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15/05/2011

A ESQUIZOFRENIA PODE SER TRATADA NA DIMENSÃO DO ESPÍRITO

 Vicent Van Gogh                                                         Vincent Van Gogh, grande pintor holandês do século XIX, sofria de esquizofrenia

A esquizofrenia apresenta um conjunto de sintomas bastante diversificado e complexo, sendo, por vezes, de difícil compreensão. Pode surgir e desaparecer em ciclos de recidivas e remissões. Hoje, é encarada, não como uma doença única, mas, como um grupo de patologias, atingindo todas as classes sociais e grupos humanos. Geralmente, o diagnóstico tem mostrado níveis de confiabilidade, relativamente baixos ou inconsistentes. Explicando, aqui, a esquizofrenia não é a dupla pessoalidade, pois é muito mais ampla que isso e não há motivos de incluir, nela, os Transtornos de Personalidade Múltipla.
Em 2004, no Japão, o termo japonês para esquizofrenia foi alterado de Seishin-Bunretsu-Byo (doença da mente dividida) para Togo-shitcho-sho (desordem de integração). Em 2006, ativistas no Reino Unido, sob o jargão de Campanha para a Abolição do Rótulo de Esquizofrenia, defenderam semelhante rejeição do diagnóstico de esquizofrenia e uma abordagem diferente para a compreensão e tratamento dos sintomas associados a ela.
Coube ao suíço Eugen Bleuer, em 1911, a criação do termo "esquizofrenia" significando uma dissidência entre pensamento, emoção e comportamento (esquizo significa cisão e frenia quer dizer mente). É uma doença crônica que atinge, aproximadamente, 60 milhões de pessoas do planeta (1% da população mundial), sendo distribuída de forma igual pelos dois sexos. A diagnose da doença tem sido criticada como desprovida de validade científica ou confiabilidade, e, em geral, a validade dos diagnósticos psiquiátricos tem sido objeto de críticas mais amplas. Uma alternativa sugere que os problemas com o diagnóstico seriam mais bem atendidos se de dimensões individuais fossem, ao longo das quais todos variam, de tal forma, que haveria um espectro contínuo, em vez de um corte distinto entre normal e doente. Geralmente, o esquizofrênico não é violento ou perigoso. Fora da crise, é uma pessoa como qualquer outra. Porém, alguns poucos, quando em crise, tornam-se agressivos, verbal ou fisicamente, pois os delírios ou as alucinações podem fazer com que se sintam ameaçados.
Não há sintomas determinantes que possibilitem um diagnóstico preciso, de imediato. Tanto pode começar, repentinamente, e eclodir numa crise exuberante, como começar, lentamente, sem apresentar mudanças extraordinárias, e somente depois de anos surgir uma crise característica. Os sintomas podem ser confundidos com "crises existenciais", "revoltas contra o sistema", "alienação egoísta", uso de drogas, etc. O delírio de identidade (achar que é outra pessoa) é a marca típica de um doente. É, com frequência, relacionada com o mendigo que deambula pelas ruas, que fala sozinho, com a mulher que aparece na TV, dizendo ter outros álteres, e com o "louco" que aparece nas telenovelas e nos filmes. Foi, durante muitos anos, sinônimo de exclusão social, e o diagnóstico de esquizofrenia significava internação em hospitais psiquiátricos (manicômios) ou asilos, como destino "certo", onde os pacientes ficavam durante vários anos.
Manifesta-se, habitualmente, na parte final da adolescência ou no início da vida adulta. Afirma-se que os primeiros sinais e sintomas de esquizofrenia são traiçoeiros. Os primeiros "sinais" de sossego/calma e afastamento, visíveis num adolescente, normalmente, passam despercebidos, como não sendo sinais de alerta, pois, considera-se o fato de que "é, apenas, uma fase" por que passam os jovens. É importante, porém, que se diga o quanto é difícil interpretar esses comportamentos, associando-os à idade. A sintomatologia esquizofrênica se apresenta demasiada abrangente, sendo uma síndrome com grande componente fisiológico, com a presença marcante das alucinações e dos delírios. O comportamento, frequentemente, fica condicionado às ideias delirantes paranoides e às alucinações auditivo-verbais que os doentes, geralmente, apresentam.
Pouco se sabe sobre essa doença e, ante o desafio terapêutico, o máximo que se consegue é obter controle dos sintomas com os antipsicóticos. Faz, apenas, um pouco mais de 10 anos que a Organização Mundial de Saúde editou critérios objetivos e claros para a realização do diagnóstico da esquizofrenia. As causas do processo patogênico são um mosaico: a única coisa evidente é a constituição pluricausal da doença. Isso inclui mudanças na química cerebral [a atividade dopaminérgica é muito elevada nos indivíduos esquizofrênicos], fatores genéticos e mesmo alterações estruturais.
Na atualidade, alguns neurotransmissores vêm sendo colocados na implicação da fisiopatologia dessa doença, tais como a serotonina e a noradrenalina. Do ponto de vista fisiológico, e apesar das grandes descobertas já realizadas até aqui, no campo dos mecanismos etiopatogênicos, é preciso considerar que o arsenal, ainda, não se esgotou. Isso porque, afora as contribuições psicossociais, há que se levar em consideração o Espírito imortal, agente causal fundamental. Segundo Jung, "A investigação da esquizofrenia constitui uma das tarefas mais importantes da psiquiatria futura. O problema encerra dois aspectos: um fisiológico e um psicológico... "(1)
É importante frisar que a Esquizofrenia tem cura. Até bem pouco tempo, pensava-se que era incurável e que se convertia, obrigatoriamente, em uma doença crônica e para toda a vida. Atualmente, entretanto, sabe-se que uma porcentagem de pessoas que sofre desse transtorno pode recuperar-se por completo e levar uma vida normal, como qualquer outra. Algumas, com quadros mais graves, apesar de dependerem de medicação, chegam a melhorar até o ponto de poderem desempenhar bem seu ofício, casar e constituir família. O matemático norte-americano, John Nash, que, em sua juventude, sofria de esquizofrenia, conseguiu reverter sua situação clínica e ganhar o Prêmio Nobel de Ciências Econômicas, em 1994.
Percebe-se, atualmente, certo conflito entre a ala conservadora da Psiquiatria e o Espiritismo, que tomou vulto entre nós, em virtude do crescimento do movimento espírita brasileiro. Na proporção em que o conceito de matéria se pulverizou nas mãos dos físicos, e atingiu o plano da física quântica, verificou-se uma nova revolução copernicana, no que tange à concepção do homem integral. Hoje, há grande número de psiquiatras espíritas que estabelece o diálogo entre corpo e espírito.
A propósito, as doenças são do corpo ou da alma? Encontramos, em "O Livro dos Espíritos", parte II, capítulo VII, que "a matéria é apenas o invólucro do Espírito. Unindo-se ao corpo, o Espírito conserva os atributos de natureza espiritual; que o exercício das faculdades do Espírito depende dos órgãos que lhes servem de instrumento." (2) Traz o Espírito certas pré-disposições ao renascer. O princípio das faculdades está no Espírito e não nos órgãos. Na visão espírita, "esquizofrênicos"são Espíritos sujeitos a uma punição. Sofrem por habitarem corpos, cujos órgãos comprometidos os impedem de se manifestarem plenamente.
As enfermidades fisiopsíquicas são efeitos e não causas: Tanto as distonias mentais quanto as doenças orgânicas expressam os resultados de ações desequilibradas do Espírito, cuja conduta negativa prejudica, primeiramente, o próprio autor, abrindo zonas mórbidas em seu psiquismo, refletindo-se no seu perispírito e registrando-se no corpo físico em reencarnações posteriores. "A mente transmite ao carro físico, a que se ajusta durante a encarnação, todos os seus estados felizes ou infelizes, equilibrando ou conturbando o ciclo de causa e efeito..."(3) Portanto, é uma patologia que guarda a sua origem profunda no Espírito que delinquiu. É mister levar em conta a influência negativa, através da obsessão, o que contribui para o agravamento do quadro e para o surgimento de outras disfunções características do transtorno. Por isso mesmo, é preciso vê-la como sendo um processo misto de natureza espiritual, fisiológica, obsessiva e com influências psicossociais.
A divisão da mente, a diluição da memória, o afastamento da realidade parecem denunciar uma espécie de nostalgia psíquica que determina a inadaptação do espírito à realidade atual. Podem ocorrer casos típicos de auto-obsessão nas modalidades variáveis da Esquizofrenia. Os casos se agravam com a participação de entidades obsessoras, geralmente atraídas pelo estado dos pacientes. Este é motivo relevante para a prática da desobsessão.
Psiquiatria e Espiritismo podem ajudar-se, mutuamente, ao que parece, em futuro bem próximo. Não há razão para que a Psiquiatria condene os processos espíritas no tratamento dos casos de obsessão e auto-obsessão. É muito importante ampliar o entendimento das causas originais da esquizofrenia e considerar imprescindível o tratamento espiritual [desobsessão, passe, água fluidificada, oração] oferecido pela Doutrina Espírita, com base nos ensinamentos do Cristo, que, um dia, inevitavelmente, constará nas propostas científicas para o tratamento de todas as doenças humanas.
Jorge Hessen / Site: http://jorgehessen.net
FONTES:
(1)Jung, Carl Gustav. Psicogênese das Doenças Mentais, RJ: Editora Vozes, 1999
(2)Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, RJ: Ed. FEB , 1999, parte II, capítulo VII
(3)Xavier, Francisco Cândido e Vieira Waldo. Evolução em Dois Mundos, Ditado pelo Espírito André Luiz, RJ: Ed. FEB 2003

ESQUIZOFRENIA

Nos transtornos psicóticos profundos, a esquizofrenia destaca-se aterrorizante, face à alienacöo que impoe ao paciente, afastando-o o convívio social e conduzindo-o à vivência da própria incúria, sem a capacidade de discernimento que se encontra embotada.

Denominada por FREUD como "neurose narcisista", indicada por Kräpelin, que estabeleceu como sintoma frequente a "indiferença ou embotamento afetivo", coube a Bleuler assinalar que o paciente é vítima de uma "desagregacäo do pensamento", que produz uma certa rigidez com extrema "dificuldade de exteriorizacao dos sentimentos", näo sendo, portanto, imune à afetividade. Clinicamente apresenta-se sob três formas, consideradas clássicas: hebefrenia, catatonia e paranóia. Posteriormente foi acrescentada uma outra, que ficou denominada como esquizofrenia simples.

Sem dúvida, fatores hereditários preponderantes impöem o desvio psicótico profundo, graças às impressöes vigorosas registradas nos genes desde os primórdios da concepcäo. Essa terrível afeccäo mental responde pela falta da associacäo de idéias, pelo desleixo e abandono do Si em transtorno grave de conduta.
Enfermidades infectocontagiosas e suas sequelas podem, também, desencadear o processo esquizofrênico, em razäo dos prejuízos que impöem aos neurônios cerebrais e às suas sinapses, que se desconectam, tornando-se incapazes de enviar as mensagens corretamente de um ao outro, nessa cadeia complexa de informacöes que transitam através de suas delicadas conexöes. Fenômenos orgânicos que promovem grande tensäo, como aqueles considerados críticos, tais a puberdade, o catamênio, a menopausa e a andropausa, säo arrolados como responsáveis também pelas manifestacöes lentas e contínuas do transtorno esquizofrênico.
Por outro lado, traumatismos cranianos atingindo o cérebro produzem efeitos equivalentes, perturbando o raciocínio do paciente e afastando-o do convívio da sociedade. Outrossim, fatores exógenos que dizem respeito aos eventos da vida, também respondem pelo transtorno cruel, especialmente nos indivíduos de compleicäo moral frágil ou marcados por graves distúrbios familiares, sociais, de trabalho, de relacionamento afetivo, que os predispöem às fugas espetaculares para o quase autismo.

Näo obstante, deve-se incluir na psicogênese do transtorno esquizofrênico, a consciência de culpa das acöes vivenciadas em existências anteriores, quando a delinqüência assinalou o desenvolvimento do Self, hedonista e explorador, que somente utilizou dos amigos e conhecidos para os explorar, traindo-lhes a confianca ou covardemente destruindo-lhes o corpo em horrorosos crimes que näo foram justiçados, porque passaram desconhecidos ou as circunstâncias legais näo os alcançaram. Näo havendo sido liberados pela reparacäo através dos cometimentos impostos pela Lei vigilante, insculpiram nas delicadas tecelagens vibratórias do corpo perispiritual a responsabilidade infeliz, que ora ressurge como cobranca, necessidade de reparacäo, impositivo de reequilíbrio, de recomposicäo social, familial, humana.
Eis que nessa, como noutras ocorrências psicopatológicas, a interferência de seres desencarnados ou de outra dimensäo, se assim for mais acessível ao entendimento, impondo sua vontade dominadora sobre aquele que o infelicitou no curso da existência anterior, produz a distonia equivalente àquelas que procedem das psicogêneses internas e externas.
Essa imposicäo psíquica frequente e insidiosa afeta os neurotransmissores, facultando que moléculas - neuropeptídeos - responsáveis pelo equilíbrio das comunicacöes, as desconectem, produzindo a alienacäo. A mente, que näo é física, emite ondas especiais que säo captadas por outras equivalentes, que sincronizem com as emissöes que lhe säo direcionadas. Há, em todo o Universo, intercâmbio de mentes, de pensamentos, de vibracöes, de campos de energia...
No que diz respeito às afinidades psíquicas, a sintonia vibratória permite que sejam decodificadas mensagens mentais por outros cérebros que as captam, conforme os admiráveis fenômenos parapsicológicos da telepatia, da clarividência, da precognicäo, da retrocognicäo, cujas experiências em laboratório tornaram-nos cientificamente comprovados, reais.
É natural, portanto, que nao havendo a destruicäo do Self quando ocorre a morte ou desencarnacäo do ser humano, a mente prossiga enviando suas mensagens de acordo com as construcöes emocionais de amor ou de ira, de felicidade ou de desdita, que se fazem captadas por estacöes mentais ou campos psi, dando curso às inspiracöes, às percepcöes enobrecidas ou perturbadoras, facultando o surgimento das nefastas obsessöes de efeitos calamitosos.
É muito mais vasto o campo dessas intercorrências espirituais do que se pode imaginar, sucedendo täo amiude, que seria de estranhar-se näo as encontrar nos transtornos neuróticos ou psicóticos de qualquer natureza.
O Self, dessa maneira, desenvolve-se mediante as experiências que o acercam do Arquétipo Primacial, no qual haure vitalidade e forca, transferindo todas as aquisicöes nobres ou infelizes para futuros cometimentos, assim ampliando os primeiros e recuperando-se dos segundos, armazenando todas as experiências que o conduziräo à individuacäo plena, ao numinoso ou sintonia com Deus.
Mergulhando, a princípio, no deus interno, desperta o potencial de sabedoria e de amor que nele jazem, a fim de poder crescer em aplitude no rumo do Deus Criador do Universo...
A saúde mental somente é possível quando o Self, estruturado em valores éticos nobres, compreende a finalidade precípua da existência humana, direcionando os seus sentimentos e conhecimentos em favor da ordem, do progresso, do bem-estar de toda a sociedade.
A liberacäo do ego arbitrário, desvestido dos implementos da aparência que se exterioriza pela persona, permite a integracäo do ser na vida em caráter de plenitude.
Todas as terapias acadêmicas procedem, valiosas e oportunas, considerando-se a imensa variedade de fatores preponderantes e predisponentes, para o atendimento da esquizofrenia, näo sendo também de desconsiderar-se a fluidoterapia, o esclarecimento do Agente perturbador e o consequente labor de sociabilizacäo do paciente através de grupos de apoio, de atividades espirituais em núcleos próprios onde encontrará compreensäo, fraternidade e respeito humano, que o impulsionaräo ao encontro com o Si profundo em clima de paz.

Texto do livro "Triunfo Pessoal"  Joanna de Angelis psicografado por Divaldo P. Franco.

7 comentários:

  1. Deus deu sabedoria ao homem e também lucidez para que a use entendendo que o que está fora do alcance palpável possa sim ser conseguido com ajuda lá de cima. por que não?
    bom dia todos os dias pra ti!

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  2. Belo texto da Joanna. Afinal uma doença muito dolorosa. Muito bem explicado, nos faz pensar e repensar as atitudes nossas em especial as que ninguém percebe. Mas, graças a Deus, tudo se cobra pela própria consciência, o que faz com que acertemos as contas com as leis divinas, quer queiramos ou não.

    Marcia, tenha uma semana de muita paz, amor e alegria!!
    Beijo

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  3. Aa maiores dificuldades de cura estão no preconceito. Venha ela da medicina tradicional ou da religiosa. Acredito que muitas doenças vem do espírito. Mas, independente de sua origem, a cura vai, sempre, depender de um tratamento que se consiga nos dois lados, concomitantemente.

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    Obrigada

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  4. Um texto rico com explicações profundas e reflexões,um mal mesmo complexo. Estamos sempre nos deparando com sua presença e com suas consequencias.As doenças de origem mental ainda passam por um problema muito sério seja por discriminação,intolerancia e ou mesmo falta de conhecimento e educação.Parabens pela postagem.Meu abração de paz e luz.

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  5. Amei teu espaço, espero que goste do meu, se tiver um tempinho passa lá?
    Desde já agradeço

    Ps: te seguindo XD

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  6. DEUS REALIZE A CURA DE TODOS OS ESQUIZOFRENICOS!!!

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  7. DEUS ABENÇOA A MINHA VIDA!!!

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Amigos, irmaos,
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