assim vencerás.

*  *  *

Emmanuel

(mensagem psicografada pelo médium Francisco Candido Xavier - do livro "Astronautas do além"

04/08/2010

PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS

“Há muitas moradas na casa do meu pai”.

A “CASA DO PAI”  É O UNIVERSO

planetas  As diferentes moradas sao os mundos que circulam no espaco infinito e oferecem, aos espíritos que neles encarnam, correspondentes ao adiantamento dos mesmo espíritos.

-Todos os globos que circulam no espaco sao habitados?             Sim, o homem da terra está longe de ser,  como pensa, o primeiro em inteligência, bondade e perfeicao.  Entretanto,  há homens que se julgam superiores a tudo e imaginam que somente este pequeno globo tem o privilégio de ter seres racionais. Orgulho e vaidade! Acreditam que Deus criou o Universo só para eles.

Questao 56 LE  -A constituicao do diferentes globos é a mesma? Nao, eles nao se assemelham de modo algum.

Qustao 67 LE   -Os que habitam, tem corpos e uma organizacao diferente?   Sem dúvida, como entre vós os peixes sao feitos para viver na água e os passáros, no ar

Questao  58  LE   - Os mundos mais afastados do sol sao privados da luz e do calor, já que o sol apenas se mostra para eles, com a aparência de uma estrela?    -Acreditais entao que nao há outras fontes de luz  e de calor além do Sol, e nao considerais o valor e a importância da eletricidade que, em alguns mundos desempenha um papel que vos é desconhecido e muito mais importante do que na terra?  Aliás, já dissemos que os seres desses mundos nao sao nem da mesma matéria, nem tem os órgaos dispostos como os vossos.

-MUNDOS PRIMITIVOS  - destinados às primeiras encarnacoes da raca humana;

-MUNDOS DE EXPIACAO E PROVAS  -  Onde domina o mal (a terra);

-MUNDOS DE REGENERACAO  -  nos quais a alma ainda tem o que expiar; haurem novas forcas repousando da fadiga das lutas;

-MUNDOS DITOSOS  -  onde o bem sobrepuja o mal;

-MUNDOS DITOSOS OU DIVINOS  -  habitacao de espíritos depurados, onde exclulsivamente reina o bem.

NOSSAS DIFERENTES EXISTÊNCIAS CORPORAIS SE PASSAM NA TERRA? – Nao, nem todas, mas em diferentes mundos. As que passamos na Terra nao sao nem as primeiras nem as últimas, embora seja das mais materiais e mais distantes da perfeicao.

A ALMA, A CADA EXISTÊNCIA CORPORAL, PASSA DE UM MUNDO PARA OUTRO OU PODE TER VÁRIAS EXISTÊNCIAS NUM MESMO GLOBO?  - Ela pode reviver diversas vezes num mesmo globo, se nao for suficientemente avancada, para passar para um mundo superior.

OS ESPíIRITOS, APÓS TEREM ENCARNADO EM OUTROS MUNDOS, PODEM ENCARNAR NESTE, SEM NUNCA TEREM PASSADO POR AQUI?    -Sim, como vós em outros mundos. Todos os mundos sao solidários: o que nao se cumpre em um, se cumpre em outro.

PARA CHEGAR Á PERFEICAO E A FELICIDADE SUPREMA, QUE SAO O OBJETIVO FINAL DE TODOS OS HOMENS, O ESPÍRITO DEVE PASSAR POR TODOS OS MUNDOS QUE EXISTEM NO UNIVERSO?  -Nao,  há muitos mundos que estao num mesmo grau na escala evolutiva e onde o espírito nao aprenderia nada de novo.

OS ESPÍRITOS PODEM ENCARNAR CORPORALMENTE NUM MUNDO INFERIOR ÁQUELE EM QUE JÁ VIVERAM?  -Sim, se for para cumprir uma missao e ajudar no progresso.  Aceitam com alegria as dificuldades dessa existência, porque lhes oferece um meio de avancar.

AO PASSAR DESTE MUNDO PARA UM OUTRO, O ESPÍRITO CONSERVA A INTELIGÊNCIA QUE JÁ TENHA AQUI?  -Sem dúvida, a inteligência nao se perde, mas pode nao ter os mesmos meios de manifestá-la; isso depende de sua superioridade e das condicoes do corpo que vai tomar.

OS SERES QUE HABITAM OS DIFERENTES MUNDOS POSSUEM CORPO SEMELHANTE AO NOSSO?  - Sem dúvida, possuem corpo porque é necessário que o espírito esteja revestido de matéria. Porém, este corpo é mais ou menos material, de acôrdo com o grau de pureza a que chegaram os Espíritos.  E isso é que diferencia os mundos que devem percorrer; porque há muitas moradas na casa de nosso Pai e, portanto, muitos graus.  Alguns os sabem e tem cosnciência disso na terra: outros nao sabem nada.

Quando Jesus disse: 1. Não se turbe o vosso coracao. - Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. -
Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais. (S. JOAO, cap. XIV, vv. 1 a 3.), estava nos ensinando o princípio da pluralidade dos mundos habitados.
A "Casa do Pai" é o Universo. As diferentes moradas sao os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espíritos.
De um modo geral, os mundos poderiam ser classificados em superiores e inferiores, classificacao essa que nada tem de absoluta; é, antes, muito relativa. Tal mundo é inferior ou superior com referência aos que lhe estão acima ou abaixo, na escala progressiva.
 
Segundo nos relata Santo Agostinho, na Instrucao dos Espíritos, Cap. 3.º de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", n.º 11, em se referindo à terra:
"No vosso, precisais do mal para sentirdes o bem; da noite, para admirardes a luz; da doença, para apreciardes a saúde."
Segundo aquela lei, este mundo esteve material e moralmente num estado inferior ao em que hoje se acha e se alçará sob esse duplo aspecto a um grau mais elevado. Ele há chegado a um dos seus períodos de transformacao, em que, de orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens serao ditosos, porque nele imperará a lei de Deus. - Santo Agostinho. (Paris, 1862.)

Bibliografia:
Kardec, Allan – O evangelho segundo o Espiritismo – Cap. III - Há muitas moradas na Casa de meu Pai.
Xavier, Francisco Cândido – Emmanuel - pelo Espírito Emmanuel - As vidas sucessivas; Os mundos habitados.
Apostila da Federação Espírita do Paraná – Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita – Unidade II, subunidade 6 – Pluralidade dos Mundos habitados.

O Livro dos Espíritos –Allan Kardec – Da Criacao, parte !cap 3 – 55 a 59 e 69, 70;  Da vida Espírita, parte 2, cap. VI, perguntas 157/159 e 234/236. Evangelho Segundo o Espíritismo – Allan Kardec – Cap III, Há muitas moradas na Casa de meu Pai.

www.forumespirita.net

02/08/2010

O ARGUMENTO JUSTO /Importante informacao sobre o censo no Brasil

jesus_discipulos

À noite, em casa de Simao, transparecia um véu de tristeza na maioria dos semblantes.

Tadeu e André, atacados horas antes, às margens do lago, por alguns malfeitores, viram-se constrangidos à reacao apressada. Nao surgira consequência grave, mas sentiam-se ambos atormentados  e irritadicos.

Quando Jesus comecou a falar da glória reservada aos bons, os dois discípulos deixaram transparecer, através do pranto discreto, a amarguira que lhes dominava a alma e, nao podendo conter-se, Tadeu clamou aflito:

-Senhor, aspiro sinceramente servir à Boa Nova; contudo sou portador de um coracao indisciplinado e ingrato. Ouco, contrito,  as explanacoes do Evangelho; lá fora, porém, no trato com o mundo, nao passo de um espírito renitente no mal.  Lamento….lamento..mas como trabalhar em favor da humanidade nestas condicoes?

Embargando-se-lhe a voz, adiantou André, alegando choroso: –Mestre, que será de mim? ao seu lado, sou ovelha obediente; entretanto ao distanciar-me…..basta uma palavra insignificante de incompreensao para desarmar-me. Reconheco-me incapaz de tolerar o insulto ou a pedrada.  Será justo prosseguir, ensinando aos outros a prática do bem, imperfeito e mau qual me vejo?!…

Calando-se André, interferiu Pedro, considerando:  -Por minha vez, observo que nao passo de mísero espírito endividado e inferior. Sou o pior de todos.  Cada noite, ao me retirar para as oracoes habituais, espanto-me diante da coragem louca dentro da qual venho abracando os atuais compromissos. Minha fragilidade é grande,meus débitos enormes.  Como servir aos princípios sublimes do Novo Reino, se me encontro assim insuficiente e incompleto?

À palavra de Pedro, juntou-se a Tiago, filho de Alfeu, que asseverou,  abatido:  -Na intimidade de minha própria consciência, reparo quao longe me encontro da Boa Nova, verdadeiramente aplicada.  Muita vez, depois de reconfortar-me antes as dissertacoes do Mestre, recolho-me ao quarto solitário, para sondar o abismo de minhas faltas. Há momentos em que pavorosas desilusoes me tomam de improviso.  Serei na realidade um discípulo sincero?  Nao estarei enganando o próximo?  Tortura-me a incerteza… Quem sabe nao passo de um reles mistificador?

Outras vozes se fizeram ouvir no cenáculo, desalentadas e cheias de amargura.

JESUS, porém, após assinalar as opinioes ali enunciadas, entre o desânimo e o desapontamento, sorriu, tocado de bom humor, e esclareceu:

-Em verdade, o paraíso que sonhamos ainda vem  muito longe e nao vejo aqui nenhum companheiro alado.  A meu parecer, os anjos, na indumentária celeste, ainda nao encontram, domicilio no chao áspero e escuro em que pisamos.  Somlos aprendizes do bem, a caminho do Pai, e nao devemos menoscabar a bendita oportunidade de crescer para Ele, no mesmo impulso da videira que se eleva para o céu, depois de nascer no obscuro da terra, alastrando-se compassiva, para transformar-se em vinho reconfortante, destinado à alegria de todos.  Mas, se vocês se declaram fracos, devedores, endurecidos e maus e nao sao os primeiros a trabalhar para se fazerem fortes, redimidos, dedicados e bons em favor da obra geral de salvacao, nao me parece que os anjos devam descer da glória dos Cimos para substituir-nos no campo de licoes da Terra.  O remédio, antes de tudo, se dirige ao doente, o ensino ao ignorante….De outro modo, penso, a Boa Nova de salvacao se perderia por inadequada e inútil….

As lágrimas dos discípulos transformaram-se em intenso rubor, a irradiar-se da fisionomia de todos, e uma oracao sentida de Amigo Divino imprimiu ponto final ao assunto.                            Do Livro: Jesus no Lar-Chico Xavier/ pelo espírito Néio Lúcio

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INFORMACAO AOS AMIGOS DO BRASIL – por favor leiam a informacao abaixo!!!!

ATENÇÃO
ESPÍRITAS OU KARDECISTAS?
Recebi interessante informação sobre o recenseamento do IBGE/2010:
Jorge Hessen

"Como já é de conhecimento de muitos, a partir do dia 2 de agosto o IBGE iniciará o CENSO 2010. Nesta atividade, todas as residências do território brasileiro serão visitadas por um agente do IBGE que aplicará um dos seguintes questionários:
Básico: Um questionário curto e rápido
Amostra: Um questionário bem maior, que durará em torno de 50 minutos sua aplicação.
Neste último constará uma pergunta, cuja resposta é de fundamental importância para nós Espíritas. A pergunta é: Qual a sua religião?
Claro, que muitos de nós responderemos: ESPIRITA.
Infelizmente, se respondermos assim, seremos cadastrados como SEM OPÇÃO RELIGIOSA.
É que para o IBGE, o termo ESPIRITISMO é considerado genérico, ou seja, pode se referir a toda religião, culto ou seita que envolva questões do campo da mediunidade. Nós sabemos que muitas pessoas adeptas da Umbanda, por exemplo, se consideram Espíritas umbandistas e o mesmo equivoco ocorre com outras denominações como espírita esotérico, espírita de mesa, etc. O fato é que ao invés de respondermos ESPÍRITAS, temos que responder KARDECISTAS, pois é esta a denominação dada pelo IBGE ao que para nós é simplesmente ESPÍRITA. O mesmo acontece com aqueles que responderem CATÓLICO ou EVANGÉLICO, os quais, para o IBGE, também são considerados termos genéricos e serão cadastrados como “Sem opção religiosa”.
Quem estuda a Doutrina Espírita reconhece o equívoco do IBGE, que na intenção de
diferenciar determinadas práticas e jeitos de pensar, adotou termos mais específicos, para eles, como kardecista.
CUIDADO: Ao responder o questionamento do recenseador não digam ESPÍRITA e esperem o recenseador perguntar mais detalhes, pois ele não perguntará. A pergunta é direta e a resposta deverá ser uma só.
O problema nisso tudo é que esta visão do IBGE ao cadastrar tais informações trás grandes possibilidades de obter dados que não condizem com a nossa realidade. Neste caso é importante que digamos que somos “kardecistas” , mas algo deve ser feito perante essa situação, alguma mobilização, não que os termos venham a ser corrigidos desde já, pois não há tempo para isso, mas para que daqui a 10 anos, nos próximos Censos o mesmo equívoco não continue..."

01/08/2010

O ESPIRITISMO E KARDEC na visão do pastor Nehemias Marien

pastor 

Desencarnado recentemente, o pastor presbiteriano Nehemias Marien foi o maior defensor, em nossa época, da prática do verdadeiro ecumenismo em terras brasileiras.

É difícil a um adepto das denominações protestantes tornar-se espírita, mas existem casos  e não são poucos os que conhecemos. Jorge Hessen, membro do Conselho Editorial desta revista e articulista de renome no meio espírita, foi presbiteriano até pouco tempo antes de casar-se. Jonatas Beranger, um dos dirigentes da Comunhão Espírita Cristã de Londrina e ex-presidente de Centro Espírita na cidade de Sorocaba, também é oriundo das hostes presbiterianas.

Um dos casos mais intrigantes nesse particular foi a conversão do Dr. Izaías Claro, espírita desde 1979 e um dos maiores trabalhadores da causa espírita no País. Procurador de justiça, escritor, conferencista, fundador e atual presidente da Comunidade Espírita Joanna de Ângelis e autor do livro Depressão - Causas e Consequências, Izaias foi pastor protestante por dez anos, antes de se tornar espírita.

Fizemos esta introdução para lembrar um homem extraordinário, o pastor Nehemias Marien, da Igreja Presbiteriana Bethesda, em Copacabana, Rio de Janeiro, que partiu há pouco tempo para o mundo espiritual.

Autor do livro Transcendência e Espiritualidade, Marien foi uma das grandes estrelas em todas as edições do Encontro para a Nova Consciência de que participou, evento esse que se caracterizou pelo caráter ecumênico e pela abertura que possibilitou ao necessário diálogo que deve ser mantido pelas diferentes religiões existentes no País.

Pastor sensível, que transmitia muito carisma, Marien tinha uma mentalidade holística e jamais receou assumir sua mediunidade, seu pensamento sobre a realidade da reencarnação, além de ter aberto espaço para pregação da Doutrina Espírita em sua igreja. O motivo disso é que, segundo ele, "o Espiritismo é o mais caudaloso afluente do Cristianismo", a Bíblia o mais antigo livro de psicografia e mediunidade, e Cristo o médium perfeito.

“No estudo da Bíblia, as evidências da Reencarnação são assim incontestáveis”

Numa de suas participações no Encontro para a Nova Consciência realizado em Campina Grande, Paraíba, o pastor foi entrevistado pela jornalista Fátima Farias.

Eis alguns tópicos da referida entrevista, que pode ser vista na íntegra em vários sites da internet:

Fátima: É verdade que o senhor acredita em Reencarnação?

Nehemias: Olha, sou muito grato pela pergunta. Até o ano de 546, no Concílio de Calcedônia, a reencarnação fazia parte dos cânones da Igreja. Depois, por discussões mais administrativas e menos teológicas, foi banida do cânone oficial (...). Então, eu sou professor de Teologia Bíblica e de Ciências Bíblicas. No estudo da Bíblia, as evidências da Reencarnação são assim incontestáveis, e eu acho que o Espiritismo é a mais caudalosa vertente do Cristianismo, pelas ideias. Você encontra, tanto no Antigo como no Novo Testamento, evidências claras da Reencarnação, isto é, do prosseguir da vida. Tanto Pedro, o pressuposto grande apóstolo Pedro, fala na sua segunda encíclica, no final da Bíblia, fala sobre a existência do espírito após a morte e nesta evolução do ser humano. E também São Judas, o apóstolo de Cristo, na sua epístola final, também fala sobre o mesmo tema. Então, sou uma pessoa estudiosa, aberta. Eu não tenho muros de espécie alguma. Eu tenho uma visão holística e aprendo muito com meus amados irmãos espíritas. Eu tenho um livro "Transcendência e Espiritualidade", onde abordo mais diretamente o assunto. Estou crescendo assim, nesta área e num certo diálogo. Tem algumas coisas que eu não entendo, pelos meus limites bíblicos e culturais, como também não entendo o próprio Cristo. Como vou compreender plenamente Allan Kardec?

“Tenho O Evangelho segundo o Espiritismo e vários livros de Allan Kardec”

Fátima: O senhor já manifestou este ponto de vista reencarnacionista na sua igreja?

Nehemias: Ah, sim, sim. A minha comunidade é uma igreja grande. Somos cerca de 350 congregados, tem cinco pastores, é um colegiado pastoral, além do livro. O livro é público, editado aí. Eu tenho participado de revistas. Por exemplo, no começo do ano a Revista Espírita Allan Kardec publicou uma síntese do pensamento meu, a respeito. A igreja ouve-me, aceita. Eu sou o pastor titular. Somos cinco pastores, mas estou ali, orientando a igreja, neste sentido. Eu não tenho nada de secreto na minha vida pastoral.

Fátima: Qual a receptividade do público de sua igreja, em relação ao seu conceito reencarnacionista?

Nehemias: Bem, a igreja, ela me aceita plenamente, mas eu tenho a impressão de que não só sobre o meu aspecto filosófico, teológico, doutrinário sobre o Espiritismo, mas em outros também. Porque eu, pessoalmente, Nehemias Marien, sou uma espécie de espinho de peixe na garganta da minha própria igreja, mas aceitam e vão atrás. Como diz o Mestre: "O pastor vai à frente do rebanho e o rebanho o segue, porque conhece a voz do seu pastor". Não segue em frente, mas segue a mim, mesmo que me engulam, vamos dizer assim goela abaixo, por não entenderem bem minhas nuances teológicas e espirituais, eles me aceitam. A gente vive num amor perfeito. Lá na minha igreja, pregou Libórni Siqueira, que é desembargador, um grande espírita. O Gérson Azevedo, que é ex-presidente da Federação Espírita do Rio de Janeiro. Vários espíritas pregando na Igreja. Não vão lá visitar, não. É subindo ao púlpito. É um púlpito bonito, mais alto. Usam até toga e se não quiser fardamento, ficam como estão, elegantemente vestidos e pregam lá. Então é uma igreja aberta.

Fátima: O senhor já estudou a Doutrina Espírita?

Nehemias: Eu tenho o livro O Evangelho segundo o Espiritismo e vários livros de Allan Kardec.

“Quando abro o texto sagrado, para os sermões,
sinto que estou fora de mim”

Fátima: E qual a sua opinião sobre a Doutrina Espírita?

Nehemias: Eu acho que o Espiritismo é o mais caudaloso afluente do Cristianismo. Considero a Bíblia como o mais antigo livro de psicografia e mediunidade. Eu acho que Jesus era o médium perfeito, e que a mentalidade kardecista todos nós a temos.

Fátima: Sobre a mediunidade, pastor, o que o senhor diz?

Nehemias: Olha, nós todos somos médiuns. Queiramos ou não. É uma questão de reconhecer, constatar e disciplinadamente desenvolver. Agora, há muitos preconceitos. Nossa cabeça é assim muito cheia de preconceitos, conceitos não, mas preconceitos temos demais. Então, eu acho o seguinte: eu, a respeito da mediunidade, até agora, estou sentindo... (emociona-se e chora). Eu acho que o verdadeiro servo de Deus é um médium. Ele não fala de si. Vamos dizer, entre aspas, traduzindo sentimentos, é uma incorporação espiritual. Ele não é dono dele, é um veículo, um canal. O importante é a mensagem que transmite. 

Fátima: E quanto à comunicabilidade com os Espíritos, o que o senhor diz?

Nehemias: É isso que eu estava tentando passar. Eu tenho, até não entendo bem este espírito meu, mas eu tenho a impressão de que é uma índia, minha Biquara, mãe de minha mãe, minha avó Joana. Eu sinto assim, uma certa colocação, uma certa energia dela para mim. Todas as vezes em que eu abro o texto sagrado, para as homilias, as pregações, os sermões, sinto que estou fora de mim. Eu admito esta transcendência da Espiritualidade, esta invasão do Céu no coração humano, através da mediunidade.

“Chico Xavier é um nome-legenda da espiritualidade, nacional e mundial”

Fátima: Como o senhor encara os sucessivos ataques de pastores ao Espiritismo?

Nehemias: Bom, como eu diria, nossos amados irmãos são aliados. Estamos todos no mesmo barco, mas eles fazem parte da artilharia. O artilheiro é o soldado, que vem lá atrás. A infantaria somos nós, a Doutrina Espirita, aqueles que vão lá para frente. A artilharia, ao abrir espaço à frente, solta as bombas, mas são muito ruins de cálculos matemáticos, erram os cálculos e acabam dizimando os próprios aliados. É o que acontece, criticando o Espiritismo, que está na mesma dimensão espiritual. Eu os chamo, vamos dizer assim, de bonsais espirituais, aquela plantinha que não cresce. Lá em Tóquio vi todo um horto só de bonsais, bonitos, mas não se desenvolveram espiritualmente. Estes que atacam nossos irmãos espiritas e outras tradições, com as quais não concordam, são uma espécie de pitbulls. Eu acho que os ventos contrários firmam raízes de árvore e o avião sobe mais alto. Acho que é como burilando um diamante, que vira brilhante.

Fátima: O que o senhor acha de Chico Xavier?

Nehemias: Chico Xavier é um nome-legenda da espiritualidade, nacional e mundial. Eu tive o privilégio de estar com ele duas vezes. Fui fazer uma série de conferências do Rio à Brasília. Viajei de carro e propus ao meu amigo levar-me a Uberaba. Oramos juntos. Olha, Chico Xavier e Dom Hélder Câmara são pessoas que me fizeram muito bem pela prece a meu favor. Rogo a Deus que este ícone da Espiritualidade, que o Mundo todo respeita, tenha assim muitos, muitos e muitos privilégios desta bênção inaudita de transbordar a Espiritualidade como ela vem fazendo pelo santo Chico Xavier. 

Fonte:  Oconsolador.com.br