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28/04/2010

EVANGELIZEMOS NOSSAS CRIANCAS

Jesus e as criancas

 "Deixai vir a mim os pequeninos não os impeçais, pois deles é o reino dos céus". - Jesus. (Mateus, 19:14.)

Não induzo meu filho a seguir qualquer religião, quando ele crescer ele mesmo escolhe a doutrina que quer seguir, dizia-me sempre, um determinado amigo.

É prática comum em algumas famílias, inclusive espíritas, esperar que os filhos cresçam, para que definam por si próprios a religião que desejam seguir. Alegam estas, que não tem o direito de interferir na liberdade de escolha dos filhos, que religião é objeto de escolha pessoal e de gosto diversificado, e que o indivíduo tem na idade adulta, maiores condições de definir o que melhor lhe apraz nesse aspecto.

O resultado desse pensamento reflete-se na maioria das vezes, no dia-a-dia de nossa sociedade, onde uma boa parte dos jovens desligados de qualquer sentimento de religiosidade, tem a cabeça voltada apenas para o que eles chamam de "agitos", onde a tônica é dada pelos tóxicos, álcool, sexo e violência como uma forma de auto-afirmação e porque não dizer, de preenchimento do vazio causado por essa falta de religiosidade; sem contar na contribuição funesta, que o jovem tem dado para o aumento das estatísticas de suicídios, onde atualmente ele lidera os índices.

O desconhecimento de valores espirituais aliado a despreocupação dos pais com este fator contribuem de forma contundente para o agravamento deste quadro, resultando muitas vezes, em complicados processos obsessivos e até reencarnatórios, devido a falência das partes envolvidas no contexto.

Buscar o conhecimento dos postulados espíritas, observando-se o aspecto família, implica em outras variáveis, que a priori, visa a conscientização dos pais sobre o grau da responsabilidade assumida perante os Espíritos superiores, com relação àquele espírito que aceitaram como filho na presente encarnação.

Vale ressaltar, que essa responsabilidade não se limita apenas à participação no processo reencarnatório, que basicamente divide-se em duas etapas, que se dão a seguir:

Na parte primeira, dá-se uma sistemática de envolvimento, onde são observados entre outros, os seguintes aspectos: a ficha do reencarnante para que se estabeleça os mapas cármicos, o grau de simpatia ou animosidade com relação aos genitores, a composição de mapas genéticos, o desenvolvimento de reuniões entre as partes no plano espiritual, enfim, todas as medidas que podemos pensar e que não podemos, são tomadas pelos técnicos reencarnacionistas, para que se cumpra o proposto nas Leis Divinas.

A parte segunda seria a condução desse Espírito, já encarnado, pelas mais diversas problemática da vida, seja no campo social, familiar, religioso, proporcionando-lhe meios para que desenvolva em si os aspectos, cognitivo, afetivo, intelectivo, moral, etc...

É tábula rasa para nós espíritas que a primeira infância, que é o período compreendido entre zero aos sete anos, é sem dúvida nenhuma a época em que a criança está mais sensível às sugestões dos pais, é nessa fase que devem ser ministrados através de muito amor e carinho, os conceitos de valores morais e cristãos.

Neste sentido, a evangelização espírita-infantil é de fundamental importância no processo de formação da criança, pois os vícios de personalidade se encontram adormecidos, constrangidos pelo envoltório infantil. O Espírito neste momento é comparado ao terreno fértil da parábola do semeador, as sementes que ali semearmos, germinarão fortes e viçosas, contribuindo de forma preponderante na formação moral do futuro adulto.

Não podemos esquecer que a tarefa da semeadura começa cedo, aos quatro anos a criança já pode ser encaminhada às aulas de evangelização, que parte da seguinte seqüência: inicia-se pelo maternal, dos quatro aos cinco anos, depois o jardim, dos seis aos sete anos, primeiro ao terceiro ciclo da infância que vai dos oito aos treze anos , pré juventude, primeiro e segundo ciclo da juventude, dos catorze aos vinte um anos, e finalmente, depois de uma longa caminhada, por todos esses ciclos, o jovem está pronto para o Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita.

Ainda a cerca da reencarnação, nos esclarece o Espírito Manoel Philomeno de Miranda, no livro Temas da vida e da Morte, 1ª edição da FEB, página 19 que, "apesar da reencarnação se completar aos sete anos ela ainda vai se fixando lentamente até o momento da transformação da glândula pineal, na sua condição de veladora do sexo".

A esse respeito, André Luiz, no livro Missionários da Luz, 22ª edição da FEB, cap. 2º, nos dá a seguinte informação: "Enquanto no período de desenvolvimento infantil, fase de reajustamento desse centro importante do corpo perispiritual preexistente, a epífise parece constituir freio às manifestações do sexo; entretanto, há que retificar observações.

Aos catorze anos, aproximadamente, de posição estacionária, quanto às suas atribuições essenciais, recomeça a funcionar no homem reencarnado. O que representava controle é fonte criadora e válvula de escapamento. A glândula pineal reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus mundos maravilhosos de sensações e impressões na esfera emocional. Entrega-se a criatura à recapitulação da sexualidade, examina o inventário de suas paixões vividas noutra época, que reaparecem sob fortes impulsos ".

Diante desse quadro, podemos afirmar que em qualquer família, a fase da puberdade é com certeza uma das mais difíceis para os pais. É nesse momento que o espírito vai começando a reencontrar a sua verdadeira personalidade, iniciando-se com o chamado conflito da adolescência, que pode ser atenuado ou mesmo evitado, com uma bem estruturada educação religiosa na infância.

Deixai vir a mim os pequeninos não os impeçais pois deles é o reino dos céus, disse o Cristo aos apóstolos, que tentavam barrar a passagem de crianças até Ele. O pedido de Jesus, reverbera em nossas consciências, e entendemos que o Mestre pede que não lhes cerceemos os ensinamentos, achando que não os são necessários ainda, que deixemos que eles conheçam o Cristo, logo na infância, que é fase mais pura, mais humilde, onde os corações espargem inocência, e estão mais abertos aos preceitos cristãs.

Pensar na criança é pensar no adulto, portanto, é de vital importância que a Casa Espírita tenha essa preocupação com as crianças e com os jovens, no sentido de promover a evangelização destes, como propõe o Mestre Jesus. A FEB tem demonstrado essa preocupação, participando e promovendo cursos nessa área, é importantíssimo que as Federativas Estaduais também promovam e desenvolvam em suas regiões, programas e cursos nesse intento, não só como meio de suprir a carência de evangelizadores que é muita, como também de conscientizar os dirigentes das Casas Espíritas da importância desse trabalho, e este com certeza não um desejo apenas nosso, mas principalmente do Cristo.                                                       Warwick Mota

(Publicado na revista Reformador de junho de 1996)

13 comentários:

  1. Amiga, importantíssimo este alerta.
    Creio que a evangelização deve estar sempre presente. Na responsabilidade que tenho como mãe...eu oriento com base na Doutrina Espírita, meus filhos, tudo gira em torno disto...e o faço com muito amor. Realmente quando eles tiverem mais idade e discernimento, eles seguirão seu próprio caminho, mas até que este momento chegue, sempre estarei ensinando.
    Beijos amiga...
    Valéria

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  2. Marcia

    acho muito importante o direcionamento das nossas crianças. Ter uma religião é por demais sério. Ainda assim, creio que, sem o exemplo dos pais, que é p´rimordial, acaba nada valendo mesmo direcionando uma religião. Afinal devemos desperatr juntamento com a religião que seguimos, a religiosidade das crianças. E cabe aos pais a educação e eles são os responsáveis.
    Como li em algum lugar(...) eduquemos a criança hoje para não castigarmos o homem amanhã.

    Meu Anjo, um doce beijo, com carinho!!!
    Jorge

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  3. Concordo plenamente com o texto.
    Como é bom estar aqui!

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  4. Oi, Márcia
    Amanhã tem um selinho pra vc no meu blog. Espero que goste!
    Seja feliz e abençoada!
    Bjs

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  5. Se nós pais escolhemos médico.colégio etc...como deixar a principal escolha a critério de quem ainda não tem condições para tal?Excelente postagem.Bjssssssssssssss

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  6. Suas palavras são sempre de luz.
    Muito obrigada pela sua sempre dedicação.
    Um beijo Márcia

    Ale

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  7. Olá Marcia adorei seu blog! Obrigada por ser minha seguidora, seria sua também! Voltarei sempre aqui... um grande abraço!

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  8. Oi Márcia...bonito seu blog, cheio das coisas boas para a alma, não sou espirita e nem tenho religião definida, mas admiro e simpatizo com as pessoas que tem o coração na alma...
    Um abraço nela...em sua alma...

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  9. Amigos queridos e atenciosos,
    este comentário que deixo aqui, gostaria de tê-lo publicado antes dos vossos comentários, pois como Evangelizadora infantil, considero de suma impotância, que comecemos cêdo, a dar um principio religioso aos nossos filhos; infelizmente, com a minha vida corrida, só estou podendo postar hoje.

    Como andar, (os primeiros passinhos), falar, escolher a primeira escolinha, o pediatra o dentista, a escolha e orientacao, por ter uma base religiosa, até que a crianca ou adolescente esteja madura compete exclusivamente aos pais.
    Nao existe educacao completa sem que seja embasada no respeito a Deus e as suas leis. Vivemos num mundo altamente influenciável, infelizmente para as realidades materiais e nosso compromisso enquanto pais é, preparar os nossos filhos também, com uma base religiosa. Entedemos que o lar, é um espaco privilegiado para a educacao; O lar é um espaco adequado para o processo de educacao do espirito.
    Nao subestimemos o lar como a oportunidade de processo educativo, participemos ativamente deste processo, pois a crianca aprende muito mais que o que a gente ensina, a capacidade de aprendizagem, é muito maior do que nossa dimensao pode enxergar. Depois inserir a crianca em uma Evangelizacao infantil.
    Um dos metódos que podemos trabalhar para despertar o interesse da crianca, é levá-la para assistir pecas de teatro, com temas voltados para a evangelizacao. Depois nao obrigamos nossos filhos a irem à escola? A fazerem coisas que consideramos importante? Ballet, Judô, karatê, informática, etc? Porque nao, com relacao a religiao? A nao obrigatoriedade, pode passar a impressao de que -"isso nao é importante", -"isso nao é relevante" é alguma coisa secundária, temos que hierarquizar valores essa postura é defendida por André Luiz no livro "Conduta Espírita", principalmente a crianca na primeira infância, ela pede um sinal diretivo mais ostensivo.
    Quando este ser estiver maduro, aí sim, pode e deve optar qual religiao deve seguir, aí cabe aos pais respeitar. Responderemos pela nossa omissao, quando nos for perguntado: "Que fizestes do (s) tesouro que coloquei em vossas maos?"
    Beijos

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  10. Valéria, Jorge, Crista,
    meus amigos do coracao, meu sincero agradecimento pela visita e comentário de vocês!
    Beijos com muito carinho.

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  11. Orvalho do céu, obrigada pelo seu carinho! Pegarei o selinho, e postarei assim que puder.
    Beijos.

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  12. Zilda querida, sabemos como é importante nos dias de hoje darmos esta base aos nossos filhos. Ainda assim, nao é fácil....
    Beijos e uma linda semana para voCê!

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  13. Ale Danyluk, Rose, Elcio, vocês que sao seres luz, esta luz maravilhosa, que todos temos e espalhamos por aí. Agradeco a amável visita e comentário de vocês.
    Uma linda semana, paz e harmonia!

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Amigos, irmaos,
é com maior carinho e amor que recebo seu comentário, sua contribuicao; entretanto - NAO serao publicados comentários de anônimos, pois este espaco aqui é para interargir, trocar, acrescentar; peco - nao perca tempo, caso vc nao queira se identificar.
Desejo de coracao a você que visita este espaco tenha muita paz, luz e consciência evolutiva. Obrigada pela sua visita e seu comentário!