Revendo arquivos e arquivos espirituais, assinalamos quedas lamentáveis daquelas almas chamadas pelo Senhor, em todos os tempos, a compromissos na Seara do Aperfeiçoamento Humano e, especialmente, neste último século, as que foram convocadas para servir à Doutrina Espírita.
Justo, assim, venhamos a destacar que dentre todas as provas humanas em que sucumbem os tarefeiros mais promissores, três existem mais graves e mais frequentes: o abuso da autoridade, o envilecimento do sexo e a paixão do dinheiro.
Vejamos alguns exemplos.
Nos excessos do poder, surpreendemos, a cada passo: a concorrência a posições destacadas nas galerias de mando terrestre, em prélios acirrados e violentos, nos quais grandes esperanças e sublimes projetos da Espiritualidade são impiedosamente exterminados nos desvarios da inteligência; a transposição de forças, que deveriam ser criteriosamente aproveitadas nas construções doutrinárias, para o endeusamento da personalidade e consequente procrastinação de serviços ligados à emancipação coletiva e ao aprimoramento humano.
Nos desregramentos afetivos são comuns: a fuga aos compromissos sentimentais assumidos, com a destruição de uniões e lares organizados pela esfera superior, na condição de bases destinadas à reencarnação de elevados missionários dispostos a contribuir na redenção da Terra, exalçando o futuro; a rendição da pessoa às teias da aventura emocional, em cujos fios viscosos pululam entidades vampirizantes, interessadas na hipnose de condição inferior, sob a qual tombam numerosas almas sensíveis, situadas no campo terrestre para feitos gloriosos da mediunidade.
Nos delírios da usura repontam calamidades das mais encontradiças: a capitulação diante de tentações infelizes, no manuseio de altas subvenções dessa ou daquela procedência, em cuja trama caracteres bem intencionados se vêem envolvidos nos jogos da apropriação indébita, fantasiada de competência; a vinculação gradativa a propinas douradas, à margem do serviço fraterno, propelindo sorrateiramente a criatura para os desvios absconsos do profissionalismo religioso.
Os Espíritos Mentores permitem que o seareiro do bem seja testado, de modo a lhe verificarem as forças para que se lhe dilatem encargos e ações.
Geralmente, o companheiro em falência não é a única pessoa a se prejudicar em semelhantes defecções e, por esse motivo, às vezes, os Orientadores Maiores julgam mais acertado que o problema surja de imediato, para prevenir quedas futuras, piores e mais espetaculares de comunidades inteiras.
Todos os caminhos da obsessão disfarçada, que apontamos, constituem aferidores espirituais dos cultivadores do bem e da luz, conscientes das próprias responsabilidades, sem qualquer tangente à desculpa, por deterem consigo forças suficientes para superá-los. E, por isso mesmo quando caem, não encontram apoio algum dentro de si mesmos para eximir-lhes a culpabilidade, adotando, então, o afastamento das tarefas, a estagnação das próprias vidas e a perdida oportunidade evolutiva que a reencarnação lhes oferecia.
Precatem-se, pois, nossos irmãos domicilia dos na esfera física, porquanto, no abuso da autoridade, no envilecimento do sexo e na paixão do dinheiro, levanta-se a trilogia sinistra dos mais perigosos fantasmas da mente, a lançar muita gente boa e capaz nas sarjetas da sombra e nos despenhadeiros da inutilidade.
Espírito ALBANO COUTO
(Página recebida pelo médium Waldo Vieira em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã na noite de 21-5-62, em Uberaba, Minas.)
Fonte: Reformador - fevereiro, 1964
Marcia,no livro do André Luiz "Os Mensageiros" ele nos mostra a falência de 5 médiuns (ou seria 4?). Nos perguntamos como que alguém, com tanto estudo, com tanto preparo, possa ter falido em sua experiencia carnal.
ResponderExcluirA explicação é que são tão humanos que escolheram a porta larga da inconsciência.
Belo texto para todos nós, Anjo!!!
Beijo, de coração!!!
É minha amiga ainda não nos demos conta que o real Anticristo é toda esta insanidade que tripudia nossa juventude , nosso planeta , nossa falta de Fé e exercicio do Amor e da real Caridade. Oremos...
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